Terrorista se converte e realiza sonho de infância: entrar para o mosteiro


22.09.2014 -

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Utoya, na Noruega, as atrocidades do Boko Haram e do Estado Islâmico, a recente bomba no metrô de Santiago do Chile… Todos esses episódios têm um fator em comum: o ódio e a desumanização com base no terrorismo.

Alguns seres humanos que colocaram em ação o terror podem se libertar e curar a maldade para renascer para uma vida nova. Deus foi e é a razão desta “ressurreição” no caso do ex-terrorista do ETA Jean Philippe Saez.

Saez foi educado no amor pela tradição dos pais, e aos 19 anos era conhecedor de Txistu (flauta tradicional). Eram os anos sessenta quando Domingo Iturbe Abasoloi, aliás Txomin, o “alistou” e o formou para torná-lo membro do primeiro comando operativo (Argala) do ETA. O grupo colocou em ação seus primeiros ataques terroristas na Espanha em 1978 e 1979.

“Naquele momento”, confessou anos depois Philippe, “o ETA representava o mito dos dias gloriosos da luta contra Franco. Unir-me a eles era uma espécie de exaltação para mim, mas logo tive de viver na clandestinidade”.

Philippe, chamado “Txistu”, descobriu rapidamente o macabro sentimento de ser protagonista do terror do ETA, participando de pelo menos quatro atentados nos quais os seus companheiros mataram sete pessoas: o industrial José Legaza, o magistrado José Francisco Mateu, o general Constantino Ortiz, o tenente geral Luis Gómes Ortigüela, os coronéis Agustín Laso e Jesús Avelós e o motorista Lorenzo Gómez.

Phillippe, auxiliar no último atentado em Laso, Avelós e Gómez, naquele dia estava prestes a fugir, mas este ato teria significado assinar a própria condenação de morte. Aproveitando os meses de “silêncio” que a própria organização havia imposto para que passasse despercebido, uma vez voltando à França, confessou-se, começou a ir regularmente à Missa e no seu coração renasceu a vocação que havia perdido na adolescência. Ingressar como monge na abadia beneditina de Notre Dame de Belloc era seu sonho.

O ETA e a abadia

A abadia representava desde suas origens um símbolo de proteção para os bascos. Talvez era um dos motivos da influência que tinha sobre Philippe. Foi fundada em 1974 por um grupo de noviços bascos provenientes do mosteiro de Pierre-que-Vire, com o padre Agustín Bastres, de Lapurdi.

No dia 1° de setembro daquele ano, toda a aldeia de Urt acompanhou os monges para uma antiga fazenda desabitada de Belloc, cantando o Ongi etorri-aita onak-Jainkozko gizonak (Bem-vindo seja Deus, pai bom do homem), como refere a enciclopédia Auñamendi. Desde então o lugar passou a ter uma tradição de hospitalidade.

Durante a Guerra Civil espanhola refugiaram-se ali republicanos e nacionalistas. Depois na II Guerra Mundial, esconderam-se membros da resistência e pilotos aliados enviados pela rede Orion. Como consequência, alguns monges morreram no campo de concentração nazista de Dachau, e a abadia recebeu a Legião de Honra.

Em maio de 1962, os monges não acharam tão inconveniente que o grupo de ideias separatistas basco realizasse sua primeira reunião na abadia. Ali nasceu o ETA como “movimento revolucionário basco para a libertação nacional baseado na resistência patriota, socialista, de caráter não confessional e economicamente independente”. A mesma organização que anos depois, na sua quinta assembleia, teria se voltado à luta armada, escorregando para o terrorismo.

Irmão Philippe

Em 1982, Txistu conseguiu fazer com que o ETA aceitasse o seu distanciamento. Livre, em setembro de 1988, aquele que agora é “irmão Philippe” iniciou a sua formação monástica na abadia de Notre Dame de Belloc.

“Sempre tive a necessidade de viver para Deus. Disse que entraria em um mosteiro e não falaria mais do meu passado”, disse Philippe a todos que o procuraram pouco tempo depois no claustro.

A polícia o prendeu pelo seu passado e o prior Jean Jacques de Amestoy, desolado, disse aos meios de comunicação que o noviço Philippe “vivia com serenidade a formação para a sua nova vida monástica, baseada na conversão e na oração. O mosteiro não pode aprovar de nenhum modo aquilo que na sua essência não se pode justificar”, acrescentou antecipando a sentença. A última, porém, permitiu que o futuro monge continuasse a sua reclusão na abadia, e em 1997, foi condenado a dez anos de prisão.

Após cumprir sua pena, irmão Philippe continuou a ser ligado à abadia. Cada vez que é possível se move pela região, para tocar música sacra nas paróquias, com sua flauta tradicional.

Fonte: http://blog.comshalom.org

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Nota de www.rainhamaria.com.br

LEMBRANDO...

Publicado no site em 31.08.2013 -

Jovem muçulmano sonhou com Jesus, se fez sacerdote católico e os islâmicos quase o fuzilam

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Esta é a história de Bashir Abdelsamad, que começa em sua infância, nos anos 60, no Sudão do Norte, um menino muçulmano como tantos outros que ia à escola e aprendia o Corão.

“O clérigo islâmico que nos dava aula nos explicou que Deus nos permitia a nós, os muçulmanos, matar os cristãos e os ateus, os que não creem no Corão”, recorda Bashir.

- Por que criou Deus, que é misericordioso, essas pessoas, se não as ama? -perguntou o menino na aula. O professor o castigou duramente diante de todos por fazer perguntas incômodas. Mas ele, com 10 anos, tinha claro que Deus não podia ser assim.

O menino muçulmano que viu Jesus “Nessa noite, tive uma visão de Jesus”, explica Bashir, quase 50 anos depois. “Jesus me apareceu com dois livros em suas mãos: na direita tinha a Bíblia; na esquerda tinha o Corão. Pediu-me que escolhesse qual livro era o correto. Quando escolhi a Bíblia, desapareceu”.

Essa é a visão sobre a qual Bashir edificou sua vida em um entorno hostil à fé cristã. Ele disse que nem sequer havia visto uma imagem de Jesus, algo perfeitamente lógico no Sudão do Norte dos anos 60. Mas quando um tempo depois viu uma igreja católica em seu país, com imagens de Jesus, o reconheceu. Era o homem de sua visão.

Estudando com os combonianos Até a educação secundária, num instituto dos Missionários Combonianos, Bashir não teve nenhuma oportunidade de conhecer nada mais de Jesus e do cristianismo. Cresceu durante a primeira guerra civil sudanesa (1955 a 1972) e depois viveria a guerra do governo islâmico do norte contra os independentes cristãos e animistas do sul (de 1983 a 2005).

No instituto dos combonianos pôde conhecer a fé, estudar a Bíblia e convencer-se: essa era a verdade. Ninguém queria batizar-lhe, os sacerdotes temiam represálias do governo islâmico, mas o jovem insistiu tanto que no final recebeu o batismo. Sua família não lhe molestou, exceto pelas possíveis represálias se se soubesse. Mas Bashir tinha já claro: queria ser sacerdote.

Primeiro foi aprovado no noviciado comboniano, mas só caía enfermo e a saúde é muito importante para os missionários. Depois estudou em um seminário de sua diocese, e foi ordenado como sacerdote diocesano.

Com os refugiados nas montanhas Foi então quando seu bispo o enviou para ajudar os refugiados dos Montes Nuba no Sudão central, gente deslocada pela guerra e muito maltratada pelos islâmicos do norte e pelas forças governamentais. “Eu os organizava, lhes ajudava nas necessidades básicas como comida, remédios, cobertores e alojamento”, recorda.

Mas isso não agradava as tropas do norte que percorriam os Montes Nuba. Quem ajudasse os refugiados, quem não fosse muçulmano, era suspeito de simpatizar com o inimigo. Duas vezes detiveram Bashir e lhe interrogaram, acusando-o de colaborar com os rebeldes do sul. Na terceira vez que lhe prenderam, em 1991, decidiram fuzilar-lhe, e o juntaram com outras 8 pessoas para executar.

“Levaram-me a uns barracões militares e me meteram em uma cela pequena um tempo. Depois, nos juntaram para fuzilar-nos. Éramos nove. Só eu fui resgatado”, aponta.

Salvou-se porque outro sacerdote conseguiu encontrar um comandante amigo de Bashir e chegaram correndo ao pelotão de fuzilamento…Os outros oito condenados já tinham sido executados. Bashir se salvou por muito pouco.

A caminho do exílio Seu amigo comandante lhe recomendou deixar o país. E o fez: primeiro fugiu para o Cairo, depois ao Quênia, depois ao Sudão do Sul. Ali voltou a atender aos refugiados, mas ao cair enfermo o bispo o enviou para recuperar-se em Nairobi. E dali, a estudar na universidade jesuíta de Xavier, em Ohio, Estados Unidos , onde chegou em 1994. Acabados os estudos, não pôde voltar ao Sudão até muito depois, avisado de que ainda o buscavam.

Tardou 21 anos em voltar a sua terra, a ver seus parentes. “Minha família me aconselhava não caminhar só em público, mas lhes disse que se me matam, minha morte valerá a pena, porque alguém que ama seu país e morre faz que as pessoas aprendam com essa morte”, declarou na revista de Xavier University. “Quando me prenderam para matar-me, estava feliz de morrer sabendo que não poderiam matar meu espírito”.

Hoje Bashir segue nos Estados Unidos, como vigário em várias paróquias da diocese de Sioux City, e atendendo também imigrantes sudaneses na América do Norte. “A Bíblia, meu livro preferido, sempre está comigo, e o Rosário também. Creio que Deus tem planos para mim, aqui, ou em qualquer outro lugar”, comenta o padre Bashir Abdelsamad.

Fonte: www.comshalom.org/blog/carmadelio

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Nota de  www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Depois disso, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões" (Joel 3, 1).

Que vos parece? Um homem possui cem ovelhas: uma delas se desgarra. Não deixa ele as noventa e nove na montanha, para ir buscar aquela que se desgarrou? (São Mateus 18,12)

Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor. (São João 10,16)

 

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