Desfilavam no Carnaval com suas luxuosas fantasias, enquanto Jesus enfermo abandonado na porta de um hospital


19.02.2015 - Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Quando foi que te vimos enfermo? Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes". (São Mateus 25, 34 -40)

"Porque conheço o número de vossos crimes e a gravidade de vossos pecados, opressores do justo, exatores de dádivas, violadores do direito dos pobres em juízo". (Amós 5, 12)

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Júlio César, um brasileiro: na porta do hospital, sem atendimento

Por Marcelo Auler

Na emergência do Hospital Municipal Miguel Couto, no sábado à noite, em pleno carnaval carioca, havia um entre e sai de pessoas. Na maioria, foliões vítimas de pequenos acidentes durante a folia momesca. Chegavam em grupos, alguns mais falantes que outros, os jovens nitidamente “alegres” por conta do teor alcóolico, promoviam algazarra maior, com um volume de voz mais alto. Mas, mesmo entre os acidentados, predominava o espírito alegre.

O curioso é que no entra e saí ninguém reparava em um senhor, aparentando mais do que os seus 52 anos, que permanecia sentado nos primeiros degraus da escada de acesso ao prédio, na Rua Bartolomeu Mitre, no Leblon, zona sul do Rio. Tratava-se de mais um dos cidadãos invisíveis que circulam entre nós sem que os reparemos.

n/d

Eu mesmo, que ali aguardava notícias de uma paciente, embora já o tivesse visto, só me interessei por ele quando, com a voz baixa e de forma educada perguntou-me se poderia encher sua garrafinha de água dentro hospital.
Ao entregar-lhe uma nova garrafa d’água, soube que estava por ali há dois dias, queixando-se de febre e apresentando uma ferida na perna direita da qual, na penumbra da noite, e de longe, me pareceu escorrer pus.

Segundo suas explicações, procurou o hospital, na sexta-feira, em busca de atendimento, mas não mereceu qualquer atenção médica. Na triagem o teriam encaminhado para a UPA de Botafogo, sem se preocuparem se ele teria como transpor os cerca de 6 quilômetros que separam o hospital da Unidade de Pronto Atendimento. Não tinha. Com apenas R$ 5,00 no bolso, confessou o medo de gastar o dinheiro na passagem de ida – R$ 3,40 – e depois não ter como voltar com o trocado que restaria. Por ali permaneceu, dormindo na porta do Pronto Socorro, sem ser incomodado.

Já mais tranquilo com relação à situação da paciente que eu acompanhava, procurei entender o que se passava com Júlio César Saniba Peralva, um mineiro de Belo Horizonte, solteiro, nascido em maio de 1962, que segundo contou, por 26 anos foi motorista de ônibus, até que uma “pneumonia mal tratada” o “encostou” no INSS (Beneficio número 700.985.054-3). Desde dezembro recebe R$ 788,00 mensais.

Diz morar em um quarto na comunidade do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. Um irmão reside em outra casa na mesma comunidade. O resto da família, como definiu, “está espalhada”. A ferida na perna ele creditou a um tombo, no caminho do hospital, em busca de atendimento para a febre que sentia e o deixava sem forças.

No Miguel Couto, porém, não mereceu qualquer atendimento. A explicação do segurança é de que ali não tem atendimento ambulatorial, apenas emergencial. Nem mesmo um analgésico qualquer lhe foi dado para diminuir o desconforto. Pelo jeito, o maior hospital público da Zona Sul não possui também qualquer atendimento de assistência social, a ponto de dispensarem um cidadão com aparente mal-estar sem qualquer preocupação de como ele chegará ao local indicado.

Tampouco médicos, funcionários, seguranças e os próprios pacientes que recorrem ao Pronto Socorro se preocuparam com a figura que passou o dia sentado na escada e, à noite, recolheu-se em um pequeno corredor entre a parede do prédio e um canteiro sem plantas. Usando sua sacola de plástico como travesseiro, dormiu da noite de sexta-feira (dia13 de fevereiro) para sábado e pretendia fazer o mesmo naquela noite seguinte, apesar de ao deixar o hospital ter lhe inteirado a passagem de ônibus até Botafogo.

Pelo jeito, não foi a primeira vez que Júlio César foi dispensado de um atendimento. Nos seus pertences estava um encaminhamento concedido pela CAP 2.1 endereçando-o a um tratamento clínico no Centro Municipal de Saúde João Barros Barreto, Rua Tenreiro Aranha s/n Copacabana. Não tinha data, nem especificava quem o endereçava, além do código CAP 2.1.

O atendimento médico que ele buscava não lhe foi dado, mas durante o tempo em que ficou na porta do Hospital Miguel Couto, Júlio César só tinha merecido a solidariedade de uma única pessoa. Trata-se de um morador de rua, alto e magro, pela sua descrição, que cuida das motos que estacionam no outro lado da Avenida Bartolomeu Mitre. Foi dele que recebeu o único alimento do dia: metade de um prato de macarrão com carne moida, que o guardador de motos dividiu com o desconhecido. Pelo menos entre eles a solidariedade existe e, como se trata de dois moradores da cidade, conclui-se que nem tudo está perdido na chamada Cidade Maravilhosa: ainda restam pessoas a se preocuparem com quem está ao seu lado, embora sejam dois necessitados.

Fonte: UOL

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? - diz o Senhor Deus: É romper as cadeias injustas, desatar as cordas do jugo, por em liberdade os oprimidos, e quebrar toda espécie de jugo.
É repartir seu alimento com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, em vez de desviar-se de seu semelhante.
Então tua luz surgirá como a aurora, e tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se; tua justiça caminhará diante de ti, e a glória do Senhor seguirá na tua retaguarda.
Então às tuas invocações, o Senhor responderá, e a teus gritos dirá: Eis-me aqui! Se expulsares de tua casa toda a opressão, os gestos malévolos e as más conversações; se deres do teu pão ao faminto, se alimentares os pobres, tua luz levantar-se-á na escuridão, e tua noite resplandecerá como o dia pleno.
O Senhor te guiará constantemente, alimentar-te-á no árido deserto, renovará teu vigor. Serás como um jardim bem irrigado, como uma fonte de águas inesgotáveis". (Isaías 58, 6-11)

"Ouvi a palavra do Senhor, príncipes de Sodoma; escuta a lição de nosso Deus, povo de Gomorra: Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido; fazei justiça ao órfão, defendei a viúva. Ai de vós, que ajuntais casa a casa, e que acrescentais campo a campo, até que não haja mais lugar, e que sejais os únicos proprietários da terra". (Isaias 26)

"Ouvi isto, exploradores do necessitado, opressores dos pobres do país!"(Amós 8, 4)

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"Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?
Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?
Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?
Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes". (São Mateus 25, 34 -40)

n/d

"Portanto, eis o que diz o Senhor Deus: meus servos comerão e vós tereis fome, meus servos beberão e vós tereis sede, meus servos se rejubilarão e vós ficareis envergonhados, meus servos cantarão na alegria de seu coração, e vós vos lamentareis com o coração angustiado, rugireis com a alma em desespero.
Vosso nome ficará como um termo de maldição entre meus eleitos: (Que o Senhor Deus te faça morrer!) enquanto meus servos receberão um novo nome.
Aquele que desejar ser abençoado na terra, desejará sê-lo pelo Deus fiel, e aquele que jurar na terra, jurará pelo Deus fiel, porque as desgraças de outrora serão esquecidas, já não lhes volverão ao espírito.
Pois eu vou criar novos céus, e uma nova terra; o passado já não será lembrado, já não volverá ao espírito, mas será experimentada a alegria e a felicidade eterna daquilo que vou criar. Pois vou criar uma Jerusalém destinada à alegria, e seu povo ao júbilo;
Jerusalém me alegrará, e meu povo me rejubilará; doravante já não se ouvirá aí o ruído de soluços nem de gritos.
Já não morrerá aí nenhum menino, nem ancião que não haja completado seus dias; será ainda jovem o que morrer aos cem anos: não atingir cem anos será uma maldição.
Serão construídas casas onde habitarão, serão plantadas vinhas cujos frutos comerão.

n/d

Não mais se construirá para que outro se instale; não mais se plantará para que outro se alimente. Os filhos de meu povo durarão tanto quanto as árvores, e meus eleitos gozarão do trabalho de suas mãos.
Não trabalharão mais em vão, não darão mais à luz filhos votados a uma morte repentina, porque serão a raça abençoada pelo Senhor, eles e seus descendentes.
Antes mesmo que me chamem, eu lhes responderei; estarão ainda falando e já serão atendidos.

O lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão, como um boi, se alimentará de palha, e a serpente comerá terra. Nenhum mal nem desordem alguma será cometida, em todo o meu monte santo, diz o Senhor". (Isaías 65, 13-25)

n/d

"Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!" (São Mateus 5, 4)

n/d

"Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!" (São Mateus 5, 7)

"Combate pela justiça a fim de salvares tua vida; até a morte, combate pela justiça, e Deus combaterá por ti contra teus inimigos. Não sejas precipitado em palavras, e (ao mesmo tempo) covarde e negligente em tuas ações."(Eclesiástico 4, 33-34)

"Porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os levará às fontes das águas vivas; e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos." (Apocalipse 7, 16)

 

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