O presente episcopal que surpreende a Índia: Bispo doa um de seus rins para jovem hindu gravemente doente


07.06.2016 - Hora desta Atualização - 19h25

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É um gesto tão forte e eloquente do espírito jubilar do amor ao próximo e da misericórdia para com todos aqueles que estão sofrendo, que despertou, além aplauso e admiração, também críticas e perplexidades. Quem é hostil aos cristãos – e, infelizmente, não são poucos na maior democracia do mundo – entende que tal testemunho de fé e de altruísmo não pode deixar de marcar as consciências e lançar pontes de diálogo sincero e desinteressado onde alguns, em vez disso, querem dividir e impor o próprio credo com a violência e a opressão.

Aconteceu em Palai, no Estado meridional indiano de Kerala, onde o bispo auxiliar de rito siro-malabárico, Mar Jacob Muricken (foto abaixo), doou um de seus rins para um jovem hindu gravemente doente e em risco de morte, de uma família pobre e infeliz por diversas circunstâncias, incluindo a incompatibilidade para o transplante de todos os parentes próximos.

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A escolha de Dom Muricken nasceu do encontro com outro extraordinário religioso, o padre Davis Chiramel, fundador de uma associação que promove a doação samaritana, como é chamada pela recente lei italiana, e que ele mesmo praticou pela primeira vez em 2009, novamente em favor de um concidadão de religião hinduísta.

O seu exemplo luminoso e a sua pregação convenceram, ao longo dos anos, cerca de 15 religiosos, incluindo algumas freiras, a segui-lo no caminho realmente exigente da oblação de uma parte de si mesmo pelo bem do próximo.

Em um país que viu autênticos ataques violentos aos cristãos – como o de 2008 em Orissa, quando extremistas hindus massacraram quase 100 fiéis, para os quais, recentemente, foi aberta a causa de beatificação como mártires, e onde, há poucas semanas, foi lançado um abaixo-assinado popular para obter a libertação de católicos falsamente acusados de um crime grave – o ato de amor do bispo de Palai é uma resposta que surpreende.

Porque ele se coloca em um plano totalmente diferente, distante de reivindicações, de propostas de diálogo, de ofertas de perdão. Ele simplesmente diz que há um amor maior, aquele de quem está pronto para arriscar a própria vida pelo outro, quem quer que ele seja, sem qualquer condição. O amor ensinado por Jesus e testemunhado por aqueles que têm a coragem de segui-Lo.

Salvação para o jovem Suraj, que recebeu o rim, e uma semente de reconciliação e convivência para toda a Índia.

Fonte: Jornal Avvenire  via  http://blog.comshalom.org

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é este: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor; amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças. Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior do que estes não existe". (São Marcos 12, 29-31)

"Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração". (São Mateus 6, 21)

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"O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração". (Samuel 16,7)

Diz ainda na Sagrada Escritura:

"Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor". (I São João 4, 7-8)

"Mas amamos, porque Deus nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê. Temos de Deus este mandamento: o que amar a Deus, ame também a seu irmão". (I São João 4, 19-21)

"Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade". (I Corintios 13, 2 e 13)

"Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?
Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?
Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?
Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes". (São Mateus 25, 34 -40)

 

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