Longe da família, morador de rua, morto pelo frio em São Paulo, foi velado pelos próprios moradores de rua. Em verdade vos digo: no dia do juízo haverá mais indulgência com Sodoma e Gomorra que com aquela cidade (Mt 10, 15)


15.06.2016 - Hora desta Atualização - 08h33

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Cinco homens rezaram juntos em voz baixa, ao lado do padre e de um grupo de assistentes sociais. Revezaram-se para carregar o caixão até o jardim do cemitério municipal, na zona leste de São Paulo. Despediram-se emocionados, um a um, pelo pequeno visor de madeira aberto antes do sepultamento. Depois do enterro, voltaram ao vaivém diário nas ruas.

"A família do morto não foi encontrada", conta o vigário Julio Lancellotti, da pastoral católica do Povo da Rua. "Mas os irmãos de rua estavam lá para dizer adeus."

João Carlos Rodrigues, de 55 anos, foi enterrado em uma vala individual na manhã desta segunda-feira. É uma das quatro pessoas encontradas mortas nos últimos cinco dias em São Paulo, onde uma onda sem precedentes de frio é registrada pelo menos 10 dias antes do início oficial do inverno.

(moradores de rua dormindo na porta de igreja em São Paulo)

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"Morreram de frio", diz o sacerdote, conhecido por décadas de trabalho dedicado a grupos marginalizados como moradores de rua, usuários de crack, travestis e prostitutas da cidade. "E a previsão para os próximos dias é de temperaturas baixíssimas. Teremos um inverno de mais mortes."

Como muitos de seus companheiros de rua, Rodrigues fazia pequenos bicos coletando material reciclável e montando a estrutura de palcos para shows da prefeitura. "Soube que tinha alugado um quartinho na região do Belém", conta o vigário. "Mas os bicos secaram e ele teve que voltar para rua" - o valor médio do aluguel de um cômodo simples na região custa em torno de R$ 500.

À BBC Brasil, o religioso diz que reconheceu o cobertor que envolvia o corpo de João Carlos. "Ele buscou lá na igreja. Nós o conhecíamos. Era um cara que batalhava para sobreviver."

O corpo foi encontrado na escada de uma estação de metrô na última sexta-feira, quando os termômetros da cidade registraram temperatura mínima de cinco graus. Testemunhas contam que o homem teve convulsões antes de morrer, sozinho, ao lado da mochila onde guardava roupas doadas e documentos.

"A situação que o povo da rua vive hoje em São Paulo é como a dos refugiados na Europa: ninguém os quer. Aqui, são refugiados urbanos. Onde estão, incomodam. São deportados dentro da cidade, sempre de um lado para o outro", lamenta o padre. Fonte: BBC noticias)

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Nota de www.rainhamaria.com.br

VIDEO

Moradores de rua sofrem com o frio por falta de roupas adequadas. Com a chegada da frente fria, ao menos cinco moradores já morreram vítimas do frio assustador em SP.

(você pode pular uma propaganda caso houver)

 

Diz na Sagrada Escritura:

"Porque conheço o número de vossos crimes e a gravidade de vossos pecados, opressores do justo, exatores de dádivas, violadores do direito dos pobres em juízo". (Amós 5, 12)

"Ouvi isto, exploradores do necessitado, opressores dos pobres do país!" (Amós 8, 4)

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"Entretanto, Vós Vedes tudo: Observais os que penam e sofrem, a fim de tomar a causa deles em vossas mãos. É a vós que se abandona o infortunado, sois vós o amparo do órfão. Esmagai, pois, o braço do pecador perverso; persegui sua malícia, para que não subsista. O Senhor é Rei Eterno, as nações pagãs desaparecerão de seu domínio. Senhor, Ouvistes os desejos dos humildes, confortastes-lhes o coração e os atendestes. Para que justiça seja feita ao órfão e ao oprimido". (Salmos 9, 35-39)

 

ATENÇÃO...ATENÇÃO...ATENÇÃO...

Atenção: Inverno com frio intenso nas ruas de Porto Alegre, pedimos aos corações misericordiosos que nos ajudem a adquirir cobertores, aliviando o sofrimento dos moradores de rua e familias carentes. Pois: Estava nu, e vestistes-me (Mt 25, 36)

 


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