Arcebispo da Paraíba declara que foi vitima de retaliação do Vaticano: Diz que foi forçado a renunciar, em vista de corrupção, homossexualismo, pedofilia e disputa por poder, dentro da Igreja


11.07.2016 - Hora desta Atualização - 07h55

Dom Aldo di Cillo Pagotto diz que foi vítima de retaliação por investigar desvios de dinheiro na Igreja, fala da 'infiltração' gay no seminário e diz ter sido pressionado pelo Vaticano a renunciar

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Na última quarta-feira, o Vaticano anunciou que o papa Francisco aceitou a renúncia do arcebispo da Paraíba, dom Aldo di Cillo Pagotto. Oficialmente, dom Aldo deixou o posto por "motivos de saúde". Mas só oficialmente. Por trás da decisão, há muito mais. Há pelo menos quatro anos, o arcebispo era investigado pelo próprio Vaticano sob suspeita de acobertar padres pedófilos. Dom Aldo também era acusado de promover orgias e de ter mantido relacionamento com um jovem de 18 anos - o que ele nega. Foi o primeiro caso, no Brasil, de um arcebispo que deixa o posto no curso de uma investigação sobre envolvimento em escândalos sexuais.

Na mesma quarta-feira, dom Aldo falou por quase duas horas a VEJA. O resultado da conversa é revelador dos bastidores da Igreja - e de segredos que, na grande maioria das vezes, graças à hierarquia e à disciplina dos religiosos, são mantidos distantes dos olhos e ouvidos do distinto público. Na entrevista, o bispo deixa evidente que, na verdade, foi obrigado a renunciar. Ele conta que, no início de junho, foi chamado a Brasília para uma conversa com o núncio apostólico, o representante do papa no Brasil. E que, naquele mesmo dia, o núncio -- em nome do papa -- o fez redigir a carta de renúncia.

O arcebispo se diz alvo de uma grande injustiça cometida pelo papado de Francisco e atribui a sua situação a uma disputa que tem como pano de fundo acusações de corrupção, homossexualismo, pedofilia e, quase sempre, disputa por poder.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

O chamado para renunciar

Dom Aldo revela que a renúncia não foi um ato de vontade própria. Foi uma determinação do Vaticano – uma determinação que a disciplina religiosa e o respeito à hierarquia da Igreja o obrigavam a aceitar. A renúncia era uma forma de evitar mais desgastes. A explicação oficial que viria na sequência – “motivos de saúde”— ajudaria

“Fiquei lá (na Nunciatura Apostólica, em Brasília) uma manhã inteira. A conversa com o núncio foi de pelo menos uma hora. A sós, no gabinete dele. Ele recordou todos os fatos. Eu pedi, de novo, para ter acesso ao que eu era acusado, ao relatório ou ao dossiê. Ele disse: não se pode mostrar. Então, se é assim... Ele também não disse quem acusava. Ele aconselha. Eu também tirei minhas dúvidas. Ele disse: ‘O papa está muito preocupado com você. É para o seu bem. Para o seu bem e para o bem da Igreja. Então, para o bem da Igreja e para o seu bem, você pense’. Eu cheguei a dizer: está bem, está muito certo, entendi tudo. Eu mesmo me choquei.”

“Ele me falou: ‘Olha, você faça essa carta’. É assim mesmo. Ele é o representante do papa.”

A certa altura, o arcebispo percebe que estava falando demais. E tenta se corrigir:

O senhor, então foi instado a renunciar?

“Não é bem assim.... Eu me aconselhei também. E eu aqui já dizia para alguns padres da minha insatisfação, do meu estado de saúde. Não é que recebi uma ordem: faça. Não é bem assim. A gente é livre. Eu disse a ele (ao núncio): é até interessante que eu faça (a carta), e fiz.”

O senhor acha justo o desfecho do caso?

“Não acho. Eu tenho muita dificuldade de aceitar uma coisa dessas. É muito ruim, muito ruim.”

Desvio de dinheiro

Dom Aldo diz que foi vítima de uma orquestração maquinada por um grupo de padres que se opunham a medidas que ele adotou desde que assumiu a Arquidiocese da Paraíba. Ao falar desses padres, cujos nomes ele se esforça para não revelar, o religioso escancara o ambiente interno conflagrado no clero – algo que a Igreja, quase sempre, consegue manter em segredo. Ele acusa os adversários de estarem envolvidos em desvios de dinheiro e de serem, eles próprios, personagens de escândalos sexuais. Na origem de tudo, diz ele, está a disputa pelo controle das finanças.

“Tudo começou porque eu tenho uma visão mais moderna. A questão administrativa e patrimonial da Arquidiocese estava bastante comprometida. Então começamos a colocar as coisas em ordem, com prestação de contas. Isso mexeu na posição de uns privilegiados. Havia coisas não muito bem resolvidas.”

“Quando você mexe no bolso, que é a parte mais delicada do corpo da pessoa, vêm as reações, que não são tão diretas no começo. Aí começam com outras acusações. Diziam que eu era financista, materialista, e que a Igreja não é só isso.”

“Essa reação partia de um grupo pequeno, mas muito bem articulado, formado por cinco padres. Passaram a acusar que o clero no estado estaria dividido, e outras coisas morais. Diziam que eu era ditador. Depois foram para os ataques pessoais de ordem afetiva e sexual. Aí foram para a baixaria mesmo, com acusações horrendas à minha pessoa e a outros padres também.”

“Esses padres têm poder financeiro. E a reação vinha justamente daí. Tudo parte de quando você quer mexer nas finanças.”

Mas esses padres estavam envolvidos com corrupção?, perguntou VEJA.

A resposta: “Havia um colégio aqui, o Pio XII, que eu tive que fechar quando cheguei porque havia uma coisa não resolvida ali. Era um colégio tradicional, de mais de 80 anos. Pedimos uma auditoria e fizeram de tudo para não fazer essa auditoria. Sempre me era aconselhado: ‘Não é bom mexer com isso’”.

Dom Aldo diz que, só nas contas da escola, havia um rombo de 1,8 milhão de reais. E quem são esses padres?

“Eu sei quem são. Alguns nomes eu levei para a Santa Sé. Pelo menos o nome de dois, entre eles o que capitaneia, eu informei à Santa Sé. São padres muito bem posicionados aqui, veteranos.”

‘Tive que limpar o seminário’

Dom Aldo Pagotto admite que havia “problemas” na Arquidiocese. Entre eles problemas, ele cita o fato de ter aceitado, como candidatos a padre, jovens homossexuais que já haviam sido rejeitados em outros seminários por “conduta inadequada”. Ele diz, porém, que fez o que tinha de ser feito: “limpou” o seminário.

“Nós tivemos problemas no seminário. Eu tive que limpar o seminário de pessoas suspeitas de comportamento não adequado.”

Em que sentido? Sexual?

“É, exatamente.”

E o que é “limpar”?

“Limpar quer dizer convidar a sair. Isso foi em 2012. Em um seminário sempre há entrada e saída de pessoas. Seminário onde só entram pessoas e ninguém sai não é bom. Tem pessoas com determinada tendência que vêm procurar seminário e você sabe que a intenção pode ser outra. Eu não posso ser julgado por isso. Na verdade, os papas todos tiveram problemas assim. O João Paulo teve problemas imensos. Depois veio Bento 16, que estatuiu normas muito caridosas, mas muito objetivas. E, agora, Francisco da mesa forma. No caso daqui, houve problemas, eu não posso negar. Mas eu fiz relatórios disso, desde o outro núncio apostólico, como estava o seminário, que tinha havido infiltração (de gays). Eu relatei a infiltração. Não escondi.”

A “infiltração” gay

“No seminário, o problema era homossexualismo. Falando abertamente, é isso. Tivemos alguns casos. O relato é de que houve infiltração, romance, defesa de comportamentos que não são admitidos pela Igreja. Naquele momento, entre 2011 e 2012, isso envolveu cinco ou seis pessoas. Faziam defesa desse comportamento lá dentro. Também havia comportamentos estranhos. Colegas estranharam, pessoas da comunidade também. Diziam: ‘Olha, esse rapaz aqui parece que é...’. Havia toda uma preocupação para evitar a reprodução desses escândalos que estamos vendo.”

Pedofilia na Arquidiocese

“Eu digo que por misericórdia eu aceitei alguns padres em crise. Aceitei seminaristas egressos (que já haviam sido expulsos de outros seminários), mas eu não sabia desse comportamento. Por indicação de alguém, por pedidos para que eu desse chance. Esses pedidos vinham de bispos, de superiores de alguma congregação. Enfim, eu fui misericordioso. Aceitei e me dei mal. Esses seminaristas foram ordenados por mim e depois tive que afastá-los. Eu afastei seis. Eram acusados de envolvimento de pedofilia. Um foi inocentado.”

“Era aquela questão com meninos, coroinhas. Dentro da igreja. Eram casos na região metropolitana de João Pessoa e no interior. Do interior eram três, e três da capital. As denúncias foram feitas por familiares dos meninos. Comecei a receber essas denúncias de 2012 para 2013, tudo de uma vez, uma atrás da outra. Os padres foram afastados imediatamente. Um deles morreu. Nunca foi ouvido em juízo e morreu de muita depressão, coitadinho.” Fonte: Veja online

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Dez meses antes de morrer, o Papa Paulo VI denunciou: “O fumo de Satanás entrou na Igreja Católica e se expande cada vez mais até o vértice” (13/10/77).

Em uma entrevista de 1992 com o Padre Malachi Martin, consultor teológico do Cardeal Augustin Bea, disse o seguinte: Não há dez bispos que concordem com alguma coisa. Não há duzentos padres que concordem com alguma coisa. Não há coesão sobre a presença real do Santíssimo Sacramento, sobre a devoção a Nossa Senhora, sobre o valor do celibato, sobre o valor da pureza, sobre o valor do matrimônio, ou sobre o valor da vida humana. Estamos divididos pela dissensão. A maioria dos católicos romanos da América aceitam a contracepção. A maioria aceita o aborto como opção. Um elevado percentual aceita o homossexualismo. O que é isso? Temos o homossexualismo nos seminários, dirigidos pelos bispos. Temos hereges ensinando nos seminários, dirigidos pelos bispos. A Igreja como a conhecíamos não existe mais! E Roma não pode fazer nada a respeito. O Cardeal Ratzinger não pode fazer nada a respeito. O Papa não pode fazer nada a respeito. Eles sabem disso tudo, mas eles não podem fazer nada a respeito. Então, descobrimos que há um anel de sacerdotes na Arquidiocese de Chicago, que tem praticado pedofilia satânica. Por quanto tempo isso tem ocorrido? E ninguém tem feito nada a respeito! A Igreja não existe como antes".

No outono de 2002, o Padre Nicholas Grüner, perito de Fátima mundialmente conhecido, escreveu: “Deus também nos fala através da Mensagem de Fátima que Ele punirá o mundo através de castigos. O que a maioria das pessoas não sabe, incluindo aqueles na Igreja, é que a perseguição à Igreja é o que estamos enfrentando atualmente. Isso é um castigo terrível. A Santa Madre Igreja atualmente está sendo perseguida pela infiltração de homens perversos; homens hereges; homens apóstatas, como, por exemplo, maçons, comunistas e, particularmente, pela rede de pedofilia e homossexuais. A perseguição da Igreja é um castigo espiritual muito pior do que todos os castigos materiais. É esse castigo espiritual que está na raiz do escândalo de pedofilia na Igreja hoje em dia.

Nossa Senhora já havia profetizado...

Nas aparições da Virgem em Akita, no Japäo,  foi das poucas reconhecidas no século XX pela Igreja, mas seu conteúdo e aviso são similares à de Fátima e a tantas outras ainda não reconhecidas nos dias de hoje.

Nossa Senhora disse: "O demônio especialmente dirigirá sua ira contra almas consagradas a Deus. O pensamento da perda de tantas almas é a causa de minha tristeza. Se os homens aumentarem ainda mais seus pecados em número e gravidade, já não haverá nenhum perdão para eles ".

Em La Salette - França, 1846, Aparição reconhecida pela Santa Sé, disse Nossa Senhora

“Os sacerdotes, ministros de Meu Filho, por sua má vida, por suas irreverências e por sua impiedade em celebrar os santos Mistérios, por seu amor ao dinheiro, às honras e aos prazeres, se converteram em cloacas de impurezas. - (isso em 1846, imaginem agora). Que com suas infidelidades e sua má vida crucificam de novo ao Meu Filho!"

Jacinta , uma das videntes de Nossa Senhora em Fátima , em suas últimas palavras, comunicadas à sua madrinha, madre Maria da Purificação Godinho, disse: "Minha madrinha, peça muito pelos pecadores! Peça muito pelos padres! Peça muito pelos religiosos! Os padres só deviam ocupar-se das coisas da Igreja . Eles devem ser puros".

O Santo Padre Pio resume numa frase estes maus servidores: "O Sacerdote, ou é um Santo, ou é um demônio. Ou santifica, ou arruína"

Disse certa vez o Santo Dom Bosco: "O padre não vai sozinho para o céu. Nem para o inferno. Se agir bem, irá para o céu com as pessoas que ajudou com seu bom exemplo. Se for infiel, se se envolver em escândalos, se perderá com as pessoas condenadas por seu escândalo".

Disse São João Crisóstomo: “Nunca Deus é tão ofendido como e quando os que O ultrajam estão revestidos da dignidade sacerdotal!” 

Diz na Sagrada Escritura:

"É a ruína que está chegando. Procurar-se-á salvação, sem que se possa encontrá-la. Sobrevirão desastres sobre desastres, má nova sobre má nova. Pedir-se-ão oráculos ao profeta, faltará a lei para o sacerdote, e o conselho para os anciãos.". (Ezequiel 7, 25)

"Porque o desejo da carne é hostil a Deus, pois a carne não se submete à lei de Deus, e nem o pode. Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele". (Romanos 8, 7-9)

"Ele lhes disse: Vós pretendeis passar por justos perante os homens, mas Deus conhece-vos os corações: porque o que para os homens é estimável, é abominável perante Deus." (São Lucas 16,15)

"Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições. Mas tu, ó homem de Deus, foge desses vícios e procura com todo empenho a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão". (I Timóteo 6, 10-11)

"Pode o homem enganar o seu Deus? Por que procurais enganar-me? E ainda perguntais: Em que vos temos enganado? E vereis de novo que há uma diferença entre justo e ímpio, entre quem serve a Deus e quem não o serve. Porque eis que vem o dia, ardente como uma fornalha. E todos os soberbos, todos os que cometem o mal serão como a palha; este dia que vai vir os queimará - diz o Senhor dos exércitos - e nada ficará: nem raiz, nem ramos. Pisareis aos pés os ímpios, os quais serão pó, sob a planta de vossos pés, no dia em que eu agir - diz o Senhor dos exércitos". (Malaquias 3, 8, 19-21)

 

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