Lembrando o Padre Emmanuel André: O Drama do Fim dos Tempos, a Igreja durante a Tormenta


22.10.2016 - Hora desta Atualização - 08h10

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Nota de www.rainhamaria.com.br

As páginas que se seguem, escritas pelo Padre Emmanuel, Prior do Mosteiro de Mesnil-Saint-Loup, foram redigidas em 1884-1885, e foram publicadas em 1985.

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São Gregório Magno, em seus luminosos comentários de Jó, penetra profundamente em toda a história da Igreja, visivelmente animado do mesmo espírito profético espalhado nas Escrituras. Ele contempla a Igreja, no fim dos tempos, sob a figura de Jó: humilhado e sofredor, exposto às insinuações pérfidas de sua mulher e às críticas amargas de seus amigos; Jó, diante de quem, outrora, os anciãos se levantavam e os príncipes faziam silêncio!

A Igreja, disse muitas vezes o grande Papa, no fim de sua peregrinação terrestre, será privada de todo poder temporal; procurarão tirar-lhe todo ponto de apoio sobre a terra. Vai mais longe ainda, declara que ela será despojada do próprio brilho que provém dos dons sobrenaturais. “O poder dos milagres, diz ele, será retirado, a graça das curas arrebatada, a profecia desaparecerá, o dom de uma grande abstinência será diminuído, os ensinamentos da doutrina se calarão, os prodígios milagrosos cessarão”.

Isto não quer dizer que não haverá mais nada disso; mas todos esses sinais não brilharão abertamente, sob mil formas como nos primeiros tempos. Será mesmo a ocasião de um maravilhoso discernimento. Neste estado de humilhação da Igreja, crescerá a recompensa dos bons que se prenderão a ela, tendo em vista somente os bens celestes; quando aos maus, não vendo mais na Igreja nenhum atrativo temporal, não terão nada a fingir, se mostrarão tais como são”. (Mor. 1, XXXV)

Que palavra terrível: os ensinamentos da doutrina se calarão! São Gregório proclama em outro lugar que a Igreja prefere morrer a se calar. Então ela falará: mas seu ensinamento será entravado, sua voz encoberta; muitos dos que deveriam gritar sobre os telhados não ousarão fazê-lo com medo dos homens.

São Gregório insiste muitas vezes sobre as três categorias de pessoas que há na Igreja: os hipócritas ou os falsos cristãos, os fracos e os fortes. Ora, nesses momentos de angústia os hipócritas levantarão a máscara e manifestarão sua apostasia secreta; os fracos, coitados, perecerão em grande número e o coração da Igreja sangrará por eles; enfim, muitos dos fortes, confiantes em suas próprias forças, cairão como as estrelas do céu.

A despeito de todas estas tristezas pungentes, a Igreja nem perderá a coragem nem a confiança. Ela será sustentada pela promessa do Salvador, consignada nas Escrituras de que esses dias serão abreviados por causa dos eleitos. Sabendo que apesar de tudo os eleitos serão salvos, a Igreja se empenhará no meio da mais atroz tormenta, na salvação das almas com uma infatigável energia.

Apesar do horrível escândalo desses tempos de perdição, não se deve pensar que os fracos estarão necessariamente perdidos. A via da salvação continuará aberta e a salvação possível para todos. A Igreja terá meios de preservação proporcionados ao tamanho do perigo. E entre os pequenos, somente os que deixarem as asas de sua mãe cairão nas garras do gavião.

Quais serão esses meios de preservação? As Escrituras não nos deixam sem indicação sobre o assunto; podemos, sem temeridade, formular algumas conjecturas. A Igreja se lembrará do aviso dado por Nosso Senhor para os tempos da tomada de Jerusalém e aplicável, com o consentimento dos intérpretes, à última perseguição.

“Quando virdes a abominação da desolação, predita pelo profeta Daniel, de pé nos lugares santos (aquele que lê, compreenda!), então aqueles que estão na Judéia fujam para as montanhas… Rogai para que vossa fuga não seja no inverno, nem em dia de sábado! Pois haverá grande tribulação, tal como nunca houve desde a origem do mundo e que não haverá jamais. E se esses dias não fossem abreviados ninguém se salvaria; mas eles serão abreviados por causa dos eleitos” (Mt 24, 15, 23).

De acordo com estas instruções do Salvador, a Igreja porá os pequenos rebanhos em segurança pela fuga; providenciará retiros inacessíveis, já que a terra estará cruzada e varada pelos meios de comunicação. É preciso responder que Deus proverá, ele próprio, à segurança dos fugitivos. São João nos deixa entrever esta ação da Providência.

No capítulo XII do Apocalipse, ele nos apresenta uma mulher vestida de sol e coroada de estrelas: é a Igreja. Esta mulher sofre as dores do parto; pois a Igreja dá à luz os eleitos de Deus entre grandes sofrimentos. Diante dela está um grande dragão ruivo, imagem do diabo e de suas contínuas armadilhas. Mas a mulher foge para o deserto, para um lugar preparado pelo próprio Deus, e lá ela é alimentada durante 1.260 dias (Ap 5, 6). Estes 1.260 dias, que fazem 3,5 anos e meio indicam o tempo da perseguição do Anticristo, como está manifestado em outras passagens do Apocalipse. Então, durante esse tempo, a Igreja, na pessoa dos fracos, fugirá para a solidão; e Deus se incumbirá de mantê-la escondida e a alimentará.

No fim do mesmo capítulo estão os detalhes desta fuga. São dadas à mulher duas grandes asas de águia, para transportá-la para o deserto. O dragão tenta persegui-la, sua goela vomita um rio de água contra ela. Mas a terra vem socorrer a mulher e absorve o rio. Estas palavras enigmáticas designam alguma grande maravilha que Deus fará aparecer em favor de sua Igreja; a raiva do dragão expiará aos seus pés. No entanto, enquanto os fracos rezam em segurança numa misteriosa solidão, os fortes e os valentes se engajarão numa luta terrível na presença do mundo inteiro, com o dragão desencadeado.

É fora de dúvida que nos últimos tempos haverá santos de virtude heróica. No começo, Deus deu à Igreja os Apóstolos que abateram o império idolátrico, e que fundaram e cimentaram a Igreja com seu sangue. No fim, Deus dará filhos e defensores, que não se poderiam dizer menos santos ou menores. Santo Agostinho, pensando neles, exclama: “Em comparação com os santos e fiéis de então, o que somos nós? Pois para pô-los à prova o diabo será desencadeado, e nós o combatemos ao preço de mil perigos, estando ele atado”. E acrescenta: “No entanto, mesmo hoje o Cristo tem soldados bastante prudentes e bastante fortes para poderem desmanchar com sabedoria suas armadilhas e agüentar com paciência os assaltos do inimigo mesmo se desencadeado”. (De Civ. Dei, XX, 8)

Santo Agostinho continua perguntando: “Haverá ainda conversões nesses tempos de perdição? As crianças serão ainda batizadas apesar das proibições do monstro? Os santos de então terão o poder de arrancar as almas da goela do dragão furioso? O grande doutor responde afirmativamente a todas estas perguntas. Sem dúvida as conversões serão mais raras, mas serão mais espetaculares. Sem dúvida, em regra geral, é preciso que Satã esteja amarrado para que se possa despojá-lo (Mt 11, 29); mas nesses dias Deus se comprazerá em mostrar que sua graça é mais forte do que o próprio forte em seu mais furioso desencadeamento.

Cada um note o quanto estes dados são consoladores. Mas quais serão os santos dos últimos tempos? Gostamos de pensar que entre eles haverá soldados. O Anticristo será um conquistador, comandará exércitos; encontrará diante de si as Legiões Tebanas, heróis desta linhagem gloriosa e indomável que tem os Macabeus como ancestrais e que conta em suas fileiras com os Cruzados, os camponeses da Vandea e do Tirol, enfim, os Zuavos pontificais. Estes soldados, o Anticristo poderá esmagá-los debaixo do peso de suas inumeráveis hordas; ele não os fará fugir.

Mas o Anticristo será, sobretudo, um impostor; por conseqüência ele encontrará como adversários principalmente os apóstolos armados com o crucifixo. Como a última perseguição revestirá o aspecto de uma sedução, estes unirão a paciência dos mártires à ciência dos doutores. Nosso Senhor fez Santa Teresa vê-los tendo na mão gládios luminosos. À frente destas falanges intrépidas, aparecerão dois enviados extraordinários de Deus, dois gigantes de santidade, dois sobreviventes dos tempos antigos; referimo-nos a Henoc e Elias, de quem falaremos no artigo seguinte.

O Drama do Fim dos Tempos  –  Pe. Emmanuel André

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Nota de www.rainhamaria.com.br

O Drama do Fim dos Tempos – Pe. Emanuel-André.

Os Pregadores do Anticristo

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Os livros santos que entram em tantos detalhes sobre o homem do pecado, nos fazem conhecer um misterioso agente de sedução que lhe submeterá a terra. Este agente, ao mesmo tempo um e múltiplo, é, segundo São Gregório, uma espécie de corpo ensinante que propagará por toda parte as perversas doutrinas da Revolução. (da rebelião as Leis e Preceitos de Deus)

O Anticristo terá seus ajudantes de ordem e seus generais; possuirá um inumerável exército. Mal se ousa tomar ao pé da letra o número que São João nos dá falando de sua cavalaria (Ap 9, 16). Mas ele terá sobretudo a seu serviço falsos profetas como ele, iluminados do diabo, doutores de mentiras; inimigo pessoal de Jesus Cristo, macaqueará o divino Mestre, cercando-se de apóstolos ao contrário.

Na segunda parte da profecia de São João, São Gregório interpreta esta misteriosa passagem no sentido, como dissemos, de que o Anticristo terá seu colégio de pregadores e de apóstolos ao contrário.

Eles terão a aparência do Cordeiro. Adotarão na aparência as máximas evangélicas de paz, de concórdia, de liberdade, de fraternidade humana, de humildade; e debaixo dessas aparências propagarão o ateísmo mais desavergonhado, justificando o pecado e contrariando os ensinamentos da Sagrada Escritura. Eles terão a aparência do Cordeiro, mas serão lobos vorazes. Apresentar-se-ão como agentes de persuasão, respeitosos para com as consciências; e depois, farão morrer entre tormentos aqueles que se recusarem a ouvi-los.

“Estas são as marcas da vinda do Anticristo:

Quando os velhos não tiverem nem bom senso nem prudência,
Quando os cristãos estiverem sem fé,
Quando os cristãos estiverem sem amor, eles falarão de amor, mas não terão amor pelo próximo,
Quando os ricos forem sem misericórdia.
Quando os jovens não tiverem respeito,
Quando as mulheres tiverem perdido o pudor,
Quando, no casamento, não houver mais continência,
Quando os clérigos forem sem honra e sem santidade,
Quando os religiosos não tiverem verdade nem austeridade, sacerdotes bispos e padres, serão homens frívolos, completamente incapazes de distinguir entre o caminho da direita e o da esquerda,
Quando os bispos não tiverem piedade. As igrejas serão privadas de pastores piedosos e tementes a Deus, e infelizes dos cristãos que estiverem na terra nesses momentos! Perderão a fé, porque não haverá mais quem lhes mostre a luz da verdade,
Quando os governantes da terra não tiverem misericórdia”.

Disse ainda o Padre Emanuel, ainda no século XIX:

Sobre o aparecimento do Anticristo...

“Apresentar-se-á como cheio de respeito pela liberdade das religiões, uma das máximas e uma das mentiras da besta revolucionária.

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Dirá aos budistas que é um Buda; aos muçulmanos, que Maomé é um grande profeta... Talvez até irá dizer, em sua hipocrisia, como Herodes seu precursor, que quer adorar Jesus Cristo. Mas isso não passará de uma zombaria amarga. Malditos os cristãos que suportam sem indignação que seu adorável Salvador seja posto lado a lado com outras seitas e mestres".

E Deus, infinitamente bom, vendo a decadência da raça humana, abreviará os dias, por amor ao pequeno número dos que deverão ser salvos, porque o inimigo desejaria arrastar até mesmo os eleitos a tentação, se tal fosse possível. Então a espada do castigo virá de repente e derrubará o Corruptor e seus servidores".

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Sempre lembrando...

“Roma perderá a Fé e se tornará a sede do Anticristo”, são as palavras que Nossa Senhora profetizou em La Salette, na França, em 1846, uma aparição reconhecida pela Igreja.

Disse Nossa Senhora Bom Sucesso, em 1594: “Tempos funestos sobrevirão, nos quais….aqueles que deveriam defender em justiça os direitos da Igreja, sem temor servil nem respeito humano, darão as mãos aos inimigos da Igreja para fazer o que estes quiserem” (II, 98).

Diise São Gregório Magno: “A Igreja, nos últimos tempos, será espoliada da sua virtude. O espírito profético esconder-se-á, não mais terá a graça de curar, terá diminuta a graça da abstinência, o ensino esvair-se-á, reduzir-se-á, senão desaparecerá de todo o poder dos prodígios e dos milagres. Para o anticristo está se preparando um exército de sacerdotes apóstatas".

Diz na Sagrada Escritura:

"A manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda a sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores. Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar. Por isso, Deus lhes enviará um poder que os enganará e os induzirá a acreditar no erro. Desse modo, serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas consentiram no mal". (II Tessalonicenses, 2, 9)

"Mas a Fera foi presa, e com ela o falso profeta, que realizara prodígios sob o seu controle, com os quais seduzira aqueles que tinham recebido o sinal da Fera e se tinham prostrado diante de sua imagem. Ambos foram lançados vivos no lago de fogo sulfuroso". (Apocalipse 19, 20)

 

Veja também...

A Grande Tribulação, o Fim dos Tempos e a Batalha Final: Revelações Proféticas ao Apóstolo dos Tempos Finais, mensagens recebidas em 2004, para nossos dias

 


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