Acaso hoje, à semelhança do tempo de Moisés, não estão quebradas no chão as tábuas da lei? Acaso não se deixou de ser observada a Lei de Deus em Sua Igreja? Não merecemos, por isso, uma punição? Acaso não foram quebrados os Mandamentos?


24.01.2017 -

O Senhor disse a Moisés: “Sobe para mim no monte. Ficarás ali para que eu te dê as tábuas de pedra, a lei e as ordenações que escrevi para sua instrução.” Ex. 24, 12.

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Os Mandamentos foram escritos em pedra pelo dedo de Deus, embora as tábuas tenham sido quebradas e feitas em pedaços, a pedra é indestrutível. No entanto, a palavra do homem escrita sobre o papel, dura enquanto dura a glória do homem. Cada homem escreve sua própria palavra.

O Bezerro de Ouro. A lei de Deus foi quebrada

Padre Juan Manuel Rodríguez de la Rosa – Adelante la Fe | Tradução Sensus Fidei:

Queridos irmãos, o Senhor chama Moisés para subir ao cume do Monte Sinai para lhe entregar o que preparou para nós. Fá-lo por escrito para que Sua Palavra não seja distorcida ou alterada pelo homem, nem este interprete a Lei de forma diferente ao sentido dado por Deus. Dá-nos, por escrito, para que permaneça o que quer transmitir, e sua confiabilidade não seja alterada. A pedra é por excelência o material que garante que o que nela foi escrito permaneça sempre, de geração em geração.

Moisés sobe o Sinai para as tábuas da lei, e uma nuvem o cobriu, fazendo referência ao Espírito Santo. Ali ele permaneceu por seis dias e no sétimo — dia em que o homem terminou a criação — o Senhor chamou Moisés. Ele permaneceu na montanha, no meio da nuvem, por quarenta dias e quarenta noites, o mesmo tempo que o Senhor no deserto. Neste momento, o Senhor lhe dá instruções orais sobre a construção de um tabernáculo, bem como instruções orais sobre a liturgia, o altar, incenso, paramentos sacerdotais… Finalmente, lhe dá as tábuas escritas pelo próprio dedo de Deus. Transmissão oral e escrita.

“Tendo o Senhor acabado de falar a Moisés sobre o monte Sinai, entregou-lhe as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas com o dedo de Deus”. Ex. 31, 18.

O Senhor ordena a Moisés para que desça e compreenda como facilmente as almas se corrompem e se afastam de Deus.

O Senhor disse a Moisés: ‘Vai, desce, porque se corrompeu o povo que tiraste do Egito’”. Ex, 32,7-8.

O Senhor mostra sua ira e Moisés implora clemência, no entanto, quando desce a montanha e vê o que o próprio Senhor lhe tinha dito, arroja as tábuas no chão, quebrando-as. A Lei de Deus havia sido quebrada.

“Aproximando-se do acampamento, viu o bezerro e as danças. Sua cólera se inflamou, arrojou de suas mãos as tábuas e quebrou-as ao pé da montanha. Em seguida, tomando o bezerro que tinham feito, queimou-o e esmagou-o até reduzi-lo a pó, que lançou na água e a deu de beber aos israelitas”. Ex. 32, 19-20.

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Não estão hoje as tábuas da lei quebradas no chão?

Acaso hoje, à semelhança do tempo de Moisés, não estão quebradas no chão as tábuas da lei? Acaso não se deixou de ser observada a Lei de Deus em Sua Igreja? Não merecemos, por isso, uma punição? Acaso não foram quebrados os Mandamentos? A ira de Deus se manifesta claramente nas almas santas, quando se quebra a Lei divina.

O homem sucumbiu ao mundo, ao demônio e à carne. As leis que o homem dita provam isso. Adora-se o bezerro, ou seja, o maligno, o pecado.

Os Mandamentos já não são mais cumpridos, as tábuas foram destruídas, a lei escrita nas tábuas foi substituída pela palavra do homem escrita em papel. Nossos próprios Pastores condenam a violência, mas não em nome dos Mandamentos da lei de Deus, mas em razão de qualquer outro motivo. Isto em termos de ação externa da Igreja, porque em termos de ação interna, vemos como se nos propõe uma alternativa humana à Lei divina.

Os Mandamentos foram escritos em pedra pelo dedo de Deus, ainda que as tábuas tenham sido quebradas e feitas em pedaços, a pedra é indestrutível. No entanto, a palavra do homem escrita sobre o papel, dura enquanto dura a glória do homem. Cada homem escreve sua própria palavra.

O Senhor reescreve em pedra a Sua Lei

Pela segunda vez. Moisés sobe o Monte Sinai, entalhando duas pedras como as primeiras.

O Senhor disse a Moisés: ‘Talha duas tábuas de pedra semelhantes às primeiras: escreverei nelas as palavras que se encontravam nas primeiras tábuas que quebraste’”. Ex. 34, 1.

Ao descer da montanha o rosto de Moisés brilhava porque era o próprio Deus que falara e operara, e novamente escreve sobre pedra e com as mesmas palavras, os dez Mandamentos, enfatizando que são inquebrantáveis. A Lei não pode ser alterada.

“Moisés ficou junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras. Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. Descendo do monte, Moisés não sabia que a pele de seu rosto se tornara brilhante, durante a sua conversa com o Senhor”. Ex. 34, 28-29

Amoris Laetitia

A Exortação Apostólica Amoris Laetitia está escrita em papel para satisfazer e agradar o homem, propondo, com inaudita soberba, uma via caritatis — um caminho criado pelo homem para satisfazer o homem — para aqueles a quem lhes é difícil cumprir a Lei de Deus.

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O que está escrito nas tábuas da lei? Que dizem os Mandamentos? A Exortação Apostólica se opõe ao sexto e ao nono mandamento. O que tem mais validade papel ou pedra? A Palavra de Deus, ou a palavra do homem?

As tábuas foram quebradas mais uma vez? Podemos dizer sem nenhum temor, fiéis à Palavra de Deus, que sim. Elas estão quebradas. As tábuas foram furiosamente atiradas ao chão. Mas mesmo ainda quando quebradas, permanece o que está escrito, porque está escrito em pedra. A palavra de Deus não se questiona. Os Mandamentos da Lei de Deus se cumprem fielmente. Estão escritos por Seu próprio dedo. Não há nenhuma via alternativa.

“O que observa o preceito guarda sua vida; quem descuida de seu proceder morrerá”. Prov.19.16.

Ave Maria Puríssima.

Padre Juan Manuel Rodriguez de la Rosa

Publicado originalmente: Adelante la Fe  via  Sensus Fidei

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Declarou o Arcebispo francês Marcel Lefebvre:

"Não será dever de um católico julgar entre a fé que lhe ensinam hoje e a que foi ensinada durante vinte séculos de tradição da Igreja? Ora, eu acredito sinceramente que estamos tratando com uma falsificação da Igreja, e não com a Igreja católica. Por quê? Porque eles não ensinam mais a fé católica. Não defendem mais a fé católica. Eles arrastam a Igreja para algo diferente da Igreja Católica. A verdade e o erro não estão em pé de igualdade. Isso seria colocar Deus e o diabo em pé de igualdade, visto que o diabo é o pai da mentira, o pai do erro. Como poderíamos nós, por obediência servil e cega, fazer o jogo desses cismáticos que nos pedem colaboração para seus empreendimentos de destruição da Igreja? Se acontecesse do papa não fosse mais o servo da verdade, ele não seria mais papa. Não poderíamos seguir alguém que nos arrastasse ao erro. Isto é evidente. Não sou eu quem julga o Santo Padre, é a Tradição. Para que o Papa represente a Igreja e seja dela a imagem, é preciso que esteja unido a ela tanto no espaço como no tempo já que a Igreja é uma Tradição viva na sua essência. Na medida em que o Papa se afastar dessa Tradição estará se tornando cismático, terá rompido com a Igreja. Eis porque estamos prontos e submissos para aceitar tudo o que for conforme à nossa fé católica, tal como foi ensinada durante dois mil anos mas recusamos tudo o que lhe é contrário.  E é por isso que não estamos no cisma, somos os continuadores da Igreja católica. São aqueles que fazem as novidades que estão no cisma.  Estou com vinte séculos de Igreja, e estou com todos os Santos do Céu!”

Declarou o Papa São Félix III: "Não se opor a um erro é aprová-lo. Não defender a verdade é suprimi-la".

 

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