Padre mexicano pede que mulheres não usem minissaia


22.08.2008 - Um padre mexicano causou protestos no México ao recomendar que as mulheres não usem minissaias ou biquínis para não "provocar" o assédio sexual dos homens.

Em seu comentário na publicação oficial da Arquidiocese do México, Desde la Fe, o padre Sergio Román del Real disse que as mulheres não devem usar "roupas provocantes" nem iniciar "conversas ou gracejos picantes".

O texto, escrito como parte de uma série de artigos que antecedem o 6º Encontro Mundial de Famílias México 2009 - organizado pela Igreja Católica - diz que "as minissaias e os biquínis vão contra o recato."

As declarações provocaram um protesto de 15 pessoas em frente à Catedral da Cidade do México. Os manifestantes reunidos em frente à catedral tentaram entrar no templo, mas foram impedidos pela polícia.

"É lamentável a postura da Igreja Católica, pois segue incentivando na cultura mexicana a misoginia", disse à BBC Aidé García, porta-voz da organização Católicas pelo Direito de Decidir.

"Com essas declarações, seguem responsabilizando as próprias mulheres pelos abusos que sofremos."

Para ela, as recomendações da Arquidiocese do México são produto de uma cultura machista, que não reconhece que as mulheres têm "autoridade moral para decidir" como devem se vestir.

O grupo Católicas pelo Direito de Decidir desenvolveu uma série de propostas, dirigidas e grupos conservadores e à hierarquia católica, nas quais ressalta a importância de uma educação sexual integral.

Ao mesmo tempo, uma universidade na cidade de Culiacán, oeste do país está considerando a possibilidade de vetar o uso de minissaias.

A direção da Universidad Autônoma de Sinaloa diz que cogita a mudança para "prevenir" a violência sexual.

O reitor da universidade, Héctor Melesio Cuen Ojeda, afirmou que o assédio e os atos de violência contra as mulheres são gerados pela forma de vestir.

"As saias muito curtas que algumas estudantes usam se tornam um convite para que sejam agredidas ou molestadas, não apenas dentro da universidade, como também fora dela", disse Cuen.

O arcebispo do Estado de Durango, Héctor González Martínez, responsabilizou as mulheres que se vestem de forma provocativa por despertar o "lado doentio" dos homens.

"As mulheres não devem usar minissaias, decotes, nem aberturas nas saias, já que esse tipo de vestimenta é um atentado contra a honra", afirmou Cuen.

Fonte: G1

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Lembrando...

06.03.2008 - Bispos brasileiros denunciam engano de falsas católicas que promovem aborto

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou uma nota em que esclarece aos fiéis que as autoproclamadas "Católicas pelo Direito a Decidir", "não são uma organização católica e não fala pela Igreja Católica". A nota declara que a CNBB recebeu numerosas consultas sobre a polêmica ONG e seus pronunciamentos infestados de pontos contrários à doutrina e à moral católicas. "Trata-se de uma entidade feminista, constituída no Brasil em 1993, e que atua em articulação e em rede com vários sócios no Brasil e no mundo, em particular com a organização norte-americana chamada ‘Catholics for a Free Choice’.

Sobre esta última, a Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos fez várias declarações, destacando que o grupo defende publicamente o aborto e distorce os ensinamentos católicos sobre o respeito e a proteção devidos à vida do não nascido indefeso; é contrária a muitos ensinamentos do Magistério da Igreja". Em janeiro passado, o periódico Gazeta do Povo denunciou que como parte da Campanha de Fraternidade 2008, a produtora Verbo Filme produziu um vídeo que recolheu a postura das falsas católicas, que aproveitaram a oportunidade para criticar à Igreja por sua defesa do não nascido. Os DVDs foram retirados por ordem da CNBB e representantes católicos exigiram aos bispos um pronunciamento oficial sobre este incidente.

Quem são?

A organização "Católicas pelo Direito a Decidir" ou CFFC ("Catholics for a Free Choice") foi fundada em 1970 para promover o aborto atacando à Igreja Católica. Sua estratégia é confundir aos fiéis e sua agenda fomenta a anticoncepção, a esterilização, o lesbianismo, a homossexualidade, o feminismo radical e as doutrinas New Age. Embora se apresenta como um grupo de leigas católicas dissidentes, a CFFC foi denunciada por bispos e entidades pró-vida em vários países do mundo como uma organização anti-católica, anti-vida e anti-família.

Seu primeiro presidente foi o ex-sacerdote jesuíta, Joseph O'Rourke, expulso da Companhia de Jesus em 1974. Entre 1980 e 2007, sua presidenta foi a ex-religiosa, Frances Kissling, ex-diretora de uma das primeiras clínicas de aborto legal em Nova Iorque e fundadora da Federação Nacional do Aborto. Kissling apresentou sua organização como se fosse a voz legítima de dissensão entre os católicos. Entretanto, sabe-se que o grupo conta com um número reduzido de ativistas e é financiado principalmente por grandes transnacionais abortistas como as fundações Ford, Sunnen, J.D. MacArthur, Noyes e Gund. Atualmente, o grupo opera nos Estados Unidos, América Latina e África.

Fonte: ACI


Rainha Maria - Todos os direitos reservados
É autorizada a divulgação de matérias desde que seja informada a fonte.
https://www.rainhamaria.com.br

PluGzOne