Modéstia e castidade: virtudes desprezadas pelo mundo


23.01.2010 - “Ninguém pode ser ignorante do fato que, especialmente durante a estação de Verão, aqui e ali se têm visões que não podem senão ofender os olhos e almas dos que não consideram de importância secundária, ou que não menosprezam completamente, a virtude cristã e a decência humana. Não só nas praias e em locais de recreação no feriado, mas quase em todos os lugares, até mesmo nas ruas das cidades, nos lugares públicos e privados, e quase até mesmo dentro das igrejas, está sendo difundido um modo de vestuário indigno e inadequado. Para a alma da mocidade, tão inclinada ao mal, há o grande perigo de que este abuso entregue a sua inocência, o mais precioso e mais belo ornamento da alma e do corpo, ao sopro da morte. Os adornos da mulher, se é que pode ser chamado de vestuário o que não protege nem o corpo nem a modéstia, às vezes são tais que parecem encorajar a lascívia em vez da modéstia.”

(Carta da Igreja Católica aos bispos, 15 de agosto de 1954)

Modéstia e castidade são valores dos quais pouco se fala. A modéstia, que faz com que a castidade seja mais bem executada, se tornou sinônimo de atraso e as pessoas vão cada vez mais promovendo uma cultura de permissivismo sexual.

Todas essas atitudes de rejeição para com a castidade são apenas conseqüências do desprezo que o mundo moderno passou a cultivar para com a Igreja Católica, principal promotora da modéstia e de outros conceitos tão importantes da moralidade tradicional. Afinal, é bem verdade que se todos seguissem os conselhos dos Santos Padres, dos bispos e dos padres em comunhão com a Igreja certamente não veríamos tantas ofensas à pureza e à dignidade humana. Se todos ouvissem as palavras da Igreja acima expostas, certamente os meios de comunicação não se esforçariam para propagar ideologias tão perversas contra a família e as demais instituições da nossa sociedade.

De fato, o que vemos hoje nos meios de comunicação, as idéias que hoje são defendidas pela televisão, estão em total contradição com o Evangelho de Cristo e com as Palavras da Igreja. Mas por quê? Porque o homem se acha independente, pensa que pode viver feliz sem renunciar aos bens terrenos passageiros; vai deixando de ser racional e deixa que as paixões dominem seu ser. Chegou um tempo em que o homem começou a se “libertar” de Deus e da moral da religião. Esse processo atingiu seu cume com o comunismo, que se rebelou de maneira autoritária com a moralidade religiosa tradicional, perseguindo e matando aqueles que defendiam a fé católica e pregavam um mundo baseado nos valores cristãos.

Esse processo comunista de rompimento com a Igreja continua ocorrendo. E o principal meio do qual Satanás se usa para levar as pessoas à perdição é a mídia.

Há mais de cinqüenta anos atrás, os bispos bradavam: “[E]stá sendo difundido um modo de vestuário indigno e inadequado”! Hoje vemos completamente difundido esse jeito imodesto de se vestir. E o principal meio de propagação dessa ideologia é a televisão! Quando ligamos os nossos aparelhos e assistimos à Rede Globo no horário nobre, a única coisa que se vê é baixaria e depravação. Assista um dia ao Big Brother Brasil, ou às novelas, e você vai ver o que eu estou falando. As festas, as danças, os vestuários dos atores, tudo isso contribui para que esses programas sejam grandes propagadores da impureza e da perversão sexual. Mulheres que se insinuam para homens, homens que se insinuam para mulheres; mulheres que se insinuam para mulheres, homens que se insinuam para homens…

“Bem melhor fariam os educadores da juventude clerical, inculcando-lhe as normas do pudor cristão, que tanto contribui para manter incólume a virgindade, e bem pode chamar-se a prudência da castidade. O pudor adivinha o perigo, obsta a que se afronte, e leva a evitar aquelas mesmas ocasiões de que não se acautelam os menos prudentes. Ao pudor não agradam as palavras torpes ou menos honestas, e aborrece-lhe a mais leve imodéstia. Ele afasta-se da familiaridade suspeita com pessoas do outro sexo, porque enche a alma de profundo respeito pelo corpo, membro de Cristo (cf. l Cor 6, 15), e templo do Espírito Santo (l Cor 6, 19). A alma cristãmente pudica tem horror de qualquer pecado de impureza e retira-se ao primeiro assomo da sedução.”

(Papa Pio XII, Sacra Virginitas, n. 56; 25 de março de 1954)

Quão horrenda é a atitude daquelas mulheres que, sem nenhum pudor, se vestem imodestamente e anunciam publicamente, em seu modo de vestir, que “que são infames instrumentos de que o inferno se serve para perder as almas” (Santo Cura d’Ars). Mas, no mundo moderno, tudo isso – observem a contradição – é louvado e apreciado. É por isso que lemos no Santo Evangelho que “o amor do mundo é abominado por Deus” (Tg 4, 4). Sim. Tudo aquilo que o mundo aprecia é desprezado e rejeitado pelo Altíssimo. Aquele que ser cristão ouça bem: está fazendo uma escolha difícil. Aquele que quer seguir a castidade terá que tomar a Cruz do sofrimento e terá de estar sempre em constante vigilância e oração.

Nesse sentido, recomendo a todos a leitura da encíclica Sacra Virginitas, do Papa Pio XII, onde ele fala da virgindade e da castidade. Fala também da modéstia, esse valor tão importante para que a castidade possa ser verdadeiramente amada e preservada. Outra recomendação é a leitura freqüente do apostolado Moda e Modéstia, da Julie Maria. São conselhos fundamentais para todos que não compactuam com a mentalidade suja desse mundo. No mais, rezemos e peçamos à Santíssima Virgem Maria, modelo perfeito de pureza e de virgindade, para que nos ajude a trilhar o caminho da castidade na humildade obediência a Nosso Senhor.

Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!

Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/


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