Irmã Lúcia advertiu contra os pecados dos padres e religiosos e a luta do demônio para os possuir em 1957


11.12.2014 - Apresentamos aqui a última entrevista da Irmã Lúcia, feita em 1957, antes de ser silenciada voltando a aparecer um bom tempo depois. Os comentários são de Dr.Plinio Corrêa de Oliveira e nossos. A versão apresentada é a conseguida por ele em 1973 conforme explicado abaixo, junto com comentários sobre esta, e sobre esta em comparação com a do Pe.Fuentes em 1958.

Prova da autenticidade da entrevista ou aviso

"Agora, hoje Dr. Paulo me deu um documento cuja fonte é a seguinte. Há uma senhora cujo nome é Dona Ziloca. Esta Dona Ziloca é íntima amiga de uma cunhada de Dr. Paulo, e é ao mesmo tempo íntima amiga de uma outra senhora, que mora no Rio de Janeiro, a qual senhora é irmã da Prioresa de Fátima. De maneira que então nós temos: a Irmã Lúcia, a prioresa, a irmã em São Paulo, Dona Ziloca, a Sra. Ulhôa Cintra, cunhada de Dr. Paulo, de maneira que forma assim uma cadeia.

E, através de Dona Ziloca, a irmã de Dr. Paulo teve este documento que está aqui em mãos dos senhores (...). É uma coisa mandada pela prioresa de Fátima à irmã dela residente no Rio, e que a Dona Ziloca remeteu e que chegou por esta forma ao nosso conhecimento (...). É uma carta de um padre que conseguiu conversar com a Irmã Lúcia com autorização da Santa Sé. Este padre comunicou ao Pe. Fuentes o que está aqui, que é a conversa dele com a Irmã Lúcia. E a prioresa tomou isto e mandou para a irmã dela residente no Rio. E assim chegou a nós".

O Pe.Fuentes, que era confessor da irmã Lúcia, foi demitido do cargo de postulador dos processos de Jacinta e Francisco, outros videntes de Fátima, em parte por liberar esta entrevista. A história desta entrevista conta, que não teria sido este outro Padre quem teria ouvido da Irmã Lúcia as palavras, mas o próprio Pe.Fuentes. Acreditamos que não foi ao Pe.Fuentes, por causa da origem desta carta que Dr.Plinio conseguiu. A versão apresentada dela é menor do que a apresentada na conferência de 1958, e publicada em revista em 1959 [1].

Dr.Plinio prevê toda a situação da diminuição das palavras na carta

"O que esta carta tem de interessante é que a gente vê a Irmã Lúcia sumamente aflita com a situação, e vendo a situação com todos os matizes com os quais nós a vemos, mas até nos pormenores. Toda impressão que se tem é de que ela recebeu uma ou algumas revelações recentes de Nossa Senhora, e que a partir deste momento ela entrou num estado de aflição muito grande. E tem um grande desejo de comunicar algo, que afinal filtrou através deste padre.

n/d

Como é que se pode explicar que tenha havido um padre mandado pela Santa Sé para visitar a Irmã Lúcia? Como é que pode se explicar que este padre tenha sido autorizado a escrever ao Pe. Fuentes? Como é que pode se explicar que a prioresa tão "sapa" [a prioresa era contra a missão profética da irmã Lúcia] esteja fazendo propaganda deste papel?

Uma hipótese seria que a Irmã Lúcia ficou muito aflita com a revelação que ela recebeu e que resolveu a todo custo, -- terá talvez até recebido a incumbência de Nossa Senhora -- de fazer, de procurar e dirigir-se ao mundo para revelar a terceira mensagem; e que as irmãs, tendo receio de uma encrenca com a Irmã Lúcia, obtiveram da Santa Sé que um padre a visitasse. E ela tenha querido mandar ao ex-confessor dela um recado a este respeito. E que o padre que manda isto tenha mandado até uma pequena parte do que ela disse.

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Mas então estejam espalhando isto em pequeno para ver se contentam a Irmã Lúcia e evitam que ela apareça publicamente, e diga a coisa em grande. Esta seria uma hipótese. Não passa de uma hipótese, mas é uma hipótese que é provável, que é digna de análise. Simplesmente também a meu ver não passa disto, é uma hipótese digna de análise".

Ao Pe. Agostinho Fuentes, postulador da causa de beatificação de Jacinta e Francisco. Trago-vos uma mensagem de grande urgência de Fátima. O Santo Padre permitiu-me visitar Lúcia, agora em Coimbra, carmelitas descalças. Recebeu-me cheia de tristeza, estava magra e muito aflita.

"Notem que pela fotografia dela no Paris Match, quando ela recebeu o Papa, se aquela era ela, ela estava gorda, e até bem corpulenta. E ela está numa idade em que a pessoa não muda facilmente de corpulência. E “magra e muito aflita...” Os senhores vão ver daqui a pouco como isto se prende a outras coisas que vêm".

Quando me viu disse: Padre, Nossa Senhora está muito descontente porque não fizeram caso de sua mensagem de 17. Nem os bons nem os maus na sua vida de larga perdição têm em conta os castigos que os ameaçam. Acredite-me, padre, o Senhor castigará o mundo muito depressa, o castigo é iminente, virá muito depressa, o castigo material.

"Os senhores estão vendo portanto que o signatário desta carta é um padre anônimo (...), notem que ela ao falar com o padre teve a impressão de que o padre não estava dando bastante importância ao que ela dizia. Porque ela fez redundância em cima de redundância para meter na cabeça do padre, para o padre falar a mesma coisa com outros, com terceiros de fora (...)".

A repetição do castigo não aparece na versão de 58, no lugar dela menciona-se "o que falta para 1960 ? E o que sucederá então ?", e repete-se que deveria ser guardado até esta data, quando se deveria ter aberto o segredo por indicação da irmã Lúcia, e não o foi por desejo de João XXIII. Parece ser uma previsão desse mesmo repúdio da revelação do segredo por este Papa.

Imagine, padre, quantas almas irão para o Inferno. E isto sucederá porque não fizeram nem fazem penitência. Esta é causa da tristeza de Nossa Senhora. Padre, diga a todos que Nossa Senhora me disse muitas vezes que Muitas nações desaparecerão da face da Terra.

"É, portanto, uma mensagem para o mundo inteiro, e que está sendo espalhada neste papelucho. "Todos", acaba sendo isto! Ao menos por enquanto. E o que vem agora está uma vez só na Mensagem de Fátima. Donde a gente tem idéia que muitas vezes Nossa Senhora falou com ela depois e que todas as vezes repetiu isto. Esta frase fala a favor da hipótese de uma série de mensagens, ou de uma mensagem onde Nossa Senhora tenha repetido muito e que não é a de Fátima, porque na de Fátima está dito uma vez só".

n/d

A Rússia será o flagelo escolhido por Jesus para castigar a Humanidade se por meio das orações e dos sacramentos não obtivermos a graça da sua conversão. Diga, Padre, que o demônio está investindo numa batalha decisiva contra Nossa Senhora, porque aquilo que aflige o Imaculado Coração de Maria e o de Jesus é a queda das almas religiosas e sacerdotais.

"Os senhores vejam este "diga padre". Ela não está falando para o padre saber, só. Ela está falando para o padre dizer a outros, mas a natureza deste recado é que é para todo mundo, evidentemente".

"Isto [quedas das almas religiosas e sacerdotais] não havia na Mensagem de Fátima. Na Mensagem de Fátima falava-se a respeito da imoralidade do mundo neopagão, da Revolução em geral. Aqui, não.

Os senhores estão vendo falar da crise na Igreja, na autodemolição da Igreja, como sendo o que mais ofende a Nossa Senhora e Nosso Senhor". A idéia de que o demônio está investindo numa batalha decisiva também não está na Mensagem de Fátima.)

Ele – o Coração Imaculado de Maria – sabe que as religiosas e os sacerdotes abandonando a sua excelsa vocação arrastam muitas almas ao Inferno. Mal temos tempo para deter o castigo do Céu. Temos à nossa disposição dois meios eficacíssimos: a penitência e a oração. O demônio quer apoderar-se das almas consagradas, tenta corrompê-las para induzir outras à impenitência final.

A impenitência final quer dizer morrer sem se arrepender. Como é que estas almas consagradas induzem outras à impenitência final? Nós estamos vendo em torno de nós. "Pecado não tem importância!", tese de D. Helder conversando com Sr. Vicente Ferreira, que ele não sabia que era da TFP, há algum tempo atrás; - que ele não conheceu na vida inteira dele uma pessoa que tivesse cometido um pecado mortal. Que é tão raro reunir todas as condições de um pecado mortal, que praticamente ninguém comete pecado mortal! A tendência a abolir a confissão auricular, o pacto com a corrupção, com a imoralidade, há uma porção de pessoas que morrem na impenitência final. Na hora de morrer não têm condições para se arrepender do que estão fazendo. Agora. Tem culpa nisso? Como o padre e a freira têm, morrem na impenitência final".

Usa de todas as astúcias, sugerindo até estar a par com o mundo a vida religiosa. Disto provém: a esterilidade da vida interior, a frieza dos seculares com respeito à renúncia aos prazeres e à total imolação a Deus. Diga, Padre, duas coisas que incentivaram a santificação de Jacinta e Francisco: a aflição de Nossa Senhora e a visão do Inferno.

"Quer dizer, que a vida religiosa é harmônica com a vida mundana. O que o mundo faz na vida religiosa deve-se fazer também. Que tudo é uma coisa só. Aí os senhores estão vendo. É o que os senhores têm em torno de si a mais não poder (...), é preciso falar de Nossa Senhora das Dores e falar do Inferno. É bem exatamente o que eles não querem, mas o que a TFP faz". Na versão de 58 a irmã Lúcia diz que sua missão é converter os homens que se obstinam no pecado, e não avisar a vinda de castigos materiais ao mundo. Parece que ela indica aqui a existência de pessoas específicas para isso, e indica que seu tempo ainda não será a plenitude deste aviso dos castigos.

Nossa Senhora disse-me expressamente:"aproximamo-nos dos últimos tempos. Disse-me três vezes: primeiro, afirmou que o demônio travou uma luta decisiva, da qual – isto é, final – um dos dois ficará vitorioso ou derrotado. Ou estamos com Deus ou com o demônio.

"É supra-tese da TFP", diz Dr.Plinio, e explicamos: acredita-se que a vinda do Castigo Mundial, virá acompanhada com a missão profética dos apóstolos dos últimos tempos, pela qual serão separados os bons dos maus, e, purificados, os homens bons, passarão ao Reino de Maria. A profecia aqui é anti-ecumência.

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A segunda vez repetiu que os últimos remédios dados ao mundo são o Santo Rosário e a devoção ao Imaculado Coração de Maria. A terceira vez disse-me que esgotados os outros meios desprezados pelos homens, nos dá com tremor a última âncora de salvação que é a Santíssima Virgem em pessoa, sinais de lágrimas, mensagens de diversas videntes dispersas por todas as partes do mundo. Padre, dizia-me Lúcia, é urgente que tomemos em conta a terrível realidade. Não queremos encher de medo as almas, mas somente chamá-las, urgentemente, à realidade. Desde que a Santíssima Virgem nos chamou, nos deu a grande eficácia do Santo Rosário, não há problema que não se possa resolver com ele e com os nossos sacrifícios.

n/d

A fonte é boa, é uma fonte segura, certa. Até uma fonte insuspeita, porque a tal prioresa os senhores estão vendo. [na reunião foi citado alguns infortúnios com ela]

Fontes:
[1] Disponível no link: http://www.statveritas.com.ar/Varios/Fatima-01.htm . Dada no dia 22 de maio de 1958 na Casa Madre de las Misioneras del Sagrado Corazón, "Declaraciones de Sor Lucía al Padre Agustín Fuentes". Imprimatur do Arcebispo Sánchez de Santa Cruz, Méjico. A fonte diz que estas declarações ao Padre Agustin Fuentes são reconhecidas por S. S. Pío XII, e foram publicadas en seus dias com licença eclesiástica (imprimatur), na revista "Fátima Findlings", Junho de 1959, e no "Messaggero dell Cuore di Maria.", Setembro de 1961.
[2] Reunião do Santo do Dia no dia 23 de Novembro de 1973, Sede São Milas

Fonte: O Principe dos Cruzados  -  imagens  www.rainhamaria.com.br

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Nota de www.rainhamaria.com.br

 A irmã Lúcia faleceu, no dia 13 de fevereiro de 2005, com 97 anos, no Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, Portugal, onde vivia afastada do mundo.

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