Sinais na Natureza: O mar está engolindo a praia de Atafona, no litoral do Rio de Janeiro, e avança também no litoral Paulista


08.05.2015 -

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Fenômeno conhecido como transgressão do mar se mostra evidente numa praia do litoral fluminense.

Na localidade de Atafona, o mar avança rapidamente e já engoliu 14 quarteirões e quase 200 propriedades.

Fenômeno não é localizado, cidades do litoral paulista e do Nordeste também já sofrem com o problema.

 'O sertão vai virar mar'

Há muito já se dizia que “o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão”, como anuncia a canção "Sobradinho" de Sá & Guarabyra. Nessa canção, é abordada a inundação de uma grande faixa de terra no interior da Bahia, com a criação da Barragem de Sobradinho que, ao se formar, inundou várias vilas e povoados, obrigando as suas populações a se deslocarem para municípios criados exclusivamente para abrigá-las.

Lenda ou não, fato é que as últimas gerações têm presenciado mudanças surpreendentes e irreversíveis em determinadas regiões litorâneas de todo o planeta. O mar avança e o problema saltou de eminente para evidente, pois já causou e mostra que ainda irá causar muitos danos materiais, além de transtornos de ordem imobiliária em distintos pontos do imenso litoral brasileiro.

Enquanto se alçam discussões para justificar se as causas do avanço dos oceanos são naturais ou se dão por intervenções humanas, fato é que, diferentemente de Sobradinho, as águas salgadas transbordam e já cobrem extensas faixas de terras litorâneas brasileiras que, faz pouco tempo, eram compostas de vegetação ou construções. Muitos locais onde antes compunham regiões urbanizadas, foram atualmente subtraídos pelas águas, num fenômeno chamado pelos cientistas de "transgressão do mar".

Alguns pontos se mostram mais susceptíveis às ocorrências do fenômeno, enquanto noutros, tudo parece estar normal, como sempre esteve. No Brasil, em determinadas regiões dos litorais Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, autoridades e pesquisadores já reconhecem comportamentos diferentes das ressacas e marés.

Na região Sudeste, um dos pontos em que o fenômeno do avanço do mar se mostra mais evidente é no distrito de Atafona, na foz do rio Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro. Pertencente ao município de São João da Barra-RJ, situado na região Norte Fluminense e vizinha à conhecida cidade de Campos dos Goytacazes, o distrito de Atafona passa por constantes transformações paisagísticas naturais causadas pela invasão das águas marinhas.

Em Atafona – como noutras cidades litorâneas brasileiras que também sofrem com o problema -, além de o mar estar ganhando rapidamente as terras do continente, um dos maiores transtornos é a migração de areia das praias para as regiões urbanizadas.

Expulsa da orla pelo avanço do mar, muitas toneladas de areia são levadas pelo vento e se amontoam em regiões situadas em continente adentro. Cobrindo construções, invadindo o interior das residências e criando gigantescas dunas, a areia se torna uma preocupação a mais para os moradores. Essa areia cigana vai modificando, aos poucos, toda uma região, moldando verdadeiras paisagens desérticas em muitas propriedades habitadas em outrora.

Esse artigo reúne uma série de informações e imagens sobre o avanço marinho e o problema das erosões, sobretudo, na praia de Atafona, no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Revela também que o problema não se está localizado nessa região fluminense, mas tem se mostrado bastante evidente em outros estados, sobretudo, nos de Pernambuco e São Paulo.

O nosso objetivo é alertar as autoridades sobre esta questão preocupante e mostrar o quanto já se tornou notório tal fenômeno, além do quanto ele ainda poderá se expandir, tanto na região fluminense mais afetada, quanto noutras de todo o globo que, igualmente, sofrem com os efeitos da transgressão das águas do mar.

 Pesquisadores marítimos afirmam que o fenômeno em Atafona ocorre desde a década de 1950 e que nos últimos 30 anos, mais de 180 casas, em 14 quarteirões, teriam sido destruídas. Ainda que não tenha causado vítimas fatais, o fenômeno causou muitos danos materiais e prejuízos de ordem imobiliária.

Antes era uma localidade próspera, Atafona se tornou um simples balneário, agora frequentado por curiosos pelo avanço do mar e alguns surfistas descompromissados. Se antes as pessoas procuravam a praia por sua beleza e tranquilidade, hoje elas buscam para matar a curiosidade sobre os vestígios das dezenas de imóveis que foram tragadas pelo mar.

Dunas que avançam sobre propriedades

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O avanço do mar não é o único problema enfrentado pela população de Atafona. A região sofre também com a invasão das dunas de areia que soterraram 14 quarteirões uma grande área urbana. As dunas se deslocam rapidamente para as regiões urbanas e estão enterrando literalmente muitas dezenas de construções entre comércios e residências.

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De acordo com o oceanólogo Luiz Fernando Vieira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a erosão em Atafona é similar à que ocorre em outras partes do país, como Cabo Frio (RJ) e Olinda (PE). “Ela acontece por conta de ventos fortes e ondas altas, que batem na praia e criam a erosão, puxando sedimento e diminuindo a orla”, explica.

E, além disso, é bom lembrar que à medida em que sedimentos são levados pelo rio até o mar, o local da foz se torna mais susceptível a extravasar de seu leito, sobretudo, em épocas de ressacas.

O oceanólogo conta que, "Naquele cenário da foz do Paraíba, a erosão está em franco desenvolvimento e a velocidade aumentou nos últimos meses. As frentes frias do ano passado e deste ano duraram mais tempo naquela zona costeira, com preocupação grande para a população local a respeito da destruição de casas. No verão deste ano até o inverno, em um período de cinco meses, houve uma aceleração grande. A erosão se deu em torno de sete metros por ano e o que nós havíamos medido recentemente, desde 2000, foi da ordem de 3 a 5 metros por ano”, relatou o pesquisador.

De acordo com ele, a erosão promoveu o turismo na região e despertou a curiosidade da população local que, com frequência, visita as ruínas. A pesquisa estima que no total mais de trezentas casas já foram destruídas. Em alguns trechos da praia, o banho de mar é proibido por conta do perigo de se ferir nos escombros das antigas construções.

Vieira disse que o fenômeno natural em Atafona é complexo. “O agravante na região é que a erosão subtrai as areias da praia e as dunas soterram as construções”, explicou.

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Prédio do Julinho: construído na década de 1970, quando se situava ainda distante do mar e destruído durante uma maré alta (detalhe, no alto).

O mar quer possuir a terra

Em Atafona, o mar avançou mais de 400 metros e as águas já engoliram dezenas de ruas, destruindo um bairro inteiro num período de 20 anos. O fenômeno natural continua implacável e, o cenário, é de destruição. Com a invasão do mar, o pontal virou atração e recebe visita constante de turistas curiosos para ver de perto a fúria do mar.

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O prédio onde já funcionou Hotel do Julinho e um supermercado também foi engolido pelo mar [foto acima]. Para muitos que vivem em Atafona, é inacreditável como as ondas do mar alcançaram o famoso prédio, que se tornou ruína e depois desabou por não resistir à força das águas. Em 2008, a construção ruiu em questão de segundos, tal como uma implosão, após uma forte ressaca que cobriu toda a sua base, desintegrando-a.

O prédio foi construído pelo comerciante conhecido como Julinho na década de 1970, quando o mar ainda se encontrava distante do local. Durante muitos anos, a construção se tornou um símbolo da orla marítima de Atafona. O comerciante morreu em 1981, já sabendo que seu imóvel estava condenado pela Defesa Civil.

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Os destroços do que um dia foi parte da cidade hoje servem de fachadas para que as pessoas profetizem o apocalipse. Muitas frases relacionadas com o fim do mundo estão por toda parte e, curiosamente, como que a concretizar as profecias apocalípticas, muitas delas já foram literalmente tragadas pelo mar.

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“Atafona é a primeira cidade a ver a chegada do fim do mundo”, diz Zélia Souza, que trabalha num bar situado em frente à praia. O que sobrou do “hotel do Julinho” tem inscrições como “Jesus está vivo”, “Apocalipse – lembra-te do dia de sábado para o santificar”. As frases de efeito, muitas de origem bíblica, impressionam alguns turistas que visitam o local, que são levados a refletir sobre as consequências daquele fenômeno assombroso, caso o mesmo ocorresse em grande escala.

Defronte uma dessas inscrições, um grupo de turistas munidos de máquinas fotográficas, toma fotografias. Carmem Faria e Raquel Cansado estão na cidade pela segunda vez. “É impactante e ao mesmo tempo triste, desolador. Voltamos cinco anos depois para ver como o mar não para de avançar. Da última vez o hotel ainda estava de pé”, conta Carmem. “Só Deus para impedir que se repita aqui o que aconteceu no Japão”, completa Raquel, sem saber que as ondas no outro lado do mundo foram ocasionadas por choques nas placas tectônicas.

O tom apocalíptico também está na conversa com moradores mais antigos. No começo de fevereiro foi realizada a procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, que percorreu a cidade até a praia de Atafona. Muitos crêem que isso fez com que o mar recuasse alguns metros.

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Para os técnicos, porém, a explicação é outra. Este recuo faz parte do processo erosivo. Desde 2008, tem se percebido este fenômeno inverso na cidade. O mar tem recuado, devolvendo faixas de areia que estavam submersas.

Para o técnico ambiental Luis Henrique Araújo, que perdeu sua casa na última forte ressaca, isso não permite que a população se anime. “O mar recua e depois volta ainda mais forte. Não se pode construir novamente onde ele destruiu. São movimentos imprevisíveis”, diz.

De acordo com os especialistas, o mar está avançando cerca de três metros por ano em Atafona e tomando faixas de até 30 metros em determinados locais.

 Mar avança também no litoral paulista

O litoral do estado de São Paulo também sofre com o fenômeno da transgressão do mar. O processo vem ocorrendo ao longo de muitos anos, mas sua intensidade é observada com clareza em períodos de ressaca, quando a água invade a praia com mais violência.

De acordo com uma reportagem da Rede Record sobre o assunto, centenas de casas já foram destruídas e os moradores são obrigados a fugir da força do mar no litoral paulista.

Alguns exemplos da destruição causada pelo mar no estado de São Paulo estão em praias como Ilha Comprida, onde o mar já avanço mais de 250 metros e Iguape, onde diversas construções foram destruídas. Nessas localidades, a transgressão do mar já fez desaparecer uma grande fração das áreas urbanas, deixando somente ruínas, desolação e reflexões.

 Do outro lado do Atlântico, o avanço do mar também se revela fato evidente. Algumas localidades portuguesas situadas na costa atlântica também sofrem com o problema e já tiveram diversos estabelecimentos tragados pelo mar nos últimos anos.

Em Portugal, o avanço do mar está avançando e causando transtornos na região do Faro, além de ter destruído diversos pontos da costa de Espinho.

Naquela costa, os estragos são visíveis entre a Praia de Granja e Espinho. Uma reportagem da tevê RTP informa que já foram feitas várias intervenções de recurso, para evitar maiores riscos. Técnicos do país acreditam que deverão ser investidos muitos milhões de euros para a contenção do mar e prevenção de danos materiais no litoral português.

Fonte: http://viafanzine.jor.br

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Naquele tempo, um estrondo, semelhante ao bramido do mar, retumbará contra ele. Quando olhar a terra, só verá trevas e angústia, e no céu se estenderão nuvens tenebrosas". (Isaías 5, 30)

Profecia de Nossa Senhora de La Salette, aparição na França em 1846, reconhecida pela Igreja em 1851.

"As estações serão mudadas, a terra não produzirá senão maus frutos, os astros perderão os seus movimentos regulares, a lua não refletirá senão uma luz avermelhada; a água e o fogo causarão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis terremotos, que farão tragar montanhas, cidades...A natureza exige vingança para os homens, ela treme de espanto na expectativa do que deve suceder à terra manchada de crimes. Eu dirijo um apelo premente à terra, chamo os verdadeiros discípulos do Deus vivo que reina nos céus; convoco os verdadeiros imitadores de Cristo feito homem, o único e verdadeiro Salvador dos homens; apelo para os meus filhos, meus verdadeiros devotos, os que se entregaram a mim para que eu os conduza a meu divino Filho, aqueles que eu levo, por assim dizer, nos meus braços; os que viveram do meu espírito; enfim, chamo os Apóstolos dos últimos tempos, os fiéis discípulos de Jesus Cristo, que viveram num desprezo do mundo e deles mesmos, na pobreza e na humildade, no desprezo e no silêncio, na oração e na mortificação, na castidade e na união com Deus, no sofrimento e desconhecidos do mundo. É tempo que saiam e venham iluminar o mundo. Ide, e mostrai-vos como meus filhos queridos; estou convosco e em vós, contanto que vossa fé seja a luz que vos ilumine nesses dias de desgraça. Que vosso zelo vos torne como que famintos da glória e da honra de Jesus Cristo. Combatei, filhos da luz, vós, pequeno número que consegue ver: pois eis o tempo dos tempos, o fim dos fins".

Diz ainda na Sagrada Escritura:

"Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão". (1Ts 5,3)

"Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo o que está escrito". (São Lucas 21, 22)

"Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz". (Apocalipse 12, 2)

 

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Porque estes serão dias de castigo, para que se cumpra tudo o que está escrito (São Lucas 21, 22)

As Profecias de Nossa Senhora da La Salette se cumprindo em nossos dias

 


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