Sul de Minas: Seca no Reservatório de Furnas, fica difícil encontrar os trechos que ainda é possível ver o lago


31.08.2015 -  Ao fazermos o caminho que margeia o Reservatório de Furnas, fica difícil encontrar os trechos que ainda é possível ver o lago. Pelo circuito turístico que se formou em volta da água, o descaso se torna aparente. O matagal não aparado às margens da rodovia se mistura com o alto pasto que tomou conta da área onde antes havia água. A região enfrenta três anos de escassez de chuvas, e sem elas, também a ausência do lago.

Foto tirada no ano de 2011

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Abaixo, Foto do mesmo trecho, em 2015

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O G1 percorreu cerca de 300 km por algumas cidades que seguem o caminho do lago ouvindo os empresários que formam o circuito de turismo no Sul de Minas. Os relatos contam a mesma história: prejuízos incalculáveis. Sem turistas, muitos empresários estão investindo em salões para atrair eventos empresariais e estrutura para receber eventos esportivos. Outros só esperam que o verão evite que as portas se fechem de vez à volta do Lago de Furnas.

Seu Rogério Salles, de 69 anos, se acostumou a olhar para as grandes pedras descobertas no Rio Sapucaí. Um dos principais rios que formam o Lago de Furnas, as águas não sobem de volta para seu nível normal há pelo menos três anos. “Os antigos dizem que estão vendo pedras que nunca tinham visto antes. Geralmente a água bate lá no meio da ponte, agora não passa desse ponto aí”, diz ao se referir ao nível da água que não passa dos pés da passarela.

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Porto sem “mar”
Em uma tarde de domingo, um grande movimento se acumulava no restaurante da Pousada do Porto, entre Alfenas (MG) e Areado (MG). O fim de semana atípico é consequência de uma das estratégias dos proprietários para atrair hóspedes ao local. Com o Circuito de Ciclistas criado nas trilhas da pousada, os atletas lotaram o empreendimento localizado bem às margens do reservatório.

Mas aos fundos da pousada, um elevado de madeira “deslocado” acomoda ao ar livre as últimas mesas do restaurante. Antes construído sobre o lago, hoje o local só dá vista para a alta vegetação. “Nesses três anos de seca, o movimento aqui caiu 90%. Antes eu tinha 77 funcionários, hoje nós estamos com uns 12, 15”, conta o proprietário Miguel Barbosa, de 64 anos. “A lotação máxima aqui é de 150 pessoas, mas não tem passado de 20 a cada fim de semana.”

Pousada do Porto em Alfenas - Lago de Furnas em agosto de 2011

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Pousada do Porto, em Alfenas, atualmente - registrada em agosto de 2015

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O saldo negativo não para por aí. Barbosa perdeu a estrutura de tambores que fazia a plataforma do dique boiar no lago. Após anos na terra seca, o barco flutuante também se perdeu com o desgaste. “Só com isso tive um prejuízo de R$ 300 mil”, completa.

Sem o lago para chamar de porto a pousada, Barbosa também estuda investir em uma área de salões para atrair eventos empresariais. No mais, ele depende da única coisa que sempre existiu nas montanhas do Sul de Minas para atrair turistas: os rios.

Segundo a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), atualmente o nível do Lago de Furnas está 11 metros abaixo do seu máximo, que é de 768 metros. No período de estiagem, o normal era a represa ficar apenas de dois a três metros abaixo do nível máximo.

Fonte: G1

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Nota de www.rainhamaria.com.br 

Diz na Sagrada Escritura:

"Clamo a vós, Senhor, porque o fogo devorou a erva do deserto, a chama queimou todas as árvores do campo; os próprios animais selvagens suspiram por vós, porque as correntes das águas secaram, e o fogo devorou a erva do deserto". (Joel 1, 19-20)

"Haverá algum homem sábio que possa compreender essas coisas? A quem as revelou o Senhor a fim de que as explique? Por que perdeu-se essa terra, queimada como o deserto, por onde ninguém mais passa?" (Jeremias 9, 11)

"Muito tempo guardei o silêncio, permaneci mudo e me contive. Mas agora grito, como mulher nas dores do parto; minha respiração se precipita. Vou devastar montanhas e colinas, secar toda a vegetação, transformar os cursos de água em terras áridas, e fazer secar os tanques". (Isaias 42)

"O quarto derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com o fogo.  E os homens foram queimados por grande calor, e amaldiçoaram o nome de Deus, que pode desencadear esses flagelos; e não quiseram arrepender-se e dar-lhe glória". (Apocalipse 16, 8 -9)

"Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz". (Apocalipse 12, 2)

 


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