Fazendo girar as cabeças infantis: A História foi abolida das escolas. No seu lugar, emerge uma sociologia do multiculturalismo


08.12.2015 -

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Vai mar alto a investida para desvirtuar as mentes das crianças e adolescentes em idade escolar. Não bastasse a execranda Ideologia de Gênero, que busca fazer com que os alunos passem a acreditar que não existe a realidade que lhes entra olhos adentro (a diferença entre os sexos) e que cada um pode compor seu sexo como quiser, surge agora outro despautério — desculpem-me a palavra arcaica, mas fala pelo som.

Importante artigo publicado no jornal “O Globo” em 8 de outubro último (*) informa: “A História foi abolida das escolas. No seu lugar, emerge uma sociologia do multiculturalismo”.

Sem concordarmos com todas as posições dos autores do artigo, é fora de dúvida que ele traz um contributo importante para o conhecimento do que está sendo tramado nos arraiais do Ministério da Educação (MEC).

Não é brincadeira de mau gosto. O MEC lançou uma proposta de “Base Nacional Comum (BNC), que equivale a um decreto ideológico de refundação do Brasil”. Contém as noções históricas básicas que o MEC quer implantar nas cabeças dos alunos.

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Nas escolas, não se falará mais em Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea. “No ensino médio, aquilo que se chamava História Geral surgirá sob a forma fragmentária do estudo dos ‘mundos ameríndios, africanos e afro-brasileiros’ (1º ano), dos ‘mundos americanos’ (2º ano) e dos ‘mundos europeus e asiáticos’ (3º ano)”.

A BNC inaugura “o ensino de histórias paralelas de povos separados pela muralha da ‘cultura’ […] A ordem do dia é esculpir um Brasil descontaminado de heranças europeias”.

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Segundo essa concepção tresloucada, “o Brasil situa-se na intersecção dos ‘mundos ameríndios’ com os ‘mundos afro-brasileiros’”. Ou seja, o descobrimento e a posterior evangelização-colonização seriam “exclusivamente, uma irrupção genocida contra os povos autóctones e os povos africanos deslocados para a América Portuguesa”.

As aberrações não param por aí: “O conceito de nação deve ser derrubado para ceder espaço a uma história de grupos étnicos e culturais”.

Os professores seriam assim convertidos em doutrinadores multiculturais! Dentro dessa ideologia, como não poderia deixar de ser, o ódio à Cristandade medieval, tão presente nas correntes marxistas e quejandas, se faz sentir com força, desta vez por omissão. No BNC “inexistem referências sobre o medievo das catedrais, das cidades e do comércio”.

“A partir de agora, em linha com o decreto firmado pelo ministro os professores devem curvar-se a autores obscuros, que ganharão selos de autenticidade política emitidos pelo MEC. Não é incompetência, mas projeto político […] Doutrinação escolar? A intenção é essa”.

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Talvez as reações contrárias de pais de família, professores e pessoas de bom senso em geral, venham a dificultar que tal projeto seja imediatamente aplicado.

Mas isso não significa que se deva abaixar a guarda, pois os ideólogos do bolivarianismo, do marxismo, do petismo e outros que tais, aboletados em situações de mando, não desistem. Querem absolutamente mudar as mentalidades, especialmente das crianças e adolescentes, para conformá-las às utopias que tramam em seus antros ideológicos. Na primeira ocasião que tiverem, dão o bote.

Nota:

(*) “História sem tempo”, historiadora Elaine Senise Barbosa e sociólogo Demétrio Magnoli. Os mesmos autores retomaram o tema, com alguns acréscimos, em artigo para a “Folha de S. Paulo” (8/11/2015) sob o título “Proposta do MEC para ensino de história mata a temporalidade”.

Fonte: http://ipco.org.br

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Nota de www.rainhamaria.com.br

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