Conheça o herói discreto que salvou quase 700 crianças judias dos nazistas


23.05.2016 - Hora desta Atualização - 14h17

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Em 1938, Nicholas Winton, filho de pais judeus, trabalhava como corretor de valores em Londres. Mas, após a ocupação nazista de Praga, Winton decidiu abandonar seu trabajo e dedicar todos seus esforços a resgatar crianças judias na capital tcheca.

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Seu plano consistiu em enviá-las para o Reino Unido, onde convenceu as autoridades a deixar com que entrassem mesmo sem ter os documentos necessários.

Uma vez ali, Winton - que morreu em 2015 - conseguiu um grupo de famílias para abrigar as crianças.

Graças a suas ações, 669 crianças sobreviveram ao Holocausto.

Poucos conheciam a proeza de Winton até que uma apresentadora de TV tornou públicos seus esforços em 1988.

Na semana passada, Londres celebrou o nascimento de Winton com um serviço religioso especial do qual participaram 28 pessoas que devem sua vida a ele. Fonte BBC.

 

Nota de www.rainhamaria.com.br

Mudando o rumo de muitas vidas.

No ano de 1938, Nicholas teve seu plano de férias de fim de ano com seu amigo, Martin Blake, cancelado. Este mesmo amigo sugeriu uma outra opção: que eles viajassem até a Checoslováquia, pois queria lhe mostrar algo. Winton se interessou pela proposta do amigo e partiram para lá.

Ao pisar na Checoslováquia, Winton sentiu o clima de horror e medo, compreendeu o que o amigo tanto lhe queria mostrar. O país estava sob o domínio da Alemanha nazista. Milhares de pessoas assustadas e perseguidas com um futuro nada promissor, podendo a qualquer momento ser mandadas para campos de extermínio.

Muitos sentiriam pena, achariam essa situação injusta, ficariam indignados, entretanto, apenas observariam a tragédia acontecer. Nicholas Winton, não. Sabia que poderia fazer algo por essa pessoas. Teve a ideia de mandar as crianças das famílias perseguidas para outros países. Apenas uma ideia, porém, não resolveria a situação. Winton precisaria ter muita disposição e colocar a mão na massa para realizar esse objetivo.

Nicholas pesquisou e coletou dados das crianças que precisavam de ajuda e escreveu cartas para vários países. Foi um trabalho árduo e burocrático, mas nada o fazia desanimar. Persistente, atendeu as exigências impostas pelas autoridades. As portas do mundo sempre se abrem para um guerreiro que não se intimida com os obstáculos. Com a ajuda de organizações cristãs e beneficentes, foi possível conseguir recursos para o transporte dos pequenos refugiados e arrumar famílias interessadas em adotá-los.

Nos primeiros 9 meses de 1939, Winton planejou o transporte e o resgate de 669 crianças – judias, em sua maioria – da Checoslováquia para Inglaterra.

O número de pessoas salvas poderia ser maior, pois um grupo de aproximadamente 250 crianças não pode seguir para Inglaterra devido ao bloqueio de todos os meios de transportes com o início da guerra. Essas crianças que não conseguiram embarcar infelizmente foram mortas em campos de extermínio.

Muitas dessas crianças salvas por Winton se tornaram pessoas generosas, oferecendo suas habilidades para o mundo e com as mais diversas profissões: professores, escritoras, enfermeiros, jornalistas, cineastas, biólogos...

Herói discreto.

Winton preferiu não contar pros outros sobre o que tinha feito. As crianças cresceram sem notícias de quem havia contribuído para o bem delas.

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Muitos o consideravam um herói, mas ele não:

"Não me vejo como um herói. Para ser herói, alguém precisa fazer algo de perigoso. Não fiz. O que fiz foi algo que os outros achavam impossível. Mas eu tinha de tentar, para ver se era possível ou não.
"Não é um ato heróico. Meu lema é: se algo não é obviamente impossível, então deve haver uma maneira de fazer."

A mulher de Nicholas só descobriu quando foi arrumar o sótão da casa e encontrou um álbum velho com fotos de crianças, telegramas, cartas e uma lista. A história de Winton ficou guardada em segredo por quase meio século

Um programa de TV inglês resolveu fazer uma surpresa para Winton e convidou várias pessoas que foram salvas por ele quando eram crianças, mas nunca o tinham conhecido. Winton foi convidado para o programa, mas não sabia da surpresa: lhe informaram que ele apenas assistiria um show.

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No decorrer do programa, a apresentadora Esther Rantzen anunciou que sentadas ao seu lado estavam duas pessoas salvas por ele em 1939. A apresentadora também pediu para que as outras pessoas que estavam no auditório e que também foram salvas por Winton se levantassem. Fonte: http://papodehomem.com.br

Olha o resultado:

 

Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Pois Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de fortaleza, de amor e de sabedoria". (II Timóteo 1, 7)

"Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos". (1 João 3,16)

 


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