Maria Valtorta, mística italiana, que teve revelações de Jesus: No Céu não se olha para quantos anos alguém viveu, mas como foi que eles foram vividos


09.09.2016 - Hora desta Atualização - 20h03

Nota de www.rainhamaria.com.br

A Igreja Católica define de forma muito clara (CIC 65, 66) que a revelação pública, oficial, está concluída e é a que vemos nos livros canônicos da Bíblia. Corresponde à fé cristã compreender gradualmente seu conteúdo.

Isso não impede que haja revelações privadas (CIC 67), que não melhoram nem completam a Revelação definitiva de Cristo, mas sim podem ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica. Ou seja, pode haver livros inspirados, mas não canônicos.

O especialista François Michel Debroise nos dá uma informação muito completa sobre o tema.

Maria Valtorta, mística italiana falecida em 1961, foi um exemplo de alma extraordinária com vida extraordinária. Foi uma das 18 grandes místicas marianas. Aos 23 anos, um anarquista a espancou com uma barra de ferro, deixando-a com limitações físicas. Ficou 9 anos de cama. E uniu todas as suas dores à paixão de Jesus.

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Seu confessor, ao ver a grandeza dessa alma, pediu-lhe que escrevesse sua biografia. Tudo isso aconteceu em plena guerra mundial. Depois de escrever sua biografia, de 1943 a 1950, ela começou a receber uma série de visões, que transcreveu em 17 volumes, entre eles sua obra mais conhecida e polêmica: “O Evangelho como me foi revelado”. Em 4800 páginas, ela relata a vida de Cristo, dia a dia.

O Papa Paulo VI apoiou a leitura da obra de Maria Valtorta, assim como o Padre Pio. A Madre Teresa de Calcutá era uma leitora assídua dos seus escritos. A celebração dos 50 anos da morte de Maria Valtorta foi acompanhado por altas personalidades da Igreja.

Do ponto de vista histórico, os biblistas se surpreendem com como uma pessoa que não teve estudos possa ter um conhecimento tão detalhado.

O leitor desta narração fica preso, porque a obra o introduz nas cenas da vida de Jesus como um espectador presente. É uma narração extraordinária do ponto de vista teológico, histórico e científico. (Fonte: Aleteia)

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No Céu não se olha para quantos anos alguém viveu, mas como foi que eles foram vividos.

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Jesus começa a falar:

“A paz esteja com todos vós.

Certamente o ter que morrer desagrada aos ricos e aos jovens, quando eles querem ser ricos, mas somente em dinheiro e em anos. Aqueles, porém, que são ricos em virtude, e jovens pela pureza de costumes, a eles isso não lhes causa tristeza. O verdadeiro sábio, desde a idade da razão em diante, se regula de tal modo, que possa tornar para si uma coisa tranqüila o morrer. A vida é a preparação para a morte, assim como a morte é uma preparação para a vida maior. O verdadeiro sábio, desde que chega a compreender a verdade do que é o viver e do que é o morrer, e do morrer para depois ressurgir, preocupa-se, de todos os modos, com despojar-se de tudo o que é inútil, e enriquecer-se de tudo o que é útil, isto é, das virtudes e dos atos bons, para poder ter uma provisão de bens, diante daquele que o chama a Si, para julgá-lo, para premiá-lo, ou para castigá-lo, com uma justiça perfeita.

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O verdadeiro sábio leva uma vida que o torna adulto, mais do que envelheceu na sabedoria, e mais do que um jovem, um adolescente, porque vivendo ele com virtude e justiça, conserva em seu coração um frescor de sentimentos que algumas vezes nem mesmo os jovenzinhos têm. Nesses casos, é suave morrer. 

Reclinar a cabeça cansada no seio do Pai, recolher-se em seu abraço, dizer por entre as névoas da vida, que está terminando: “Eu te amo, espero em Ti, em Ti eu creio”, dizendo isto pela última vez na terra, a fim de poder dizê-lo depois num jubiloso “Eu te amo”, por toda a eternidade, por entre os fulgores do Paraíso.

Será duro o pensamento da morte? Não. É um justo decreto para todos os mortais, não é opressivo e cheio de aflição, a não ser para aqueles que não crêem, e estão carregados de culpas. Perde seu tempo o homem que, para explicar as aflições perturbadoras de alguém que está para morrer, e que em sua vida não foi bom, e explica-o assim: “É porque ele não quereria morrer já, porque não chegou a realizar alguma coisa boa, ou fez pouco bem, e quereria viver mais, para reparar a sua falta.” É em vão que ele diz: “Se ele tivesse vivido mais tempo, teria podido ter um prêmio maior, pois teria realizado mais coisas.”

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Um nada de tempo em comparação com a eternidade. E a alma estimula o “eu” todo para agir. Mas, pobre alma! Como muitas vezes ela é dominada e pisada, amordaçada para não ouvir as suas palavras. Isto acontece com aqueles a quem falta a boa vontade. Enquanto que nos homens justos, desde sua meninice houve uma auscultação da alma, uma obediência aos seus conselhos, houve uma operosidade contínua. E o jovem pelos anos, mas rico de merecimentos, morre como um santo, às vezes ainda na aurora da vida. 

E nem com mais cem ou mil anos que fossem dados a ele, poderia ele ser mais santo do que já é, porque o amor a Deus e ao próximo, praticado de todas as formas, e com toda a generosidade, já o tornam perfeito. No Céu não se olha para quantos anos alguém viveu, mas como foi que eles foram vividos.

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Costuma-se pôr luto, por causa dos cadáveres. Chora-se sobre eles. Mas o cadáver não chora. Teme-se por se ter que morrer. Mas ninguém pensa em viver de tal modo, que não seja preciso tremer na hora da morte. E, por que é que não se chora e não se põe luto pelos cadáveres vivos, que são os verdadeiros cadáveres, os que levam em si uma vida morta, como se já estivessem no sepulcro? E, por que é que aqueles que choram, pensando que hão de morrer em sua carne, não choram sobre os cadáveres que eles têm dentro de si mesmos?

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Quantos cadáveres Eu vejo, que riem e contam piadas, e não choram sobre si mesmos! Quantos pais, esposas, irmãos, filhos, amigos, sacerdotes, mestres Eu vejo chorarem estultamente por um filho, um esposo, um irmão, um pai ou mãe, um amigo, um fiel discípulo, mortos em evidente amizade com Deus, depois de uma vida, que é uma grinalda de perfeição, e que não choram sobre os cadáveres das almas de um filho, esposo, irmão, pai, um amigo, um fiel discípulo, que morreu por causa do vício, por causa do pecado, e morreu para sempre, e para sempre está perdido, se não se arrependeu? Por que não procurar ressuscitá-los? Isto é que é amor, sabeis? É o maior dos amores. Oh! Como são estultas as lágrimas derramadas sobre a poeira, para qual o homem voltou! Oh! Idolatria dos afetos! Oh! Hipocrisia dos afetos! Chorai, mas pelas almas mortas dos vossos mais queridos. Procurai levá-los à vida. E Eu falo especialmente a vós, ó mulheres que tanto poder tendes sobre aqueles que amais.”

(De Jesus à Valtorta, O Evangelho como me foi Revelado- Vol. 6)

Fonte: www.provasdaexistenciadedeus.blogspot.com.br  (do amigo Antonio Calciolari)

 

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