Até 2 de junho, os brasileiros só trabalharam em 2017 para pagar impostos. Cidadãos do país precisam trabalhar 153 dias do ano só para entregar cada centavo ao governo. Pergunta-se: Para quê?


03.06.2017 -

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Conforme dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), os brasileiros atualmente precisam trabalhar 153 dias do ano só para pagar os seus impostos.

É como dizer que desde 1º de janeiro de 2017 até o dia de hoje, 2 de junho, cada mísero centavo recebido por cada brasileiro foi instantaneamente sugado pelo insondável buraco negro do assim chamado “tesouro” público – e se o termo lhe traz à mente a imagem de uma caverna de piratas, possivelmente não é por mero capricho do seu inconsciente. Das obscuras entranhas do monstruoso Leão de Brasília, uma das poucas certezas matematicamente comprováveis é que esse dinheiro não vai, não apenas na sua totalidade, mas nem sequer na sua maior parte, para os serviços públicos de qualidade que deveriam justificar uma fome tão devastadora.

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(impostômetro marcava em junho de 2016)

É praticamente meio ano. Em meio ano, tudo o que um brasileiro ganha fica para o governo – e sem que se saiba ao certo com que finalidade, embora seja fácil enxergar que boa parte dessa “finalidade” nada tem a ver com o bem comum.

O estranho no ninho

O Brasil está na 8ª posição entre os países que mais trabalham para pagar impostos no mundo. Mais chamativo ainda é ver quais são os 7 países onde se trabalha mais tempo do que aqui para pagar a derrama:

Dinamarca: 176 dias
França: 171 dias
Suécia e Itália: 163 dias
Finlândia: 161 dias
Áustria: 158 dias
Noruega: 157 dias

Num grupo desses, o Brasil está clamorosamente deslocado.

Todos esses outros são países ricos em que o retorno dos impostos à população é notavelmente mais visível do que no Brasil. Os brasileiros dedicam praticamente a mesma quantidade de horas de trabalho que esses povos para receber em troca serviços públicos mensuravelmente piores em termos de qualidade. Basta comparar a infraestrutura da capital austríaca, Viena, com a da capital brasileira, Brasília; o transporte público da maior cidade francesa, Paris, com o da nossa maior cidade, São Paulo; a segurança de qualquer cidade ou vilarejo da Noruega com a de qualquer cidade ou vilarejo do Brasil; a educação da Finlândia com a nossa; a saúde da Suécia com a nossa; a corrupção da Dinamarca com a nossa. Mesmo a Itália, um país com mais similaridades culturais e com problemas sociais e políticos relativamente parecidos com os nossos, se posiciona muito à nossa frente em termos de qualidade de vida da população.

Nos Estados Unidos, os contribuintes trabalham 98 dias para pagar os seus impostos do ano. Em alguns vizinhos latinos do Brasil são menos dias ainda: 96 no Uruguai e 94 no Chile. Esses três países, no entanto, também oferecem aos seus cidadãos serviços públicos melhores do que os recebidos pelos brasileiros, embora no Brasil se trabalhem 2 meses a mais do que lá para sustentar a máquina pública.

Um mês inteiro é roubado só para financiar corruptos

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Além de ser forçados a entregar ao governo 41% de tudo o que ganham ao longo de um ano, os brasileiros ainda são obrigados a conviver com o fato de que nada menos que 29 desses 153 dias (ou um mês inteiro) foram usados para financiar desvios e corrupção. A estimativa é do Projeto Lupa nas Compras Públicas e se baseia no cruzamento de dados de compras governamentais com valores pagos por empresas pelos mesmos produtos.

Sanha do governo dobrou em 4 décadas

O peso dos impostos sobre os rendimentos vem, digamos, “aumentando consistentemente” no Brasil – e seria hilário, se não fosse trágico, usar um termo tão suave. O monstro simplesmente dobrou de peso.

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Na década de 1970, os brasileiros trabalhavam em média 2 meses e 16 dias para bancar os impostos; nos anos 80, 2 meses e 17 dias; na década de 1990, 3 meses e 12 dias. Os 5 meses e 2 dias que trabalhamos em 2017 são o dobro do que se trabalhava na década de 1970 para sustentar o governo, seus discursos e seus comparsas.

Para quê?

Seria de esperar que os resultados de tanto “crowdfunding” fossem bastante mais apresentáveis que os que se esfregam na nossa cara todas as noites nos telejornais...

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...e todas as horas em nossa vida concreta, tão distante do “tesouro” de Brasília.

Fonte: Aleteia

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Em imagens...

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Diz na Sagrada Escritura:

"Como se transformou em prostituta a cidade fiel! Antes era cheia de direito, e nela morava a justiça; agora, está cheia de criminosos! A sua prata tornou-se lixo, o seu vinho ficou aguado. Os seus chefes são bandidos, cúmplices de ladrões: todos eles gostam de suborno, correm atrás de presentes; não fazem justiça ao órfão, e a causa da viúva nem chega até eles.  Pois bem! Ai de vós! - oráculo do Senhor Javé dos exércitos, o Poderoso de Israel. Eu vingar-Me-ei dos meus inimigos e pedirei satisfação aos meus adversários. Voltarei a minha mão contra ti, para te limpar com soda e tirar a tua impureza". (Isaias 1, 21-25)

"Ouvi a palavra do Senhor, príncipes de Sodoma; escuta a lição de nosso Deus, povo de Gomorra: Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem. Respeitai o direito, protegei o oprimido; fazei justiça ao órfão, defendei a viúva. Ai de vós, que ajuntais casa a casa, e que acrescentais campo a campo, até que não haja mais lugar, e que sejais os únicos proprietários da terra". (Isaias 26)

"Ouvi isto, exploradores do necessitado, opressores dos pobres do país!"(Amós 8, 4)

"Porque conheço o número de vossos crimes e a gravidade de vossos pecados, opressores do justo, exatores de dádivas, violadores do direito dos pobres em juízo". (Amós 5, 12)

 


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