Papa condena casos de padres pedófilos


08.02.2010 - Cidade do Vaticano.- O papa Bento XVI "condenou e deplorou" hoje os casos de sacerdotes pedófilos e exigiu o "respeito" às crianças.

Bento XVI fez estas manifestações no discurso que proferiu aos participantes da reunião plenária do Conselho Pontifício para a Família, que analisou os direitos da infância, recebidos no Vaticano.

"A Igreja sempre promoveu a tutela da dignidade e dos direitos dos menores. Infelizmente, muitas vezes, alguns de seus membros, atuando contra desse compromisso violaram esses direitos, um comportamento que a Igreja jamais deixará de deplorar e de condenar", afirmou o papa.

Além disso, acrescentou que "as duras palavras" de Jesus contra quem escandaliza as crianças "obrigam todos" a não diminuir, nunca, o nível desse respeito e amor. As palavras de Jesus eram: "os que escandalizam as crianças merecem que lhes pendurem uma pedra de moinho no pescoço e os atirem ao mar".

O Pontífice ressaltou que o Vaticano apoia a Convenção sobre os Direitos da Criança, já que contém propostas positivas sobre a adoção, cuidados sanitários, educação, tutela dos deficientes e proteção das crianças contra a violência, o abandono e a exploração sexual e de trabalho.

Essa condenação do papa nos casos de padres pedófilos ocorre poucos dias antes de se reunir novamente no Vaticano nos dias 15 e 16 com os bispos irlandeses para analisar mais uma vez os abusos cometidos durante anos a crianças por padres católicos nesse país e enfrentar os problemas criados.

Além disso, o papa ressaltou que a família baseada no casamento entre um homem e uma mulher é o "ambiente natural" para o desenvolvimento dos filhos.

Fonte UOL noticias

-------------------------------------------------------------------

Lembrando...

Não há lugar no ministério sacerdotal para pedófilos, precisa Cardeal Hummes

26.06.2009 - A maioria não tem nada a ver com estes problemas, recorda

Vaticano.- O Prefeito da Congregação para o Clero, o Cardeal brasileiro Claudio Hummes, qualificou a pedofilia como "um crime terrível"; reconhece que afeta a quatro por cento dos sacerdotes e precisa que "não há lugar no ministério sacerdotal para as pessoas que cometeram estes crimes".

Em uma entrevista em Roma com a revista Vida Nova recolhida pela agência Europa Press, o Cardeal assinala que a Igreja "não pode fechar os olhos" perante este problema, ao mesmo tempo em que recalcou que "não há lugar no ministério sacerdotal para as pessoas que cometeram estes crimes".

"A Igreja não pode aceitar os casos de pedofilia; os culpados devem ser castigados tanto com as leis civis como com as canônicas", manifestou, embora quis deixar claro que a maioria do clero "não tem nada a ver com estes problemas".

Assim, disse que a Igreja "deve reagir e não aceitar" que seja esta a imagem do sacerdote católico, formada, conforme disse, "com um preconceito negativo muito forte que humilha e fere a imensa maioria dos sacerdotes".

Além disso, o Cardeal Hummes aborda também a questão do celibato, que uma percentagem de sacerdotes "não respeita". Em qualquer caso, insistiu em que a maioria de sacerdotes são "homens dignos e honrados", que "se esforçam pela dignidade humana, pelos direitos humanos, a justiça social e a solidariedade com os pobres".

Ano Sacerdotal convocado por Bento XVI

Sobre o ano sacerdotal convocado pelo Papa Bento XVI, o Cardeal Hummes diz que "veio em um momento propício" e insiste aos sacerdotes a viverem sua missão e vocação "na cultura imperante do Ocidente, que está contra a religião e considera que deve estar relegada à esfera privada da pessoa".

Em qualquer caso, disse que "não se deve demonizar a cultura atual e formar guetos"; em contra, aposta por que esta sociedade "seja evangelizada, como ocorre com qualquer outra cultura".

"Temos que confrontá-la com alegria, determinação, convicção e entusiasmo. Inclusive o homem e a mulher pós-modernos e afastados da religião podem abraçar a Jesus Cristo", precisou,

Do mesmo modo, o Cardeal espera que a celebração especial deste ano sirva para que se elevem o número de vocações ao sacerdócio. "Se formos capazes de oferecer aos sacerdotes melhores condições para que sejam mais felizes, os jovens que sentem o chamado ao sacerdócio estarão mais decididos", concluiu.

Fonte: ACI
 


Rainha Maria - Todos os direitos reservados
É autorizada a divulgação de matérias desde que seja informada a fonte.
https://www.rainhamaria.com.br

PluGzOne