Defender as raízes cristãs da Europa, alenta o Papa Bento XVI


13.02.2010 - VATICANO.- Ao receber este meio-dia (hora local) os prelados da Conferência Episcopal da Romênia ao final de sua visita Ad Limina, o Papa Bento XVI os exortou a que defendam e promovam as raízes cristãs da Europa, assim como os valores que delas se desprendem para enfrentar os desafios atuais referentes à família, à bioética e à ecologia.

Ao início de seu discurso, o Papa recordou aos bispos, e tantos sacerdotes, religiosos, religiosas e fiéis "que no tempo da perseguição mostraram uma união tenaz a Cristo e a sua Igreja e conservaram sua fé intacta".

Depois de agradecer a seus prelados pelo "generoso compromisso ao serviço do renascimento e do desenvolvimento da comunidade católica" na Romênia e na República da Moldávia, os animou a "proporem aos fiéis um itinerário de fé cristã amadurecida e responsável, especialmente através do ensino da religião, a catequese, também dos adultos, e a preparação para os sacramentos".

Isto, continuou, "requer a elaboração comum de planos pastorais cujo fim é o bem das almas de todos os católicos dos diferentes ritos e etnias".

"Neste Ano Sacerdotal, vos exorto a serem sempre autênticos pais de seus presbíteros, cuidando a comunhão entre vós e com eles em um clima de afeto, de atenção e de diálogo respeitoso e fraterno; preocupem-se por suas condições espirituais e materiais, de sua necessária atualização teológica e pastoral".

Bento XVI sublinhou que "os bispos têm a tarefa primitiva de promover a pastoral vocacional e a formação humana, espiritual e intelectual dos candidatos ao sacerdócio nos seminários e nos outros institutos formativos, também mediante a eleição atenta dos educadores e dos professores. Deverão ter o mesmo cuidado na formação dos membros dos institutos de vida consagrada, em particular dos femininos".

"O florescimento de vocações sacerdotais e religiosas depende em boa parte da saúde moral e religiosa das famílias cristãs", afirmou. Referindo-se "às pragas do aborto, da corrupção, do alcoolismo e da droga, assim como do controle dos nascimentos mediante métodos contrários à dignidade da pessoa humana", o Papa Bento XVI assinalou que "para combater estes desafios, deverão promover consultórios paroquiais que assegurem uma adequada preparação à vida conjugal e familiar, e organizar melhor a pastoral juvenil".

O Santo Padre fez insistência na necessidade de "comprometer-se decididamente em favorecer a presença de valores cristãos na sociedade, desenvolvendo centros de formação onde os jovens possam conhecer os valores autênticos, enriquecidos pelo gênio da cultura de seus países, de modo que se possam testemunhar nos ambientes onde vivem".

"Neste contexto, é especialmente importante o testemunho de fraternidade entre católicos e ortodoxos, que prevaleça sobre as divisões e os desacordos e abra os corações à reconciliação".

Recordando o décimo aniversário, em maio de 2009, "da histórica visita do venerável João Paulo II à Romênia", o Papa expressou o anseio de que "o desejo de unidade suscitado naquela data alimente a oração e o compromisso a dialogar na caridade e na verdade e a promover iniciativas comuns".

Bento XVI afirmou que "um âmbito de colaboração particularmente importante entre ortodoxos e católicos é hoje a defesa das raízes cristãs da Europa e os valores cristãos e o testemunho comum sobre temas como a família, a bioética, os direitos humanos, a honradez na vida pública, a ecologia".

"Um diálogo construtivo entre ortodoxos e católicos será um fermento de unidade e de concórdia não só para seus países, mas também para toda a Europa", concluiu.

Fonte: ACI


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