Sinal dos Tempos: Sacerdotes recorrem à terapia para tratar de males como depressão


07.04.2012 - Sentado na ponta do banco da igreja praticamente vazia, o pároco passa a tarde com a “Bíblia” aberta sobre o colo, prestando atendimento aos fiéis. Cada palavra sussurrada ecoa pelo templo desocupado. São histórias de aflição, angústia, medo e dor de pessoas que enxergam, na figura do sacerdote, o lenitivo para seus males. Dele se espera a palavra certa, o conforto imediato, a esperança revigorante. O ofício de se ocupar dos outros é feito de graça, mas tem um custo alto. E tanta responsabilidade às vezes cobra seu preço. Muitos padres vão além dos seus limites, na ânsia de se doar, o que os faz mergulhar num mar de angústias que não há consulta com bispo ou oração que surta efeito. Por isso, a Igreja Católica tem pedido socorro à ciência e encaminhado muitos de seus servos para a terapia.

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O padre Teope ficou um ano internado em uma clínica
paratratar o alcoolismo. “Cheguei a ponto de celebrar bêbado”

A questão dos padres e suas aflições de alma têm preocupado tanto a Igreja Católica que a delicada questão foi tema de um congresso, batizado Padre no Divã: Conforto e Desconforto no Trabalho Pastoral, no Instituto de Psicologia da Pontifícia Universidade Salesiana, em Roma, na Itália, no mês passado. “Levar a sério o sofrimento psíquico de quem trabalha na pastoral deve fazer parte de uma responsabilidade comum, que também envolve leigos”, disse o padre italiano Giuseppe Crea, que participou do evento. No Brasil, há centros especializados em tratar esses religiosos. Um deles é o Instituto Acolher, de São Paulo, que tem como um dos professores o psicoterapeuta Ênio Brito Pinto, autor de “Os Padres em Psicoterapia – Esclarecendo Singularidades” (Ideias & Letras). “O padre suporta o sofrimento até um limite de muita dor e só então mostra que necessita de ajuda”, afirma. “Ele é educado para não reconhecer limites, o que é uma das falhas da sua educação.” Com 30 anos de experiência em consultório e atendimento prestado a cerca de 100 padres, o autor descreve 12 temas que permeiam o tratamento dos homens de batina. As queixas (leia quadro), só para citar uma peculiaridade, nunca são expressas apenas por eles – o superior hierárquico também se manifesta, quer dar informações e receber orientações do psicoterapeuta. Procedimento que torna o processo semelhante à terapia de crianças e adolescentes, na qual os pais fazem parte do trabalho.

Responsável pela paróquia Santo Antônio, em Brejões, na Bahia, o padre Antônio Tourinho Neto, 48 anos, recebeu o apoio do bispo ao decidir se afastar de suas funções, depois de viver uma situação traumática em 2000 e passar um mês na unidade de Sergipe da Fazenda da Esperança, uma comunidade terapêutica alternativa que presta assistência espiritual sem abrir mão do auxílio de profissionais de saúde como psicanalistas e psicólogos. Então responsável por outra paróquia, padre Neto prestava atendimento espiritual a um jovem na porta da igreja. Depois de cerca de uma hora e meia de desabafo, ele viu seu interlocutor sacar uma arma e anunciar que iria se matar.

O sacerdote ainda trocou algumas palavras com o rapaz antes de ele apertar o gatilho e se suicidar. “O choque me pôs em angústia profunda, passei a questionar o porquê de Deus permitir aquilo e fiquei decepcionado com o sacerdócio”, diz Neto. O estresse e o transtorno psicológico do pároco foram tratados por meio de conferências com um psicanalista e terapia em grupo, entre outras atividades. “Entrei lá fraco e abatido e saí forte e gordo”, afirma.

A Fazenda da Esperança, presente também em outros dez países, tem nos dependentes de drogas o seu público-alvo, mas cerca de 3% de seus pacientes são religiosos. Hoje, um de seus missionários, o padre tailandês Dekson Teope, 34, passou um ano em tratamento por conta do alcoolismo. “Cheguei a ponto de celebrar bêbado”, diz ele, que foi proibido de rezar missas. O padre Teope, porém, encarou o tratamento, livrou-se do vício e, hoje, celebra em uma comunidade brasileira da Fazenda. “Por trabalhar muito, os sacerdotes têm suas relações interpessoais prejudicadas, ao mesmo tempo que lidam mal consigo mesmos. Muitos sucumbem ao alcoolismo ou vivem crises de mau humor”, afirma o psicoterapeuta Pinto.

Temas relacionados à sexualidade também são recorrentes – e espinhosos – durante as sessões. “Em terapia, é bastante comum o padre contar sobre experiências sexuais que já teve, desde namoricos até propriamente relações sexuais”, diz Pinto. Por outro lado, há ainda em grande escala tentativas moralistas de se lidar com o celibato. Isso ocorre quando pacientes apontam a sublimação da sexualidade como uma das saídas para a obrigatoriedade da castidade. “Afetos reprimidos ou supostamente sublimados não são afetos integrados”, escreve Pinto em “Os Padres em Psicoterapia...”. “Por causa disso, tendem a provocar sofrimento e crises de saúde física ou emocional, ou uma vida de aparências, com práticas sexuais escusas, culposas, dissociadas.” Representantes de Deus na Terra para os católicos, mas humanos e, portanto, falíveis e imperfeitos, os sacerdotes tornam-se pessoas melhores quando não esperam a ajuda vir do céu e encaram o diálogo entre a psicoterapia e a religião.

Fonte: Revista ISTOÉ, edição abril 2012

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Nota de  www.rainhamaria.com.br  -  por Dilson Kutscher

Perdoando os exemplos da reportagem acima, algumas considerações sobre os Santos Sacerdotes:

“Rezemos muito pelos sacerdotes; As suas almas precisam ser mais lúcidas e mais puras do que o cristal”.
Santa Teresinha do Menino Jesus  -  Doutora da Santa Madre Igreja

“Se eu encontrasse um anjo e um sacerdote, primeiro saudaria ao sacerdote e depois ao anjo...”.
São Francisco de Assis  -  O Santo do Amor e da Paz

O Papa São Pio X dizia: “Um padre santo faz o povo santo e um padre que não é santo, podemos chamá-lo não inútil, mas até de perigoso para o próximo”.

E o Papa Pio XI afirmou: “Que imenso benefício é para o povo um sacerdote santo! Queríamos dizer que o próprio Deus não pode conceder benefício maior do que dar ao povo um sacerdote santo, um sacerdote segundo o coração de Deus...”.

O Padroeiro de todos os sacerdotes do mundo, O Santo Cura d’Ars, exemplo de sacerdote e de serviço a Santa Madre Igreja, repetia a seu bispo: “Se quererdes converter vossa diocese, será preciso tornar santos todos os vossos párocos”.
O Santo Cura de d’Ars, seu nome de batismo era João Batista Maria Viammey, nos deixou um conselho monumental: “A mais bela profissão do homem é amor e rezar”.

“O Sacerdote deve ser inteiramente de Cristo e também da Igreja, á qual é chamado a dedicar–se com amor indiviso, como um esposo é fiel em relação a sua esposa”, afirma o Papa Bento XVI.

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PROFECIA SOBRE O FIM DOS TEMPOS (A SANTA IGREJA, SEUS SACERDOTES E DEMAIS RELIGIOSOS)

Disse Santo Ambrósio de Optina (1846)

Meus filhos, saibam que os últimos dias estão chegando; e como disse o Apóstolo, eles serão pobres em piedades, e heresias e cismas irão aparecer nas igrejas; e como disseram os Santos Padres, não haverá nos tronos dos Mosteiros hierarcas que não sofrerão testes e tentações na vida espiritual. Portanto, heresias irão se espalhar e enganar a muitos. O inimigo da humanidade irá atuar com esperteza, e se fosse possível, ele levaria à heresia até mesmo os escolhidos. Ele não começará negando os dogmas da Santíssima Trindade, a divindade de Jesus ou a Theotokos, mas começará a distorcer os ensinamentos dos Santos Padres, em outras palavras, o próprio ensinamento da Igreja.

A astúcia do inimigo e seus caminhos será conhecida por muito poucos - apenas aqueles que possuírem mais experiência na vida espiritual. Hereges irão dominar a Igreja, em todos os lugares, e irão nomear os seus servos, e a espiritualidade será negligenciada. Mas o Senhor não irá abandonar os Seus servos. Na verdade, o dever do inimigo é perseguir e prender os verdadeiros pastores, pois sem isso, o rebanho espiritual não poderá ser capturado pelos hereges.

Então, meu filho, quando você ver nas Igrejas o deboche dos atos Divinos, dos ensinamentos dos Santos, e da ordem estabelecida por Deus, saiba que os hereges já estarão presentes. Também fiquem atentos por um tempo, pois eles irão esconder suas más intenções, ou poderão deformar a fé divina secretamente, para que tenham sucesso ao lubridiar e enganar os inexperientes.

Eles irão perseguir os pastores e os servos de Deus, pois o demônio que estará dirigindo a heresia não terá força para destruir a ordem Divina. Como lobos em pele de cordeiro, eles serão reconhecidos por suas vanglórias, amor pela cobiça e poder. Todos eles serão traidores, causarão ódio e malícia em todos os lugares, o Senhor disse que eles podem ser facilmente reconhecidos pelos seus frutos. Os verdadeiros servos do Senhor são mansos, amam o irmão e obedecem a Igreja (ordem, tradições).

Nesta época, monges irão sofrer grande perseguições dos hereges, e a vida monástica será ridicularizada. As famílias monásticas serão empobrecidas, e o número de monges irá cair. Os que permanecer sofrerão violência. Estes inimigos da vida monástica, que terão apenas a aparência de piedade, irão lutar para levar os monges para o seu lado, prometendo-os proteção e coisas mundanas (conforto), mas ameaçarão com o exílio aqueles que não se submeter a eles. Com essas ameaças, os fracos de coração serão humilhados (atormentados).

Se você viver para ver este tempo, alegre-se, pois nesta época o fiel que não tiver nenhuma virtude receberá sua coroa apenas por permanecer na verdade, segundo a palavra do Senhor: "Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai que está nos céus".

Tema ao Senhor, meu filho, e não perca essa coroa assim como os que foram rejeitados por Cristo e foram para as profundezas da escuridão do tormento eterno. Permaneça na verdade com bravura, e se necessário, sofra as perseguições e outras tribulações com alegria, pois apenas assim o Senhor permanecerá com você... e os santos mártires e confessores irão alegremente observar a sua luta.

Mas nestes dias, infeliz do monge que tiver posses e riquezas, e daqueles que, pela salvação de seu conforto, concordar se submeter aos hereges. Eles irão acalmar suas consciências dizendo: salvamos o Mosteiro, e o Senhor nos perdoará. Desafortunados e cegos, eles nem mesmo pensarão que por suas heresias os hereges entrarão no Mosteiro, e que ele não será mais um santo Mosteiro, mas de suas paredes a graça de Deus partirá para sempre.

Mas Deus é mais poderoso que o demônio, e Seus servos nuca serão abandonados. Sempre haverá verdadeiros Cristãos, até o fim dos tempos, mas eles irão escolher lugares solitários e desertos. Não tema as tribulações, mas tema a perniciosa heresia, pois ele afasta da Graça Divina, e nos separa de Cristo, pois Cristo nos mandou considerar e tratar o herege como um pagão e publicano.

E então, lute, meu filho, permaneça firme na Graça de Cristo Jesus. Com alegria, aumente sua confissão e agüente o sofrimento como um bom Soldado de Cristo, que disse: "Sejam fiéis até a morte, e eu os darei a coroa da vida".


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