Sem chuvas, racionamento de energia é iminente, dizem especialistas


08.01.2013 - Haverá racionamento no Brasil em 2013 caso os meses de janeiro e fevereiro registrem chuvas abaixo da média para o período principalmente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, locais que abrigam as bacias que abastecem as principais usinas hidrelétricas do País, de acordo com especialistas. Atualmente, os reservatórios brasileiros estão em níveis preocupantes - similares aos registrados durante o mês de dezembro de 2000, época em que ocorreu o "apagão" elétrico - e a produção das termoelétricas está no limite da capacidade, sem conseguir absorver qualquer aumento do consumo.

De acordo com a empresa de meteorologia Climatempo, o verão terá chuva irregular e menos volumosa em áreas fundamentais para os reservatórios do País como as regiões Sudeste e Centro-Oeste. Sem chuva, os reservatórios não vão conseguir se recuperar para atender a demanda da população até o final de 2013, mesmo com o acionamento das termoelétricas, diz o professor Ildo Luís Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da Universidade de São Paulo (USP).

"Lamentavelmente agora é hora de todo mundo rezar para ter chuva na região das nascentes dos rios São Francisco, Grande e Paranaíba, porque o governo não fez os investimentos necessários e preferiu uma política energética equivocada que começou quando a presidente era ministra das Minas e Energia, investindo em usinas termoelétricas, a óleo e com custo alto, ao invés de investir em usinas eólicas (vento) e hidrelétricas", diz o professor.

O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Fonseca Leite, afirma que, em um cenário otimista, com uma boa quantidade de chuva durante os meses restantes de verão, as termoelétricas devem operar em sua capacidade máxima até março, o que implica em um gasto extra de R$ 5 bilhões, rateado entre as distribuidoras e o governo. Em um cenário negativo, de pouca chuva, as termoelétricas terão que continuar operando em vazão máxima até o próximo verão, que começa em dezembro de 2013, ao custo médio de R$ 1 bilhão extra por mês, mas mesmo assim não conseguem atender a demanda brasileira.

"Ainda não é possível falar se vai haver apagão, é preciso esperar as chuvas. Mas se não chover vai haver algum tipo de racionamento. O que já podemos dizer de antemão é que tudo isso vai custar muito caro para o governo, o custo da energia termoelétrica chega a ser oito vezes maior que o custo da energia hidrelétrica", diz.

Consumo x custo
De acordo com Edmar de Almeida, membro do Grupo de Economia da Energia (GEA) e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o governo tem lançado mão de medidas controversas em um momento de crise ao incentivar o consumo (com o anúncio de uma redução de até 20% no valor da conta de luz em 2013) em um período de pouca reserva de energia no País. "Num momento de escassez, quando o governo está pagando um preço alto pela energia, não é hora de fazer medidas que incentivam o consumo, como diminuir a tarifa, mas deveria pensar em incentivar a redução, mas sem racionamentos", afirma.

Ele esclarece ainda que a alta no preço da energia por causa do uso das termoelétricas já é sentida em setores da indústria pesada (de bens de produção e matérias primas), que compram a energia diretamente dessas usinas, o que tende a diminuir a produção. "A situação é ruim, mas seria pior se o crescimento da economia tivesse sido o anteriormente previsto para 2012."

Sauer considera que o governo deveria rever a intenção de diminuir o valor da conta de luz para o consumidor. "A energia das hidrelétricas está sendo usada e a conta será paga pelo consumidor de qualquer maneira, seja na conta de luz, seja na diluição do patrimônio público".

Governo
Apesar da necessidade de acionamento das usinas térmicas brasileiras por conta dos baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, o governo garante que o desconto de 20% na conta de luz prometido para este ano será concedido. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), a queda no preço da conta de luz em 2013 é considerada "estrutural" e possível mesmo no cenário atual, pois para conseguir a redução o governo eliminou dois impostos e reduziu um terceiro em 75%.

Sobre a possibilidade de um "apagão", o secretário executivo do MME, Márcio Zimmermann, afirmou que não há preocupações no governo com a questão. "Nós estamos com um equilíbrio estrutural na oferta de energia no Brasil o que significa que nós temos geração e nós temos transmissão. Portanto, não tem nenhuma hipótese de racionamento no horizonte em que trabalhamos", diz o secretário.

Fonte: Terra noticias

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"O quarto derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com o fogo.  E os homens foram queimados por grande calor, e amaldiçoaram o nome de Deus, que pode desencadear esses flagelos; e não quiseram arrepender-se e dar-lhe glória". (Ap 16, 8 -9)

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