Santa Margarida Maria Alacoque: Horror ao pecado e as Promessas do Sagrado Coração de Jesus


16.10.2014 -

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Santa Margarida Maria Alacoque nasceu na aldeia de Lautecour, na Borgonha, no dia 22 de Julho de 1647, no seio duma família religiosa, honesta, de boa posição, reputação e de seriedade. Seu pai, Claude Alacoque, era notário real. Sua mãe, Philiberte Lamyn era filha também dum notário do rei, François Lamyn.

Horror ao pecado

Os seus pais perceberam logo o horror que Margarida Maria tinha pelo pecado quando ainda era pequena de três anos. Bastava lembrar-lhe que um ato qualquer ofendia a Deus para que a menina se afastasse horrorizada. Nas suas memórias a Santa afirma que Deus lhe fez ver “o grande horror do pecado, o que me horrorizou tanto que a mais mínima mancha resultava para mim num tormento insuportável.” (1)

A essa aversão ao pecado acrescentou-se logo um agrado muito grande pela oração e pela penitência, juntamente com uma tendência enorme para ajudar os pobres. “Deus, escreve a Santa, deu-me um amor tão terno pelos pobres que eu teria desejado só ter contato com eles. Ele incutiu-me uma compaixão tão grande pelas suas misérias que, se estivesse em meu poder, abandonaria tudo por eles. Quando tinha dinheiro, dava-o aos pobres para os estimular a aproximarem-se de mim e então ensinava-lhes o Catecismo e a rezar.” (2)

A missão de Santa Margarida Maria Alacoque

Em 1647, quando nasceu Santa Margarida Maria, a devoção ao Sagrado Coração não era muito conhecida, se bem que já existia. A sua missão foi dar-lhe um impulso e uma difusão universal, precisar o seu espírito, adapta-lo às necessidades da Igreja nos tempos modernos e fixar as práticas de piedade mais adequadas às novas circunstâncias.

Santa Margarida Maria foi uma simples freira que nunca transpôs os muros do seu convento e morreu antes de completar 45 anos, em 1690. A Providência compraz-se deste modo em realizar um desígnio imenso a partir de uma humilde religiosa que, para fugir do mundo, tinha-se retirado a um obscuro convento da Ordem da Visitação e levou ali uma vida apagada aos olhos dos homens e até das freiras visitandinas com as quais convivia.

O quadro hoje é completamente diverso. Ornato da Ordem da Visitação, a religiosa então apagada foi elevada ao ápice de glória na Igreja e, do alto dos altares, da sua santidade despede raios de salvação à terra inteira, enquanto a maioria dos homens famosos e importantes da sua época são desconhecidos pelos nossos contemporâneos.

O Papa Pio XII, depois de fazer a lista dos Santos que a precederam na prática e difusão da devoção ao Coração de Jesus, diz a este propósito: “Mas entre todos os promotores desta excelsa devoção, merece um lugar especial Santa Margarida Maria Alacoque que, com a ajuda do seu diretor espiritual, o Beato Cláudio de la Colombière (hoje santo) e com o seu zelo ardente, obteve, não sem a admiração dos fiéis, que este culto adquirisse um grande desenvolvimento e, revestido das características do amor e da reparação, se distinguisse das demais formas da piedade cristã.”

As promessas de Jesus encontradas nos escritos de Santa Margarida Maria. As Seis Promessas autênticas são as que seguem (retiradas do livro A Grande Promessa, Ed. da Divina Misericórdia):

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1ª – Para aqueles que trabalham pela salvação das almas
“Meu Divino Salvador fez-me entender que aqueles que trabalham pela salvação das almas, terão o dom de tocar os corações mais endurecidos e trabalharão com êxito maravilhoso se tiverem uma terna devoção para com o divino Coração.” (Vida, pág. 275 – II Obras, pág. 627)

2ª – Para as comunidades religiosasSagrado Coração
“Ele me prometeu… que derramará a suave unção de sua ardente caridade sobre todas as comunidades religiosas que O honrarem e se colocarem sob a sua especial proteção, e desviará delas todos os golpes da divina justiça, a fim de colocá-las em estado de graça, quando tiverem caído em pecado.” (II Obras, pág. 300)

3ª – Para os leigos
“Os leigos encontrarão, por meio desta amável devoção, todo o socorro necessário a seu estado, ou seja, a paz nas suas famílias, o alívio nos seus trabalhos, as bênçãos do Céu em todos os seus empreendimentos, a consolação nas suas misérias e encontrarão, precisamente, neste Sagrado Coração, o lugar de refúgio, durante toda a sua vida e, principalmente, na hora da morte.” (II Obras pág. 627 – Vida, pág. 275)

4ª – Para as casas onde for entronizada e honrada a Imagem do Sagrado Coração de Jesus
“Assegurou-me que sentia um prazer singular em ser honrado sob a figura desse Coração de carne, do qual queria que a Imagem fosse exposta em público, a fim de tocar, por esse meio, o coração insensível dos homens.”
“Prometeu-me que derramaria com profusão, nos corações daqueles que O honrarem, todos os dons de que está pleno o seu Coração e que esta Imagem, em toda a parte onde for entronizada, a fim de ser especialmente honrada, atrairá todas as espécies de bênçãos.” (II Obras, pág. 627 – Vida pág. 275)

5ª – Promessas de salvação para com todos os que Lhe forem devotados e consagrados
“Eu me sinto toda abismada neste divino Coração. Nele me encontro como que num abismo profundo, onde me são revelados os te-souros de amor e de graças para com aquelas pessoas que a Ele se consagrarem e se sacrificarem, como fim de Lhe renderem e obterem toda a honra, amor e glória que estiver ao seu alcance.
Ele me confirmou que o prazer que sente em ser amado, conhecido e honrado pelas criaturas é tão grande que Ele me prometeu que todos aqueles que Lhe forem devotados e consagrados, jamais perecerão.” (II Obras, págs. 300 e 396)

6ª – Para aqueles que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses seguidos
“Numa primeira sexta-feira, durante a Sagrada Comunhão, Ele disse as seguintes palavras à sua indigna escrava:
«Eu prometo, na excessiva misericórdia do meu Coração, que meu amor todo-poderoso concederá a todos aqueles que comungarem, em nove primeiras sextas-feiras do mês seguidas, a graça da penitência final, que não morrerão em desgraça, nem sem receberem seus sacramentos e que o meu divino Coração será o seu asilo seguro no último momento.»” (II Obras pág. 397)

 

As 12 promessas que se costuma divulgar são estas:

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    Darei às almas dedicadas ao meu Coração todas as graças necessárias ao seu estado.
    Farei reinar a paz em suas famílias.
    Eu as consolarei em suas penas.
    Serei seu refúgio seguro durante a vida e sobretudo na hora da morte.
    Derramarei copiosas bênçãos sobre todos os seus trabalhos na vida.
    Os pecadores acharão em Meu Coração a fonte e o oceano infinito da misericórdia.
    As almas tíbias se tornarão fervorosas.
    As almas fervorosas elevar-se-ão rapidamente a uma grande perfeição.
    Abençoarei as casas em que se achar exposta e for venerada a imagem do Meu Coração.
    Darei aos sacerdotes o dom de tocar os corações mais endurecidos.
    As pessoas que propagarem esta devoção terão seus nomes escritos indelevelmente no Meu Coração.
   O amor todo-poderoso do Meu Coração concederá a todos os que, por nove meses seguidos, confessarem-se e comungarem na primeira sexta-feira, a graça da perseverança final.

 Fonte: http://www.asc.org.br   e   www.rainhamaria.com.br


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