Frei comunista ameaça de cortar bolsas de estudantes caso eles resistam em não coletarem assinaturas para reforma politica (comunista) do PT


20.11.2014 -

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No dia 11 de novembro, mostrei aqui no blog o curioso caso da ONG Educafro (Educação e Cidadania de Afro-descendentes e Carentes), cujo diretor executivo, Frei David Santos, ameaça com multas de 300 reais e perda da bolsa universitária parcial ou integral os estudantes negros e pobres que não coletarem assinaturas em prol da reforma política do PT – aquela por meio da qual, como também expliquei aqui, o partido de Dilma quer construir a ditadura perfeita no Brasil.

Diante de tamanha intimidação financeira e psicológica para fins de coletar as assinaturas – a começar pela dos próprios estudantes -, questionei se era isso mesmo que a presidente Dilma e militantes do naipe de Frei David chamavam de projeto de “iniciativa popular”. Dizia eu: “Não terá sido coletada assim boa parte das 8 milhões de assinaturas que Dilma alega ter recebido em suposta petição de ‘movimentos sociais’ para encaminhar a reforma política?”

Pois bem. Em “resposta” que nada responde ao meu artigo original, a Educafro publicou uma nota de auto-exaltação e ataques baratos com o subtítulo “A REVISTA VEJA FEZ UMA ABORDAGEM INCOMPLETA”, o que de fato (puxa vida!) não tenho como negar. É verdade, sim. Neste ponto, Frei David tem razão. Eu havia divulgado apenas os e-mails com suas ameaças aos estudantes. Faltavam os vídeos!

Para completar o serviço, então, separei em dois o material que recebi com exclusividade de mais uma bolsista inconformada, como vários que escreveram a este blog. No primeiro vídeo, mais singelo, Frei David explica o procedimento de coleta necessário para renovação do benefício, diz que aumentou de uma para 5 folhas a quantidade exigida de cada estudante e, prevendo as reclamações de que seria muito trabalho, manda na lata: “toma vergonha na cara!”, (quem reage assim) “é preguiçoso e merece cortar a bolsa!”. Assista:

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Reforma política do PT: Frei David (Educafro) ameaça cortar bolsa de quem não coletar assinatura

 

CONTINUANDO...

Um doce, não? Se Diogo Mainardi fala do comportamento “bovino” dos nordestinos que votam na Dilma, leva processo do PT. Se Frei David chama os negros de preguiçosos por não trabalharem para o PT, está tudo bem, é claro. Mas o melhor vem agora.

Uma estudante negra pede a palavra e reage às ameaças do diretor, perguntando como é que ela vai perder a bolsa se não está no contrato com a Educafro a coleta das assinaturas. Sua pergunta corajosa, decerto entalada na garganta de parte da plateia, é seguida de aplausos e gritos de apoio que aumentam de volume conforme os igualmente inconformados se sentem mais à vontade para endossar o coro.

E o que faz Frei David? Em comportamento típico de um militante petista, assume por um momento o papel de vítima e diz que – ui! ui! ui! – levou “duas facadas”, coitadinho: a pergunta e os aplausos. Puro jogo de cena para então voltar suas baterias contra a estudante negra: “Sua postura revelou que você não é nada cidadã!”, grita ele. Para Frei David, como se vê, é prova de falta de cidadania questionar o seu autoritarismo. E ainda pergunta: “Alguns de vocês teve [sic] a coragem de aplaudir?”, ao que uma estudante por trás da camêra debocha de longe: “Siiiiiiiiiiiiim!” Em seguida, o diretor dá um tragicômico ataque histérico anticapitalista que só vendo mesmo para acreditar:

Estudantes reagem às ameaças de Frei David (Educafro) de cortar bolsa se não trabalharem para o PT

Pois é. Militantes como Frei David – imagine – estão aí “para fazer o mundo mudar, e não pra fazer o capitalismo vencer no coração de egoístas!”. Uhuuul! É por isso que, no auge do escândalo de corrupção do Petrolão, eles precisam ajudar o PT a vetar a doação legal de empresas privadas para garantir que o partido tenha sempre mais dinheiro que os outros, não é mesmo? “Vergonha! Vergonha!”, como diria Frei David antes de mandar tirar o microfone da “irmãzinha” que o questionou, exatamente como o PT mandou tirar de Rachel Sheherazade. Seria já uma amostra davidiana do “controle de mídia” que o relatório bolivariano do partido prega? O sistema de cotas veio supostamente quitar a dívida histórica oriunda da escravidão, mas agora tem senhores como David para submeter negros e pobres a servicinhos políticos. E para exemplificar pela enésima vez a recomendação atribuída a Lenin – “Xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz” -, o diretor ainda completa:

“Estamos aqui não para viver e vencer egoisticamente”…

É mesmo um altruísta este Frei David: como qualquer petista, ele quer apenas o bem daqueles que ele intimida, ameaça e cala.

Fonte: www.veja.com/felipemourabrasil  -  enviado pelo amigo Erismar Nascimento.

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Nota de www.rainhamaria.com.br

LEMBRANDO...

CATÓLICOS PETISTAS?? ( SE É QUE PODE).

VOCÊ É UM APÓSTATA E REBELDE AS LEIS E PRECEITOS DE DEUS.
A VERDADEIRA IGREJA CATÓLICA TE ALERTA

Ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista - Papa Pio XI ( 1922-1939 ) Encíclica Quadragésimo anno (15-maio-1931 ).

Não ajudar o socialismo. Tomai ademais sumo cuidado para que os filhos da Igreja Católica não dêem seu nome nem façam favor nenhum a essa detestável seita - Papa Leão XIII (1819-1878 ) - Enciclica Quod Apostolici Muneris , nº 34

Congregação do Santo Ofício, 1949. (1) “É permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira? Não. O comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de fato, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo [...] (4) Fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e sobretudo os que as defendem e propagam, incorrem pelo próprio fato, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica? Sim.”

II. Congregação do Santo Ofício, 1959. “É permitido aos cidadãos católicos, ao elegerem os representantes do povo, darem seu voto a partidos ou a candidatos que, mesmo se não proclamam princípios contrários à doutrina católica e até reivindicam o nome de cristãos, apesar disto se unem de fato aos comunistas e os apoiam por sua ação? Não, segundo a diretiva do Decreto do Santo Ofício de 1o. de Julho de 1949, n.1 [3865]”.

Portanto, de acordo com a resposta (Documento de 1949), o fiel cristão que “professa”, que “defende” e “propaga” o Comunismo – esteja ele filiado a partidos, organizações ou instituições nominalmente comunistas ou às que, embora não estampem tal insígnia, preservam no seu interior as teses comunistas [3]; ou que vota nos candidatos comunistas ou em seus aliados (Documento de 1959) – este fiel está automaticamente excomungado [4]. 

MAS, INFELIZMENTE LEMBRANDO...

Francisco admira comunistas. Apoia comunistas. Estimula trabalho de entidades comunistas. Mas afirma não ser comunista. Ok, o mundo todo acreditará piamente!

Disse Francisco,  no Encontro Mundial de Movimentos Populares no Vaticano, em 29 de outubro de 2014.

“Continuem com a vossa luta, caros irmãos e irmãs, faz bem a todos nós."

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João Pedro Stedile cumprimenta Francisco – o líder do MST foi convidado para fazer o discurso de encerramento de encontro de “Movimentos Populares” no Vaticano.

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"Se um futuro Papa ensinar algo contrário à Fé Católica, não o sigam." - Papa Pio IX, Carta ao Bispo Brizen, citado em "In His Name", E. Christopher Reyes, 2010

"Ai de vós, filhos rebeldes! - oráculo de Javé. Fazeis planos que não nascem de Mim, fazeis acordos sem a minha inspiração, de maneira que amontoais erros e mais erros." (Isaías 30,1)

"Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus." (João 12, 43)

“Pedro e os outros apóstolos responderam: É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens’!”  (Atos dos Apóstolos 5, 29)

 

AINDA LEMBRANDO...

Misericórdia só existe com a esquerda marxista?

Papa Francisco reintegra sacerdote dito comunista ao ministério.

03.08.2014 -  O Vaticano publicou um decreto que levanta uma suspensão de 29 anos aplicada ao Padre. Miguel F. d'Escoto Brockmann (foto), um sacerdote da [Congregação] Maryknoll. A Maryknoll Fathers and Brothers é uma sociedade missionária dos EUA.

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Pe. Miguel d'Escoto, 81 anos, foi ordenado como sacerdote católico em 10 de junho de 1961. Ele ajudou a fundar a Orbis Books, a publicação teológica da congregação de Maryknoll, e se tornou um oficial junto ao Conselho Mundial de Igrejas. Durante a década de 70, d'Escoto se envolveu com política na Nicarágua. Ele integrou a Frente Sandinista de Libertação Nacional, um partido politico que removeu Anastasio Somoza e estabeleceu um governo revolucionário.

Por suas ações políticas, seu envolvimento com o governo sandinista e a recusa em abandonar um cargo político (ministro do exterior da Nicarágua) incorrendo na violação do seu ministério, Padre d'Escoto foi suspenso dos seus deveres sacerdotais pelo Vaticano.

Na notificação do Vaticano datada de 1º de agosto, [se lê] "O Santo Padre concedeu seu benevolente assentimento para que Pe. Miguel d'Escoto Brockmann seja absolvido da pena canônica infligida a ele e o confia ao Superior Geral do Instituto [Maryknoll] com o propósito de acompanhá-lo no processo de reintegração do ministério sacerdotal"

A revogação da suspensão permite ao Pe. d'Escoto reassumir os seus deveres sacerdotais.

Pe.d'Escoto permaneceu como um membro da Maryknoll com residência na Nicarágua. De setembro de 2008 até setembro de 2009, ele presidiu a 63º sessão da Assembleia das Nações Unidas como seu presidente.

Parece que a misericórdia, ou melhor, a "benevolência" só existe com a esquerda marxista.

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Francisco se distancia a cada dia dos seus predecessores, de modo especial de João Paulo II que tanto fez para lutar contra a teologia da libertação e o marxismo, religioso ou não.

Diferentemente de João Paulo II, que de dedo em riste censurou publicamente a Ernesto Cardenal - um outro padre sandinista - Francisco acolhe benevolentemente.

Então quer dizer que Pe. Miguel d'Estoco se arrependeu e buscou o perdão do Vaticano? Nada disso! O mais escandaloso é isso, o políimos só há o preconceito e o desdém. (e a perseguição aos conservadores)

Seguindo a mesma lógica que vimos até o momento, Leonardo Boff poderia ser reabilitado imediatamente! E o papa ainda poderia pedir perdão ao franciscano. Paranoia? Longe disso...

O pontificado de Francisco não é difícil de entender, mas é difícil de defender. Resta aos menos "paranoicos" fazerem os seus malabarismos sofismáticos, tentando negar o que está bem claro diante de nós.

Um mérito deste pontificado, entretanto, é que está nos mostrando a cada nova entrevista dúbia ou a cada decisão temerária, que a Igreja é guiada em primeiro lugar pelo Espírito Santo e não é uma instituição humana. Rezemos ainda mais pelo Papa, com mais força e devoção. Ele precisa muito das nossas orações.

Fonte: Christian Newswire  -  Blogonicus

 

TAMBÉM LEMBRANDO...

Artigo Publicado em 29.06.2014

Católicos comunistas? Os progressistas de ideologia marxista assumiram postos de comando

Nota de www.rainhamaria.com.br

Por Dilson Kutscher

Para dar um pequeno exemplo do artigo que vão ler mais abaixo...

Frei Gilvander Luís Moreira – na foto - promove uma espécie de “celebração” em um acampamento do MST montado em Pirapora, norte de Minas Gerais. Porém, no lugar das vestes de um autêntico religioso, ele sustenta os paramentos de um sacerdote da revolução. Em vez de carregar a cruz, ele veste um boné da guerrilha rural comunista. O sermão proferido é mais uma falsificação do texto bíblico produzida através da hermenêutica da Teologia da Libertação.

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Ele é mais um “missionário” da revolução, conhecido por suas “peregrinações” em Minas Gerais. É um agente político que instrumentaliza a fé católica em favor de um projeto de poder: o SOCIALISMO-COMUNISMO latino-americano fomentado pelo Foro de São Paulo – o MST é o seu braço no campo; e o PT o seu representante mais emblemático no plano político.   

Artigo do Professor Hermes Rodrigues Nery, coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida.

"Ouviremos os conselhos!"

Documento nº 91 da CNBB defende "conselhos" e "radicalização da democracia".

Os progressistas assumiram postos de comando, tornaram-se ordenadores de despesa, formaram seus "conselhos" e os doutrinaram na ideologia marxista, para justificar e legitimar os encaminhamentos da "democracia radical" dentro da Igreja, relegando os padres conservadores aos papéis secundários de vigários, sem poder algum de decisão.

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"Sei que depois da minha partida se introduzirão entre vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho". (Atos dos Apóstolos 20, 29)

Em 2010, por ocasião da 48ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, realizada em Brasília (para comemorar o jubileu de ouro da fundação da capital federal, em pleno planalto central do País, o então secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa apresentou o documento nº 91: "Por uma Reforma do Estado com Participação Democrática", assinado em 11 de março daquele ano, meses antes do pleito que elegeria Dilma Rousseff como presidente. Naqueles dias da 48ª Assembléia, estive em Brasília, e procurei vários bispos, inclusive o próprio Dom Dimas, chamando a atenção do Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=4030), que o então presidente Lula havia apresentado nas vésperas do Natal do ano anterior, e que causou grande apreensão em vários setores da sociedade brasileira. Solicitamos que a CNBB tivesse um posicionamento firme sobre o aspecto anticristão do PNDH3. Mas não foi possível tal posição. Os temas da Assembléia vinham das bases, e um deles era o documento nº 91. "Um tema para entrar aqui em discussão vem das bases, dos conselhos!", ressaltou um dos prelados. Em relação ao PNDH3, a apreensão inicial foi apenas passageira. Logo as vozes se calaram, e vieram as acomodações conhecidas.  A execução do PNDH3 continuou como prioridade do governo do PT, legitimado pelo silêncio e conivência de muitos. Depois que passou a chiadeira inicial, o PT se sentiu respaldado a agir com mais celeridade aos propósitos contidos no PNDH3.

Muitos bispos fizeram descaso dos apelos feitos, e quando a voz solitária e heróica de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, o Leão de Guarulhos, clamou em defesa dos nascituros, denunciando a agenda abortista do PT em plena campanha eleitoral, muitos outros religiosos e leigos católicos da esquerda se juntaram para assinarem uma carta de apoio a Dilma Rousseff, incensada por Leonardo Boff, em evento no Rio de Janeiro. No ano seguinte, estando com Dom Bergonzini em Londrina (PR), conversamos sobre a situação nacional, e ele afirmou que continuaria quantas vezes fosse preciso se posicionando em fidelidade ao Magistério da Igreja, à sã doutrina, denunciando a agenda abortista do PT e o seu projeto de poder totalitário, confirmando assim a valentia que faltava a muitos outros religiosos e leigos católicos. Estivemos juntos novamente num ato público na Praça da Sé, em que saímos em direção ao Fórum João Mendes, onde ele protocolou uma ação contra as "Católicas pelo Direito de Decidir" (http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com.br/2012/03/o-folheto-proibido-agora-autorizado.html). No ano seguinte, nos reencontramos no plenário do Supremo Tribunal Federal, na votação da ADPF 54, quando o STF decidiu aceitar o aborto em casos de anencefalia. Havíamos feito uma vigília durante a noite antes da votação, em frente o STF (http://diocesedeguarulhos.org.br/site/index.php/dom-luiz-gonzaga-bergonzini-participa-de-manifestacao-pela-internet-que-mobiliza-milhares-de-pessoas-a-favor-da-vida-no-caso-dos-anencefalos/). E ainda durante a votação, quando a maioria dos ministros já havia deliberado, Dom Bergonzini saiu da sessão e foi rezar um terço em frente o STF. Ele sabia que, naquele momento, pela via judiciária estava se abrindo uma brecha para a legalização do aborto no Brasil, e que a Presidente Dilma Rousseff não cumpriria sua promessa de campanha de que não tomaria iniciativa nesse sentido, o que se confirmou, mais tarde, com a sanção da Lei 12.845/2013, de triste memória. A imagem de Dom Bergonzini sozinho diante do STF, debaixo de um sol escaldante, no meio da tarde, foi de cortar o coração. O Leão de Guarulhos não se abateria até o último minuto de vida, dando o exemplo de um combatente, enquanto Igreja militante.

Via crucis de uma campanha contra o aborto.

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No mesmo período, percorríamos as paróquias de algumas dioceses do estado de São Paulo coletando assinaturas para a "Campanha São Paulo pela Vida", com o objetivo de incluir na constituição estadual paulista o direito a vida, desde a concepção, via iniciativa popular. Foi então que comecei a perceber uma realidade mais terrível, que ainda não tinha me dado conta. Ao apresentar a campanha aos padres, nas reuniões diocesanas de presbíteros, muitos deles disseram: "a proposta é boa, mas temos que primeiro ouvir "os conselhos" paroquiais. "Pessoalmente sou a favor da campanha, acho bonita esta iniciativa, mas temos que ouvir "os conselhos". E de outro pároco: "Não posso simplesmente apresentar um projeto bonito desses como se fosse coisa minha, ou pior ainda, como se fosse coisa do bispo, você entende? Tudo será decidido nos conselhos."

E então, a coisa emperrou. Algo aconteceu que não entendíamos. Só funcionou quando o pároco, com a sua prerrogativa de decisão, autorizou que fossemos ao final da missa falar sobre a campanha e, em seguida, fizéssemos a coleta de assinaturas. Em muitos casos, o pároco disse que colocaria a disposição agentes pastorais. Mas quando chegávamos lá, para o mutirão pela vida, nem mesa, nem canetas, nada de estrutura mínima. Tínhamos que levar tudo por nossa conta, em certos casos, nem mesmo o pároco lá estava. A missa era rezada por um vigário, que nem sabia do que estava acontecendo, porque ninguém avisou nada. "Acho que vocês estão sendo boicotados", nos disse uma senhora que veio assinar o formulário contra o aborto.

A campanha contra o aborto no estado de São Paulo se tornou um calvário, porque nos deu a constatação de que boa parte das paróquias visitadas está dominada por "conselhos" imbuídos de ideologia marxista, que não consideravam relevante a causa da defesa da vida desde a concepção. "Vocês estão obcecados pela questão do aborto", nos disseram. Se for um abaixo-assinado para dar moradia aos sem teto, terras para o morador de rua e direitos sociais aos afrodescendentes, então contem com a gente". Mais tarde tivemos que ouvir de um dos líderes dos conselhos: "Até o papa já disse que vocês estão obcecados pela questão do aborto!" Um deles foi mais longe: "Direito primeiro ao já nascido!". Mesmo assim, continuamos percorrendo as dioceses, algumas nos acolhendo muito bem, abrindo as portas, como o bispo de Campinas. Então fui pessoalmente falar com Dom Damasceno, presidente da CNBB e arcebispo de Aparecida. Ele foi bem receptivo e acolhedor, abrindo as portas da Basílica de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, onde fizemos um mutirão de coleta de assinaturas lá. E também Dom Beni, que telefonou autorizando um dia de coleta na Canção Nova. Mas foi apenas um único dia de mutirão. Depois, tínhamos que voltar às paróquias, e submeter o abaixo-assinado à vontade dos "conselhos". E quando isso acontecia, emperrava de novo.

Bispos conservadores e fiéis ao Magistéiro da Igreja nos recebiam, ouviam e acolhiam, anuindo com a proposta. Quando os formulários eram encaminhados para às bases, meses decorriam sem que houvesse algum retorno.  O Regional Sul 1 da CNBB, graças ao Pe. Berardo Graz, dando apoio, conseguimos mobilizar outras comissões em defesa da vida, e obter juntos, mais de cento e cinquenta mil assinaturas. Mas precisávamos chegar a trezentas e trinta mil. Tivemos então que fazer um mapeamento de paróquia por paróquia, identificar qual padre acolheria, e mesmo assim, qual tomaria a decisão dele mesmo fazer acontecer. Quando ia para os "conselhos", estancava. Mesmo assim, chegamos a mais da metade do número de assinaturas exigidas pela legislação, e como desejávamos fazer a ação vir do seio da Igreja Católica, o trabalho demorou mais para fluir. "Chamem os evangélicos, vocês precisam dos evangélicos!" Mas queríamos muito a iniciativa dos católicos. A grande lição da campanha foi a de constatar o aparelhamento ideológico da Igreja Católica no Brasil. A maior parte dos "conselhos" foram criados para serem voz do esquerdismo dentro da Igreja, minando-a por dentro, corroendo a sã doutrina, fazendo com que muitos padres fiquem de mãos atadas, imobilizados, sem saber o que fazer, como reféns dos conselhos. "A fidelidade dos sacerdotes católicos deve ser com a sã doutrina", disse eu certa vez, numa reunião de um desses "conselhos". E uma das lideranças, com voz num tom de saltar as veias, respondeu: "Esta sã doutrina é eurocêntrica. Mas saiba que a experiência da América Latina, que veio das CEBs, o protagonismo dos "conselhos populares", fará emergir a Igreja que queremos, a Igreja como "povo de Deus", e não a imposta pela hierarquia". E completou: "A questão do aborto é um obsessão desta igreja reacionária". "O povo quer pão na mesa e terra, esse sim é o direito a vida por qual temos que lutar. E conseguiremos isso com participação popular, com ‘democracia radical’, efetivamente participativa."

Outro aspecto percebido foi a crescente tomada de posição dos progressistas, em todos os níveis, nas paróquias, nas escolas e universidades, nas editoras, empresas e muitas instituições hoje apenas ditas católicas. Os progressistas assumiram postos de comando, tornaram-se ordenadores de despesa, formaram seus "conselhos" e os doutrinaram na ideologia marxista, para justificar e legitimar os encaminhamentos da "democracia radical" dentro da Igreja, relegando os padres conservadores aos papéis secundários de vigários, sem poder algum de decisão. Boa parte se acomodaram, evitando criar problemas, e preferindo tocar a rotina, em serviços burocráticos de atendimentos, sem intervir nas decisões, aceitando se tornar reféns dos "conselhos". Alguns celebram a missa diária, como se fosse apenas uma obrigação profissional e nada mais. Fazem os atendimentos necessários e somem. Vários são os casos de depressão e alcoolismo, que sofrem sem saber o que fazer debaixo do mando de tais "conselhos", com a conivência do progressista ordenador de despesa. Presenciei casos assim, nas minhas andanças em defesa da campanha contra o aborto, nas muitas visitas feitas em paróquias, de padres cerceados de suas atividades, vigiados, boicotados, que sofrem calados padecimentos incontáveis.

"O que acontece com a nossa Igreja?", queixou-me um deles. Contou: "Não apenas padres sofrem com isso, mas também bispos, e mais ainda bispos eméritos conservadores, que padecem privações sob a dependência de religiosos progressistas, idosos, muitas vezes, sem família, à mercê da vontade dos progressistas. Tudo isso causa grande dor e sofrimento no seio da Igreja, que foi tomada por dentro pela implacabilidade dos progressistas, dentre os quais muitos recorrem aos "conselhos" para dar legitimidade a este cerco aos conservadores dentro da instituição. Eles sabem que ninguém vai falar nada, ninguém tem coragem de falar, e assim, aos poucos, eles avançam e ocupam mais postos de decisão."

E então nos indagamos: o que esperar, mais adiante, em termos de defesa da sã doutrina católica, quando o próprio documento nº 91 da CNBB, em relação à reforma do Estado brasileiro, prega uma "educação popular" capaz de questionar os fundamentos do sistema político atual, questionando inclusive a "democracia representativa", e advogando a necessidade de dar poder a "novos sujeitos históricos" (os tais "conselhos populares" defendidos pelo decreto 8243/2014 da presidente Dilma Rousseff?), propondo inclusive no referido documento, "radicalizar a democracia", dizendo que "a democracia representativa não esgota todas as formas de vivência democrática", "rompendo com a supremacia institucional da cultura ocidental"? Está no documento nº 91 a defesa dos "conselhos", de modo explícito: "os conselhos paritários formam, um campo privilegiado de participação popular", propondo "a institucionalização das estruturas de participação popular", para "uma nova forma de viver a democracia".

O fato é que o documento nº 91 está em muita sintonia com o pensamento contido no decreto nº 8243/2014 da presidente Dilma Rousseff. Não é a toa que Gilberto Carvalho se sente tão à vontade, ao saber que não haverá resistência alguma da Igreja ao decreto, porque o documento nº 91, que já foi lido e trabalhado em tantos finais de semanas, em muitas reuniões paroquiais, pelo País afora, defende o que está no decreto 8243/2014, mesmo muitos sem saber exatamente das conseqüências disso, para o País, e para a Igreja Católica no Brasil. Gilberto Carvalho sabe que as poucas vozes reacionárias não têm lastro mais nas bases já trabalhadas e tomadas, há muito tempo. Já não tem mais poder algum. E poderá rir disso, no conforto do gabinete presidencial, certo de que poderá agora avançar mais célere, em tudo aquilo que está lá contido no PNDH3, e que os próprios bispos, reunidos na 48ª Assembléia, nada disseram a respeito. Agora, poderão facilmente prosseguir no afã de sovietizar o País, repetindo aqui o queria Lênin: "todo poder aos sovietes!"

Agora ficou clara a resposta dos párocos progressistas, ao receberem o formulário da campanha contra o aborto: "ouviremos primeiro os conselhos". E entendemos o porquê tais formulários terem ficado meses esquecidos nas gavetas dos escritórios paroquiais. Os "conselhos" decidiram que a questão do aborto não é relevante. Mesmo sabendo que a maioria do povo brasileiro é contra o aborto e pela vida (82% segundo pesquisa Vox Populi). Mas os "conselhos" representam mesmo o "povo"? (http://www.midiasemmascara.org)

Hermes Rodrigues Nery é coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e do Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté. Especialista em Bioética, é pós-graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. E-mail: [email protected]

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Nota final de www.rainhamaria.com.br

I. Congregação do Santo Ofício, 1949. (1) “É permitido aderir ao partido comunista ou favorecê-lo de alguma maneira? Não. O comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de fato, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à verdadeira religião e à Igreja de Cristo [...] (4) Fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e sobretudo os que as defendem e propagam, incorrem pelo próprio fato, como apóstatas da fé católica, na excomunhão reservada de modo especial à Sé Apostólica? Sim.”

II. Congregação do Santo Ofício, 1959. “É permitido aos cidadãos católicos, ao elegerem os representantes do povo, darem seu voto a partidos ou a candidatos que, mesmo se não proclamam princípios contrários à doutrina católica e até reivindicam o nome de cristãos, apesar disto se unem de fato aos comunistas e os apoiam por sua ação? Não, segundo a diretiva do Decreto do Santo Ofício de 1o. de Julho de 1949, n.1 [3865]”.

Portanto, de acordo com a resposta (Documento de 1949), o fiel cristão que “professa”, que “defende” e “propaga” o Comunismo – esteja ele filiado a partidos, organizações ou instituições nominalmente comunistas ou às que, embora não estampem tal insígnia, preservam no seu interior as teses comunistas [3]; ou que vota nos candidatos comunistas ou em seus aliados (Documento de 1959) – este fiel está automaticamente excomungado [4]. 

Fonte: BRAGA, Bruno. “Um alerta aos católicos” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/05/um-alerta-aos-catolicos.html].

 

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