Francisco aos novos cardeais: A Igreja não condena ninguém para sempre (equivale a dizer que o castigo de Deus não é eterno. Como fica o inferno?)


21.02.2015 - "A Igreja oficial defende desde o século XV que o castigo do inferno destinado aos pecadores é 'eterno', ideia iniciada no século VI com Santo Agostinho. O papa Francisco acaba de revisar tal doutrina católica ao afirmar que a Igreja 'não condena para sempre'”. O comentário é de Juan Arias em artigo no El País, 20-02-2015.

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Eis o artigo.

Sem necessidade de grandes encíclicas, com suas falas habituais, Francisco está realizando uma revisão da Igreja para aproximá-la de suas raízes históricas.

Deu o último golpe de graça em um momento um pouco mais solene do que suas conversas habituais com os jornalistas. Dessa vez aproveitou, dias atrás, seu discurso aos novos cardeais para recordar-lhes que o castigo do inferno com o qual a Igreja atormenta os fiéis não é “eterno”.

Segundo Francisco, no DNA da Igreja de Cristo, não existe um castigo para sempre, sem retorno, inapelável.

O Papa jesuíta é formado em teologia, ainda que não tenha feito o doutorado. Dele, talvez hoje o papa renunciante e doutor em teologia, Bento XVI, possa dizer o que afirmava sobre seu antecessor, o papa polonês João Paulo II: que sabe pouca teologia.

Francisco é, entretanto, um fiel seguidor da teologia inspirada no cristianismo original, que era, afirma ele, não o da “exclusão”, mas o da “acolhida” de todos, até mesmo dos maiores pecadores. É inspirado por aquele cristianismo antes que a teologia liberal do profeta Jesus de Nazaré fosse contaminada pela severa teologia aristotélica e racional.

Não foi um lapso a afirmação de Francisco aos cardeais de que a Igreja “não condena ninguém para sempre”, o que equivale a dizer que o castigo de Deus não é “eterno”, já que as portas da Igreja da misericórdia e do perdão estão sempre abertas ao pecador.

O Papa que está exigindo aos seus, começando pelos cardeais, a ir ao encontro daqueles que o mundo esquece e marginaliza, ao invés de perder seu tempo nos palácios do poder, sabe que essa doutrina teológica sobre a eternidade e irreversibilidade das penas do inferno, foi sofrendo mudanças ao longo da História da Igreja.

Até o século III a Igreja nunca defendeu a doutrina da eternidade do inferno. Pelo contrário, o exegeta das Escrituras, Orígenes (250) defendeu a doutrina da apocatástase, segundo a qual o Deus dos Evangelho perdoa sempre. Orígenes baseava-se na parábola do Filho pródigo que volta aos braços do pai e é recebido com tanta festa que causa a inveja do irmão bom e fiel.

Somente no século VI começa a aparecer o conceito de “condenação eterna”, sobretudo com Santo Agostinho, o mesmo que defendia que as crianças mortas sem batismo deveriam ir para o inferno. Diante dos protestos das mães dessas crianças, a Igreja criou a doutrina do Limbo, um lugar onde essas crianças “não gozam nem sofrem”, algo completamente estranho aos Evangelhos

Em nossos dias, o falecido papa polaco, João Paulo II, no Catecismo da Igreja Universal nascido das discussões do Concílio Vaticano II, aboliu o Limbo. De acordo com comentários de amigos pessoais do papa, Wojtyla nunca aceitou que uma irmã sua nascida morta e que não pôde ser batizada, pudesse não estar no céu por ter morrido antes de ser libertada do pecado original com o batismo.

A família do futuro Papa era muito católica e, fiel àquela doutrina, nem sequer enterraram o corpo da pequena por não ter podido receber o batismo. Ele mesmo confirmou quando ao falar do túmulo no qual gostaria de juntar os restos de toda sua família, frisou que faltava somente sua irmãzinha, “pois havia nascido morta”. Foi jogada no lixo.

Foi o Concílio de Florença no século XV que rubricou definitivamente a doutrina de Santo Agostinho de um castigo e um inferno eterno. Já no século V, entretanto, São Jerônimo estava convencido de que a doutrina do inferno com a misericórdia de Deus não era conciliável. De todo modo, pedia-se aos sacerdotes e bispos que continuassem defendendo a doutrina tradicional “para que os fiéis, por temor ao castigo do inferno eterno, não pecassem”.

Lembro que no final dos anos 60, após escrever no jornal espanhol Pueblo um artigo intitulado “O Deus no qual não acredito”, em que defendia que os cristãos precisavam escolher entre Deus e o inferno eterno, já que ambos eram conceitos inconciliáveis, sofri um duro interrogatório do então arcebispo de Madri, Monsenhor Casimiro Morcillo, que me acusou de “ter escandalizado os fiéis”.

Aqui no Brasil, o teólogo da libertação, Leonardo Boff, me contou que há 16 anos o grande escritor e poeta de Pernambuco João Cabral de Mello Neto estava para morrer e, apesar de não ser religioso, estava angustiado naquele momento pela doutrina sobre o medo do inferno, que lhe haviam inculcado na infância. Foi chamado para o tranquilizar. Boff, que foi condenado ao silêncio pelo papa Bento XVI quando este era Prefeito da Congregação da Fé, usou com o escritor as mesmas palavras que agora o papa Francisco usa para assegurar que Deus não condena ninguém para sempre.

Boff disse com humor ao poeta que alguém capaz de escrever a joia literária, social e humana Morte e Vida Severina, merecia indulgência plena na hora de se despedir da vida.

A mudança é copernicana. Hoje é um papa como Francisco que afirma com total naturalidade que o Deus cristão “não condena ninguém para sempre”, que é como dizer que não existem infernos eternos, uma afirmação que há pouco tempo atrás poderia ter servido para abrir um processo contra um teólogo e condená-lo ao ostracismo.

Fonte:http://www.ihu.unisinos.br/noticias/540083-o-papa-francisco-revisa-a-teologia-do-inferno

http://www.sinaisdoreino.com.br

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Por Dilson Kutscher

O inferno existe, o  Deus Altíssimo nos revelou sua existência.

Nem mesmo um papa poderá negar este lugar terrível de condenação eterna, sob pena de ir parar no próprio inferno, por apostatar da fé e das VERDADES contidas na Sagrada Escritura, que é a Palavra de Deus, e contra Ela, todo homem rebelde e sábio em si mesmo, tropeça no erro, tornando-se réu diante do JUSTO JUIZ.

"O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão". (São mateus 24, 35)

Desde o começo da Sagrada Escritura, lemos sobre a existência do inferno, um lugar de fogo eterno. Na Sagrada Escritura, em Números 16, versiculos de 30 a 35,  vemos os três levitas, Coré, Datan e Abirão, que blasfemaram o nome de DEUS, se revoltando contra Moisés, e o fogo que o SENHOR mandou sair dos abismos, devorou duzentos e cinqüenta rebeldes.

No Deuteronômio, diz o Senhor, pela boca de Moisés: “Acendeu-se o fogo em minha cólera e os ardores penetraram até as profundezas do inferno".

"Sim, acendeu-se o fogo da minha cólera, que arde até o mais profundo da habitação dos mortos; devora a terra e os seus produtos, e consome os fundamentos das montanhas". (Deuteronômio 32, 22)

Ainda no Velho Testamento...

Em Jó...

"...e ser-lhe-ão reservadas as trevas. Um fogo, que o homem não acendeu, o devora e consome o que sobra em sua tenda" . (Jó 20, 26)

Em Isaías...

"O homem forte será a estopa. e sua obra, a faísca; eles arderão sem que ninguém possa extinguir". (Isaías 1, 31)

No Eclesiástico...

"A reunião dos pecadores é como um amontoado de estopas: seu fim será a fogueira. O caminho dos pecadores é calçado de pedras unidas, mas ele conduz à região dos mortos, às trevas e aos suplícios". (Eclesiástico 21, 10-11)

Em Daniel...

"Muitos daqueles que dormem no pó da terra despertarão, uns para uma vida eterna, outros para a ignomínia, a infâmia eterna". (Daniel 12, 2)

Já no Novo Testamento

"O machado já está posto à raiz das árvores. E toda árvore que não der fruto bom será cortada e lançada ao fogo". (São Lucas 3, 9)

"Por isso, se tua mão ou teu pé te fazem cair em pecado, corta-os e lança-os longe de ti: é melhor para ti entrares na vida coxo ou manco que, tendo dois pés e duas mãos, seres lançado no fogo eterno". (São Mateus 18, 8)

"Mostrar-vos-ei a quem deveis temer: temei àquele que, depois de matar, tem poder de lançar no inferno; sim, eu vo-lo digo: temei a este". (São Lucas 12,5)

"Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo ao fogo, e queimar-se-á". (São João 15, 6)

"E estando ele nos tormentos do inferno, levantou os olhos e viu, ao longe, Abraão e Lázaro no seu seio". (São Lucas 16,23)

"Pois se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os precipitou nos abismos tenebrosos do inferno onde os reserva para o julgamento;" (2 Pedro 2,4)

"Só teremos que esperar um juízo tremendo e o fogo ardente que há de devorar os rebeldes". (Hebreus 10, 27)

"Mas os céus e a terra que agora existem são guardados pela mesma palavra divina e reservados para o fogo no dia do juízo e da perdição dos ímpios". (II São Pedro 3, 7)

"Serpentes! Raça de víboras! Como escapareis ao castigo do inferno?" (São Mateus 23, 33)

"E assim como se recolhe o joio para jogá-lo no fogo, assim será no fim do mundo.O Filho do Homem enviará seus anjos, que retirarão de seu Reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes". (São mataus 13, 40-42)

"Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos". (São Mateus 25, 41)

"O Demônio, sedutor delas, foi lançado num lago de fogo e de enxofre, onde já estavam a Fera e o falso profeta, e onde serão atormentados, dia e noite, pelos séculos dos séculos". (Apocalipse 20, 10)

"Todo o que não foi encontrado inscrito no livro da vida foi lançado ao fogo". (Apocalipse 20, 15)

"Os tíbios, os infiéis, os depravados, os homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os mentirosos terão como quinhão o tanque ardente de fogo e enxofre, a segunda morte". (Apocalipse 21, 8)

ENTÃO...caro "papa" Francisco...

Poderia a sua pessoa estar certa e a Sagrada Escritura e os Santos errados?

"Considera, meu filho, que nele se padecem todas as penas, e todas elas para sempre. Se caíres no Inferno, dele jamais saíras. Passarão cem anos, mil anos, e o Inferno estará apenas começando; passarão cem mil anos, cem milhões de anos, milhões de milhões de anos e de séculos…e o Inferno estará ainda apenas começando. Ó eternidade, ó abismo sem fundo! Ó mar sem limites! Ó caverna sem saída! Quem não tremerá pensando em ti? Ó maldito pecado, que tremendos suplícios preparas para quem te comete!" (dos escritos: O Jovem Instruído - de São João Bosco)

"O mais espantoso do inferno é a sua duração. A pessoa condenada perde a Deus e o perde por toda a eternidade. Aliás, o que é a eternidade? Ó alma minha, até agora nenhum anjo pode compreender o que é a eternidade! Como então poderás tu compreende-la? Ainda assim, para formarmos alguma idéia sobre ela, consideremos as seguintes verdades: A eternidade nunca termina. Esta é a verdade que tem feito tremer até os maiores santos. O juízo final virá o mundo será destruído, a terra engolirá todos os condenados, e estes serão lançados no inferno. Então, com sua mão todo-poderosa, Deus os encerrará para sempre em tão amaldiçoada prisão. Todos se queimam sempre nessas chamas assustadoras e nunca recebem nenhum alívio em toda a eternidade. O condenado é corroído e ferido pelo remorso, e nunca terá um descanso em toda a eternidade. Sempre sofrerá uma sede muito abrasadora e nunca receberá o frescor de um pouco de água em toda a eternidade. Sempre se contemplará detestado por Deus e nunca poderá receber a alegria de uma simples olhada de ternura de Deus por toda a eternidade. O condenado se sentirá sempre maldito pelo céu e pelo inferno, e nunca receberá um simples gesto de amizade. É uma das desgraças essenciais do inferno que todo o tormento será sem consolo, sem remédio, sem interrupção, sem final, eterno.Oh! que mistério profundo! Um terror sobre todos os terrores! Oh! eternidade! Quem pode comprender-te?"  (Extraído dos escritos de Santo Antônio Maria Claret)

Entre as almas privilegiadas que tiveram a graça de, em vida, ver o inferno encontra-se a grande mística espanhola do século XVI, Santa Teresa de Jesus: “Havia já muito tempo que o Senhor me fazia muitas das mercês que referi e outras grandíssimas, quando um dia, estando em oração, achei-me subitamente, ao que me parecia, metida corpo e alma no inferno. Entendi que queria o Senhor dar-me a ver o lugar que aí me haviam aparelhado os demônios, e eu merecera por’ meus pecados. Durou brevíssimo tempo, mas, ainda que vivesse muitos anos, tenho por impossível olvidá-lo. Pareceu-me a entrada um beco bem longo e estreito, semelhante a um forno muito baixo, escuro e apertado. O solo tinha aparência duma água, ou antes, dum lodo sujíssimo e de pestilencial odor, cheio de répteis venenosos. No fundo havia uma concavidade, aberta numa parede, a modo de armário, onde me vi encerrada estreitíssimamente. Tudo isto era deleitoso à vista, em comparação do que ali senti. Entretanto, o que escrevi está muito aquém da verdade.”

Santa Faustina e a visão do inferno

Hoje, conduzida por um Anjo, fui levada às profundezas do Inferno um lugar de grande castigo, e como é grande a sua extensão. Tipos de tormentos que vi:

1. Primeiro tormento que constitui o Inferno é a perda de Deus;

2. O segundo, o contínuo remorso de consciência;

3. O terceiro o de que esse destino já não mudará nunca;

4. O quarto tormento é o fogo que atravessa a alma, mas não a destrói; é um tormento terrível, é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de Deus;

5. O quinto é a contínua escuridão, o terrível cheiro sufocante e, embora haja escuridão, os demônios e as almas condenadas vêem-se mutuamente e vêem todo o mal dos outros e o seu.

6. O sexto é a continua companhia do demônio;

7. O sétimo tormento, o terrível desespero, ódio a Deus, maldições, blasfêmias.

São tormentos que todos os condenados sofrem juntos, mas não é o fim dos tormentos. Existem tormentos especiais para as almas, os tormentos dos sentidos. Cada alma é atormentada com o que pecou, de maneira horrível e indescritível. Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, onde um tormento se distingue do outro. Eu teria morrido vendo esses terríveis tormentos, se não me sustentasse a onipotência de Deus. Que o pecador saiba que será atormentado com o sentido com que pecou, por toda a eternidade. Estou escrevendo por ordem de Deus, para que nenhuma alma se escuse dizendo que não há inferno ou que ninguém esteve “lá e não sabe como é”. (dos seus escritos)

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