Maria Valtorta, mística italiana, que teve revelações de Jesus: Quem é Deus?


26.07.2015 - Nota de www.rainhamaria.com.br

A Igreja Católica define de forma muito clara (CIC 65, 66) que a revelação pública, oficial, está concluída e é a que vemos nos livros canônicos da Bíblia. Corresponde à fé cristã compreender gradualmente seu conteúdo.

Isso não impede que haja revelações privadas (CIC 67), que não melhoram nem completam a Revelação definitiva de Cristo, mas sim podem ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica. Ou seja, pode haver livros inspirados, mas não canônicos.

O especialista François Michel Debroise nos dá uma informação muito completa sobre o tema.

Maria Valtorta, mística italiana falecida em 1961, foi um exemplo de alma extraordinária com vida extraordinária. Foi uma das 18 grandes místicas marianas. Aos 23 anos, um anarquista a espancou com uma barra de ferro, deixando-a com limitações físicas. Ficou 9 anos de cama. E uniu todas as suas dores à paixão de Jesus.

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Seu confessor, ao ver a grandeza dessa alma, pediu-lhe que escrevesse sua biografia. Tudo isso aconteceu em plena guerra mundial. Depois de escrever sua biografia, de 1943 a 1950, ela começou a receber uma série de visões, que transcreveu em 17 volumes, entre eles sua obra mais conhecida e polêmica: “O Evangelho como me foi revelado”. Em 4800 páginas, ela relata a vida de Cristo, dia a dia.

O Papa Paulo VI apoiou a leitura da obra de Maria Valtorta, assim como o Padre Pio. A Madre Teresa de Calcutá era uma leitora assídua dos seus escritos. A celebração dos 50 anos da morte de Maria Valtorta foi acompanhado por altas personalidades da Igreja.

Do ponto de vista histórico, os biblistas se surpreendem com como uma pessoa que não teve estudos possa ter um conhecimento tão detalhado.

O leitor desta narração fica preso, porque a obra o introduz nas cenas da vida de Jesus como um espectador presente. É uma narração extraordinária do ponto de vista teológico, histórico e científico. (Fonte: Aleteia)

 

QUEM É DEUS?

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"Tolo é o homem que vendo-se poderoso, são, feliz, diz: "De que mais é que eu preciso? E de quem? De ninguém. Nada me falta, eu me basto; por isso, as leis ou decretos de Deus, ou de moral, para mim não existem. A minha lei é a de fazer o que eu posso, sem pensar se isso é bem ou mal para os outros"".
Um vendedor, ouvindo aquela voz sonora, vira-se e vai em direção de Jesus, que continua: "Assim fala o homem e assim fala a mulher sem sabedoria e sem fé. Mas, se com isto mostra que tem alguma força, mais ou menos poderosa, igualmente denuncia ter um parentesco com o Mal".

Alguns homens descem da galera e de outros barcos e se dirigem para Jesus.
"O homem mostra, não com palavras, mas com fatos, que tem um parentesco com Deus e com a virtude, quando reflete que a vida é mais mutável do que a onda do mar, que agora está plácida e amanhã está furiosa. Igualmente o bem-estar e o poder de hoje pode amanhã ser miséria e impotência. E que fará então, o homem privado da união com Deus? Quantos naquela galera foram um dia alegres e poderosos, e agora são escravos e considerados réus! Réus, por isso duas vezes escravos: da lei humana, que inutilmente é escarnecida, porque ela existe e pune os seus transgressores e de Satanás, que para sempre se apodera do culpado que não consegue odiar a sua culpa".
..."Fostes feitos escravos por um doloroso acontecimento, ou seja, escravos uma só vez. Escravos enquanto dura a vida. Mas cada lágrima que cai nas correntes que vos prendem, cada golpe que desce, escrevendo uma nova dor em vossas carnes, suaviza o peso das algemas, embeleza o que não morre, abre, enfim, a porta da paz de Deus, que é amigo dos seus pobres filhos infelizes e que lhes dará tanta alegria, quanto receberem aqui de dor".

Das amuradas da galera aparecem alguns homens da tripulação, que estão escutando. Os galeotes, naturalmente, não aparecem. Mas com certeza estão ouvindo chegar até eles, por todos os buracos das cavilhas, a voz potente de Jesus, que se espalha pelo ar tranquilo desta hora de maré baixa.
"Eu quero dizer a estes infelizes que Deus ama, que sejam resignados em sua dor, e que não a considerem mais do que uma chama que bem depressa vai derreter as correntes da galera e da vida, consumando em um desejo de Deus este pobre dia que é a vida, dia escuro, borrascoso, cheio de medos e de privações, para entrar no dia de Deus, luminoso, sereno, sem medos nem langores. Na grande paz, na infinita liberdade do Paraíso, vós entrareis, ó mártires de uma penosa sorte, contanto que saibais ser bons em vosso sofrimento e aspireis por Deus".

"Quem é Deus?

Eu falo a gentios que não sabem quem é Deus. Falo a filhos de povos subjugados que não sabem quem é Deus. Em vossas florestas, ó gauleses, ó íberos, ó trácios, ó germanos, ó celtas, tendes uma aparência de Deus. A alma, espontaneamente, se inclina para a adoração, porque se lembra do Céu. Mas não sabeis encontrar o verdadeiro Deus que colocou uma alma em vossos corpos, uma alma  igual a que temos nós de Israel, igual a dos romanos poderosos que vos subjugaram, uma alma que tem os mesmos deveres e os mesmos direitos para o Bem e à qual o Bem, ou seja, o verdadeiro Deus, será fiel. Sede também vós fiéis ao Bem. O deus ou os deuses que até aqui adorastes, aprendendo o nome dele ou deles nos joelhos maternos; o deus que agora talvez nem penseis mais, porque dele não vos veio nenhum conforto em vossos sofrimentos, e que talvez chegueis a odiar e maldizer no desespero de vossa jornada, não é o Deus verdadeiro. O Deus verdadeiro é Amor e Piedade. Eram assim, por acaso, os vossos deuses? Não. Eles também eram dureza, crueldade, mentira, hipocrisia, vício, ladroagem. E agora eles vos deixaram sem aquele mínimo de conforto, que é a esperança de ser amados e a certeza de um descanso, depois de tanto sofrer. Assim é, porque os vossos deuses não existem. Mas Deus, o Deus verdadeiro, que é Amor e Piedade, e o qual Eu vos afirmo que existe com certeza, é Aquele que fez os céus, os mares, os montes, as florestas, as plantas, as flores, os animais, o homem. É Aquele que ao homem vitorioso inculca a piedade e o amor, como Ele é, para os pobres da terra.

Ó poderosos, ó patrões, pensai que viestes todos de uma única árvore. Não vos enfureçais contra aqueles que, por uma desventura, foram parar em vossas mãos, e sede humanos até para com aqueles que, por algum delito, tiveram que ir para o banco da galera. Muitas vezes o homem peca. Ninguém deixa de ter culpas, mais ou menos secretas. Se pensásseis nisto, seríeis muito bons para com os irmãos que, menos afortunados do que vós, foram punidos por culpas, que vós também tendes cometido, ficando impunes. A justiça humana é uma coisa tão incerta no julgar, que ai de nós se a divina fosse assim. Há réus que não parecem sê-lo e há inocentes que são julgados como réus. Não vamos perguntar o porquê. Isto seria acusação muito forte contra o homem injusto e cheio de ódio para com o seu semelhante! Há réus que o são de verdade, mas que foram levados ao delito por forças poderosas que, em parte, os livram da culpa. Por isso, vós, que estais colocados na direção das galeras, sede humanos. Acima da justiça humana, há uma Justiça divina, bem mais alta. É a Justiça do Deus verdadeiro, do Criador tanto do rei, como do escravo, da rocha, como do grão de areia. Ele olha para vós, tanto para vós do remo, como para vós, prepostos à tripulação, e ai de vós se fordes cruéis sem razão. Eu, Jesus Cristo, o Messias do Deus verdadeiro, vo-lo asseguro: Ele, à vossa morte, vos amarrará a uma galera eterna, entregando o açoite manchado de sangue aos demônios, e sereis torturados e golpeados, como vós torturasses. Porque, se é lei humana que o réu seja punido, é preciso que na punição não se passe da medida. Sabei recordar-vos disso.

O poderoso de hoje pode ser o miserável de amanhã. Só Deus é eterno. Eu queria mudar vosso coração e queria, sobretudo, destruir as correntes, entregar-vos à liberdade e à pátria que perdestes. Mas, irmãos galeotes, que não estais vendo o meu rosto, e dos quais Eu não ignoro o coração com todas as suas feridas, pela liberdade e a pátria deste mundo que Eu não vos posso dar, ó pobres homens escravos dos poderosos, Eu vos darei uma liberdade mais alta e uma Pátria. Por vós Eu me tornei prisioneiro e sem pátria, por vós darei a Mim mesmo em resgate, por vós, também por vós, que não sois o opróbrio da terra, como sois chamados, mas sim, a vergonha do homem que esquece a medida, no rigor da guerra e da justiça, Eu farei uma nova lei sobre a terra e uma doce morada no Céu.

Lembrai-vos do meu Nome, ó filhos de Deus, que estais chorando. E o nome do Amigo. Dizei esse nome em vossos sofrimentos. Ficai seguros de que, se me amardes, me tereis, mesmo se nesta terra não nos virmos mais.
Eu sou Jesus Cristo, o Salvador, o vosso Amigo. Em nome do verdadeiro Deus Eu vos conforto. Que venha logo a paz sobre vós ".

(de Jesus á Valtorta – O Evangelho como me foi Revelado)

Fonte: www.provasdaexistenciadedeus.blogspot.com.br  (do amigo Antonio Calciolari)

 

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