Festejou, comeu bem e descansou no Natal? A incômoda saudação de Natal de um realista Bispo italiano


28.12.2015 -

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Festejou? Comeu bem? Descansou? Então se prepare para o verdadeiro sentido do Natal.

Caríssimos, eu desobedeceria ao meu dever de bispo se lhes dissesse “Feliz Natal” sem incomodá-los. E eu quero incomodar. Eu não posso suportar a ideia de fazer saudações inócuas, formais, impostas pela rotina do calendário.

Então, meus queridos irmãos, a vocês as minhas melhores saudações incômodas!

Que Jesus, nascido por amor, lhes dê náuseas pela vida egoísta, absurda, sem impulso vertical, e lhes conceda a graça de recriar a sua vida na doação de si mesmos, na oração, no silêncio, na coragem. Que o Bebê que dorme em cima da palha lhes tire o sono e faça vocês sentirem o travesseiro da sua cama tão duro quanto uma pedra até acolherem de verdade um desalojado, um necessitado, um pobre que vaga pelas suas ruas por falta de compaixão.

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Que o Deus feito carne faça vocês se sentirem vermes toda vez que a sua carreira se tornar o ídolo da sua vida; toda vez que passar os outros para trás for o projeto dos seus dias; toda vez que as costas do próximo se tornarem o instrumento da sua escalada.

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Que Maria, a mãe que só encontrou no esterco dos animais o berço em que deitar com ternura o fruto do seu ventre, force vocês, com os seus olhos feridos, a suspender suas festinhas de fim de ano até que a sua consciência hipócrita enxergue que as latas de lixo e os incineradores das clínicas são transformados impunemente em túmulos sem cruz de vidas humanas exterminadas.

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Que José, aquele que encarou mil portas fechadas na cara e que é símbolo de todas as desilusões paternas, incomode a esbórnia da sua comilança e dê curto-circuito no seu desperdício de luzes piscantes até vocês entrarem em crise sincera diante do sofrimento de tantos pais que derramam lágrimas pelos filhos sem saúde, sem trabalho e sem oportunidades.

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Que os Anjos, anunciadores da paz, tragam a guerra à sua tranquilidade sonolenta, incapaz de enxergar que, sob o seu silêncio cúmplice, perpetram-se injustiças, expulsam-se pessoas, fabricam-se armas, militariza-se a terra dos humildes, condenam-se povos ao extermínio da fome.

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Que os pobres que acorrem à gruta de Belém enquanto os poderosos conspiram na escuridão e a cidade dorme na indiferença façam vocês entenderem que, se quiserem ver “uma grande luz”, precisam se levantar e partir; façam vocês entenderem que as esmolas de quem lucra com o couro das pessoas são calmantes inúteis; façam vocês entenderem que as belas roupas compradas com o décimo terceiro podem até causar boa impressão, mas não aquecem a alma; façam vocês entenderem que a coexistência de pessoas sem lar e de especulação corporativa é um ato de horrendo sacrilégio.

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Que os pastores que velavam no meio da noite vigiando o rebanho e perscrutando a alvorada deem a vocês um sentido para a história, a emoção da expectativa, a alegria do abandono em Deus e lhes inspirem o desejo profundo de viver pobres em espírito, porque viver pobre em espírito é a única maneira de morrer rico aos olhos de Deus.

Que, em nosso velho mundo moribundo, nasça a esperança.

Feliz Natal!

+ Dom Tonino Bello

Fonte: http://pt.aleteia.org

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Por Dilson Kutscher

Novamente direi o seguinte, aproveitando as sábias e realísticas palavras ditas pelo Bispo.

A primeira coisa que muitos que se declaram "cristãos católicos" vão dizer, é...

"Ah, sr. Kutscher, isto não é verdade, a Igreja e os católicos sempre lembram dos seus irmãos mais necessitados".

Então, você que tem certeza disto, diga isto para estes irmãos esquecidos, que moram nas favelas, vilas e na periferia da maioria das capitais e cidades brasileiras.

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Por minha experiência própria, em visitar familias carentes, levando não só alimentos, mas um pouco de conforto cristão, aos corações desamparados e esquecidos pela maioria dos governantes e o restante da sociedade, digo que por lá, nunca viram bispo, padre, frei, religioso ou mesmo católicos oferecendo auxilio. Penso que em outros lugares do Brasil, tenha católicos também auxiliando estes irmãos necessitados, mas pelo menos nos lugares onde auxiliamos, essas familias carentes nunca viram.

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No entanto, em cada esquina que você passe, tem uma igreja (seita) evangélica.

Ou seja: pastores protestantes e voluntários evangélicos estão sempre a postos para tentar ajudar no que podem, mas religiosos e católicos no geral, não vi nenhum fazendo um trabalho de evangelização e de caridade com estes filhos de Deus.

"Ah, sr. Kutscher, mas eu sempre vejo as campanhas da Igreja, com padres e católicos ajudando os mais carentes e etc..."

Posso garantir, que numa proporção de "Dez mil" católicos neste fim dos tempos, vocês vão tirar no máximo "Mil", talvez menos, que realmente praticam os ensinamentos do Santo Evangelho, reconhecendo no abandonado e desamparado, um outro Cristo.

"Porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes". (São Mateus 25, 35)

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"Também estes lhe perguntarão: - Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos? E ele responderá: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer. E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna". (São Mateus 25, 44 -46)

As Palavras do Rei Jesus são muito claras, não adianta você estar dentro da Igreja, aparentar ser um católico exemplar, se quando lá fora, faz exatamente como também declarou São João Crisóstomo: "Que proveito resulta de a mesa de Cristo estar coberta de taças de ouro, se Ele morre de fome na pessoa dos pobres? Sacia primeiro o faminto, e depois adornarás o Seu altar com o que sobrar. Fazes um cálice de ouro e não dás um copo de água fresca. Honras a Deus no templo com vestes de seda, enquanto O abandonas lá fora ao frio e à nudez?"

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"Feliz quem se lembra do necessitado e do pobre, porque no dia da desgraça o Senhor o salvará.
O Senhor há de guardá-lo e o conservará vivo, há de torná-lo feliz na terra e não o abandonará à mercê de seus inimigos. O Senhor o assistirá no leito de dores, e na sua doença o reconfortará". (Salmos 41, 2-4)

Porque...

"Deus ama quem dá com alegria. Como está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre". (2 Coríntios 9, 7-9)

Como disse a Irmã Dulce, "o anjo bom da Bahia":

(aliás, cada vez que leio essas palavras, desta caridosa religiosa baiana, consigo distinguir imediatamente o verdadeiro católico, "amigo" de Deus,  praticante dos ensinamentos do Santo Evangelho, dos que são católicos somente de "aparências", preocupados consigo mesmo e com o bem estar de suas familias, estes terão uma grande surpresa quando estiverem diante do TRIBUNAL DIVINO)

Declarou o "anjo bom" da Bahia: "Se o pobre representa a imagem de Deus, então nunca é demais o que fazemos pelos pobres. O importante é fazer caridade, não falar de caridade. Se Deus viesse à nossa porta, como seria recebido? Aquele que bate à nossa porta, em busca de conforto para a sua dor, para o seu sofrimento, é um outro Cristo que nos procura".   

Ainda há tempo dos verdadeiros "católicos", amigos do Rei Jesus e fiéis a Sua Santa Palavra, praticarem o Seu Santo Evangelho.

"Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados". (I São Pedro 4, 8)

Porque...

"Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o julgamento. De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras". (São Tiago 2, 13-18)

 

Veja e junte-se a nós...(ou ajude os carentes na sua cidade)

Relato da minha visita e o auxilio as familias carentes de Porto Alegre e cidades próximas. Junte-se a nós, pois: Feliz quem se lembra do necessitado e do pobre, porque no dia da desgraça o Senhor o salvará (Salmos 40, 2)

 


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