Historiador e Jornalista Católico Roberto De Mattei: A Igreja entrou em uma guerra civil religiosa. A situação é tão grave que hoje há uma escolha clara entre a fidelidade à Igreja, ao magistério perene, ou o que significa erros, heresia e apostasia


07.12.2016 -

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O historiador Católico Italiano Roberto De Mattei, disse que o papa Francisco recusou-se a responder as perguntas dos quatro cardeais sobre "Amoris laetitia"conforme ensina a Igreja Católica, o que já é em si mesmo "uma resposta", cujas implicações, ele diz, indicam que a Igreja Católica entrou em uma "guerra civil religiosa".

"Esta situação é tão grave que uma posição de neutra não é possivel. Hoje vivemos uma guerra, uma guerra civil religiosa." Afirma De Mattei, em entrevista exclusiva ao LifeSiteNews em Roma, no mês passado.

"Esta situação é tão grave que hoje há uma escolha clara entre a fidelidade à Igreja, ao magistério perene, ou o que significa erros, heresia e apostasia", "ele diz".

De Mattei, professor da Universidade Européia de Roma e presidente da Fundação de Lepanto, afirma que há uma "tremenda confusão no interior da Igreja", causada pelo ambíguo ensinamento moral do papa, especialmente como em sua exortação em "Amoris Laetitia" de abril, e o que ele disse causou "divisão" e 'fragmentação" entre bispos, sacerdotes e fiéis.

A exortação especificamente tem sido criticada por minar a indissolubilidade do casamento abrindo a porta para casais em relacionamentos adúlteros receber a sagrada comunhão, e por fazer da consciência o árbitro final da moralidade. Como alguns críticos temiam, a exortação pode ser usada por alguns bispos liberais, para acolher abertamente "famílias, homossexuais em paróquias e permitir que os casais adúlteros recebam a sagrada comunhão em certos casos”.

Quando os quatro cardeais pediram para falar particularmente com o papa em setembro - seguindo um procedimento padrão dentro da Igreja - se a exortação se conforma ao ensino católico sobre o casamento, os sacramentos e a consciência, o papa não respondeu às suas perguntas.

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Especificamente, eles perguntaram: 1) se os adúlteros podem receber a sagrada comunhão; 2) se há normas morais absolutas que devem ser seguida "sem exceções"; 3) se o pecado habitual é uma é uma "situação objetiva grave, de pecado habitual"; 4) quando um ato intrinsecamente  maléfico pode ser transformado em um "subjetivamente bom", baseado em "circunstâncias ou intenções", e; 5) se baseados na consciência, pode-se agir contrariamente às conhecidas normas morais absolutas que proíbem atos intrinsecamente maléficos.

Os cardeais publicaram suas perguntas no mês passado apenas para receberem duras críticas dos prelados de alto escalão, incluindo dois que recentemente foram feitos cardeais pelo papa Francisco. Os quatro são acusados de serem "problemáticos", "necessitados de conversão", "de cometerem apostasia e escândalo", de dar ao papa uma bofetada na cara, de criar dificuldade e divisão.

Mas, Mattei argumentou que não foram os quatro cardeais que criaram o problema, mas o papa.

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"A causa desta confusão não são os quatro cardeais, é claro, eu acho que o autor da confusão é o papa Francisco, porque é desde o seu pontificado que as coisas vão tão rápido, tão rápido, ele afirma. "As vezes parece que ele gosta de criar essa confusão".

De Mattei disse que os cardeais agiram de uma forma "perfeita do ponto de vista canônico" quando submeteram suas perguntas (dubias) ao papa.

"Considero muito grave o fato de o papa, que é o chefe supremo da Congregação, não querer responder, o que já é uma resposta", ele afirma.

De Mattei achou muito oportuno que os cardeais perseguissem, o que um deles - cardeal Burke - chamou de um ato formal de correção dos erros encontrados na exortação do papa.

"A importância desta iniciativa não é apenas para alertar sobre os erros encontrados em "Amoris Laetitia", mas, também, para advertir os fiéis, porque entre os fiéis há confusão e também há ignorância. Eu acho que é nosso dever fazer os fiéis ficarem conscientes da gravidade desta situação", afirma ele.

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"Esta situação é tão grave que uma posição neutra não é mais possível. Hoje estamos em uma guerra, uma guerra civil religiosa, infelizmente. Eu não gosto desta guerra na qual fomos envolvidos contra a nossa vontade. Nós não criamos a situação, mas esta situação nos obriga a buscar uma posição clara. E por isso, acho que temos que agradecer aos quatro cardeais sua coragem e incentivá-los a continuar sua ação e sua testemunha", acrescentou.

Fonte: www.lifesitenews.com  -  Enviado pelo amigo Vitor Hugo

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Declarou o Arcebispo francês Marcel Lefebvre:

"Não será dever de um católico julgar entre a fé que lhe ensinam hoje e a que foi ensinada durante vinte séculos de tradição da Igreja? Ora, eu acredito sinceramente que estamos tratando com uma falsificação da Igreja, e não com a Igreja católica. Por quê? Porque eles não ensinam mais a fé católica. Não defendem mais a fé católica. Eles arrastam a Igreja para algo diferente da Igreja Católica. A verdade e o erro não estão em pé de igualdade. Isso seria colocar Deus e o diabo em pé de igualdade, visto que o diabo é o pai da mentira, o pai do erro. Como poderíamos nós, por obediência servil e cega, fazer o jogo desses cismáticos que nos pedem colaboração para seus empreendimentos de destruição da Igreja? Se acontecesse do papa não fosse mais o servo da verdade, ele não seria mais papa. Não poderíamos seguir alguém que nos arrastasse ao erro. Isto é evidente. Não sou eu quem julga o Santo Padre, é a Tradição. Para que o Papa represente a Igreja e seja dela a imagem, é preciso que esteja unido a ela tanto no espaço como no tempo já que a Igreja é uma Tradição viva na sua essência. Na medida em que o Papa se afastar dessa Tradição estará se tornando cismático, terá rompido com a Igreja. Eis porque estamos prontos e submissos para aceitar tudo o que for conforme à nossa fé católica, tal como foi ensinada durante dois mil anos mas recusamos tudo o que lhe é contrário.  E é por isso que não estamos no cisma, somos os continuadores da Igreja católica. São aqueles que fazem as novidades que estão no cisma.  Estou com vinte séculos de Igreja, e estou com todos os Santos do Céu!”

Declarou o Papa São Félix III: "Não se opor a um erro é aprová-lo. Não defender a verdade é suprimi-la".

 

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