A Esposa do Cordeiro sob forte ataque interno. A apostasia, que tomou conta do clero, dos religiosos e dos leigos, em sua imensa maioria


15.03.2017 - Nota de www.rainhamaria.com.br

Artigo do meu amigo Marcelo Brandão, escrito em abril de 2013

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A ESPOSA DO CORDEIRO SOB FORTE ATAQUE INTERNO

n/d

“Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o adversário, aquele que se levanta contra tudo o que é divino e sagrado, a ponto de tomar lugar no templo de Deus, e apresentar-se como se fosse Deus.”  (2 Ts. 2, 3-4)

Com imensa tristeza, assistimos a cada ano que passa um aumento na descaracterização da nossa Igreja Católica, de tal forma, que se formos comparar a sua situação atual com a de algumas décadas passadas poderíamos afirmar, sem nenhum exagero, que essa de hoje parece claramente outra igreja. E qual a causa desse descalabro? A apostasia, que tomou conta do clero, dos religiosos e dos leigos, em sua imensa maioria.

Há algumas décadas, muitos eclesiásticos de importantes Congregações, já contaminados pelo espírito de rebeldia, começaram a adotar o seguinte discurso: “Precisamos abrir a Igreja, para conseguirmos conquistar a humanidade...” E o que realmente ocorreu: Sim, conseguiram... Não só abrir a Igreja, mas escancarar suas portas ao mundo... E aí, qual foi a conseqüência trágica dessa leviandade, que os primeiros rebeldes não conseguiram minimamente imaginar? Com as portas escancaradas, antes de a Igreja tomar pé no mundo, aconteceu simplesmente um movimento inverso: o mundo tomou de assalto a Igreja e a secularizou... E foi por causa dessa apunhalada que Ela vem sangrando há vários anos sem parar...

Como bem sabemos, uma hemorragia não só enfraquece um organismo, como também vai necrosando boa parte de seus tecidos, pela falta da irrigação sangüínea que significa vida... E essa vida na Igreja é transmitida pela fé... Se ela enfraquece ou até mesmo desaparece, o que acontece? O organismo começa a agonizar... E lamentavelmente esse é o ponto em que se encontra a Una e Santa Igreja Católica Apostólica neste momento... Ela agoniza, em conseqüência da apostasia de seus pastores e de seu rebanho...

Constate isso nas declarações que se seguem (e que vem de longe...):

"Chegamos ao grande momento. A Fé está agora na presença não de uma heresia particular como no passado – o arianismo, o maniqueísmo, dos albigenses, dos maometanos – nem está na presença de algum tipo de heresia generalizada, como ocorreu quando enfrentou a revolução protestante trezentos a quatrocentos anos atrás. O inimigo que a Fé tem de enfrentar agora, e que pode ser chamado de “O Ataque Moderno”, é um assalto indiscriminado aos fundamentos da Fé, à própria existência da Fé. E o inimigo que agora avança contra nós está cada vez mais consciente do fato de que não pode haver qualquer neutralidade. As forças que agora se opõem à Fé têm o propósito de destruí-la. A batalha é doravante travada em uma linha definida de clivagem, envolvendo a sobrevivência ou a destruição da Igreja Católica. E toda – não uma parte – de sua filosofia". (Hilaire Belloc – http://www.catholicauthors.com/belloc.html)

“Na Igreja também está reinando uma situação de incerteza. Tem-se a sensação de que, por alguma abertura tenha entrado a fumaça de satanás no Templo de Deus.” (Papa Paulo VI ao jornal Osservatore Romano, em 30/06/1968.)

“A Igreja está passando uma hora inquieta de autocrítica, que melhor se diria de autodestruição. É igual a um transtorno agudo e complexo, que ninguém teria esperado depois do Concílio. A Igreja parece se suicidar, matar a si mesma.” (Papa Paulo VI ao jornal Osservatore Romano, em 07/12/1972.)

“A divisão e a desagregação infelizmente entraram em não poucos setores da Igreja. A recomposição da unidade espiritual e real no interno da Igreja é hoje um dos mais graves e urgentes problemas da Igreja.” (Papa Paulo VI ao jornal Osservatore Romano, em 30/08/1973.) (Constatado já naquela época - há quarenta anos! -; imagine-se agora...)

“A abertura ao mundo foi uma verdadeira invasão do pensamento mundano dentro da Igreja. Talvez nós fomos por demais fracos e imprudentes.” (Papa Paulo VI ao jornal Osservatore Romano, em 23/11/1973.)

“Esperava-se que depois do Concílio haveria um período resplandecente de sol para a história da Igreja. Pelo contrário, veio um sopro de nuvens, de tempestades e de trevas! O Concílio foi dominado por modernistas e liberais daí: Contradições... Desagregações... Desobediência... Anarquia!” (Papa Paulo VI ao jornal Osservatore Romano, em 18/07/1975.)

 “Existe um abalo gravíssimo em questão de fé. Quando o Filho do Homem voltar, porventura ainda encontrará a Fé sobre a Terra? Está acontecendo que se publicam livros onde a fé é amesquinhada em pontos importantes... E o episcopado (bispos) cala-se, e não acha nada estranho nesses livros. Isso é estranho para mim...”

“Neste momento há na Igreja uma grande inquietação. E o que está em questão é a fé! O que me perturba quando considero o mundo católico, é que, dentro do catolicismo, algumas vezes, parece predominar um pensamento não católico; e pode acontecer que este pensamento não católico, dentro do catolicismo, amanhã seja uma força maior na Igreja. É preciso que subsista um pequeno rebanho, por menor que seja.” (Trechos de uma entrevista do Papa Paulo VI ao filósofo francês Jean Guitton, seu amigo, em 08/09/1977.) 

“É necessário admitir com realismo e sensibilidade dolorosa e profunda, que hoje uma grande maioria dos católicos sente-se desnorteada, confusa, perplexa e desiludida. A mãos cheias estão sendo espalhadas idéias contrárias às verdades reveladas e ensinadas desde sempre. Estão sendo espalhadas heresias verdadeiras contra o Credo e a Moral, provocando confusões e revoltas... Vai se solapando a Liturgia, afundando no relativismo intelectual e moral, na permissividade, caindo na tentação do ateísmo, do agnosticismo, do iluminismo, de uma moral indeterminada, de um cristianismo sociológico, sem dogmas definidos e sem moral objetiva.” (Papa João Paulo II ao jornal Osservatore Romano em 07/02/1981.)

“Queria pedir perdão em meu nome e no de todos vós, no Episcopado, por qualquer motivo, por fraqueza humana, que possa ter provocado escândalo e mal estar, acerca da interpretação da doutrina e da veneração de vida a este grande Sacramento, a Santíssima Eucaristia.” (Trecho da Homilia do Papa João Paulo II, na quinta-feira santa de 1980.)

A seguir, enumeramos diversos fatos que comprovam o que foi dito até aqui:

A - OS ATENTADOS À SANTA MISSA:

(A Santa Missa é a renovação do Sacrifício de Cristo na Cruz. É o mais importante ato que podemos participar.)

São Francisco de Sales afirmava: “A Santa Missa é o Sol da Igreja!”

(Portanto, ao atacá-la com atitudes apóstatas e dessacralizadoras a Igreja tem comprometida a sua luminosidade; fica obscurecida...) 

1 – A Celebração da Santa Missa dando as costas para Deus:

Esta é uma dentre tantas aberrações litúrgicas que encontramos na Igreja de hoje. Como explicar, como justificar que o sacerdote fique de costas para Deus durante a mais importante celebração na face da terra? A dos santos mistérios! Por que ofender a Deus dessa maneira, tratando-O com descaso para agradar aos homens? Esse altar-mesa foi encomenda do inferno! E como faltou humildade para corrigir o primeiro grande erro, cometeram o segundo...

2 – A retirada dos Sacrários do centro da Casa de Deus:

Para, de certa forma, tentar justificar o injustificável (de ficarem de costas para Jesus) cometeram outro desatino contra o Amoroso e Misericordioso Senhor: retiraram os Sacrários, o Trono do Rei com Sua Augusta Presença, da posição central de Sua Casa... Quanta cegueira espiritual... Esqueceram que Jesus não só é o centro da Igreja, mas do Universo, de toda a Criação em todos os tempos e de nossas vidas... Como puderam colocar de lado o Trono do Rei dos reis? (Inclusive já foram vistos Sacrários colocados em corredores, em salões subterrâneos, próximos a banheiros e até em improvisados pedestais de madeira a não mais que um metro do chão... E também Sacrários em péssimo estado de conservação, confeccionados (pasmem) com madeira aglomerada e fórmica das antigas cozinhas moduladas... Perdão e Misericórdia Senhor Jesus por tanta profanação e descaso...)

Também em muitas paróquias, capelas e catedrais não se circundam mais os Sacrários com o testemunho amoroso das flores para Jesus Eucarístico... Nem de velas... Nem de luzes... E muitas vezes falta até a lamparina que revela a Sua presença... Suprimiram até o conopeu...

3 – A supressão do latim

A celebração da Santa Missa em latim, a língua oficial da Igreja, e que nunca foi suprimida, como muitos equivocadamente acreditam, expressa unidade, faz unidade... E torna-se imprescindível o retorno de seu uso, se realmente um dia pretendermos voltar a ter a Igreja unida. 

4 – O abandono do Missal Romano

É raríssimo encontrar hoje um sacerdote que celebre usando o Missal. A grande maioria usa os livretos que foram resumidamente impressos para socorro e acompanhamento dos leigos. Essa atitude do não uso do Missal não só empobrece a celebração, como compromete a unidade Litúrgica; além de demonstrar descaso com tão sublime ato. Inclusive, em muitas Missas, os sacerdotes que não são fiéis ao Missal ficam incluindo e retirando palavras (por sua conta) durante as orações que compõe a liturgia; isso quando não criam ritos extras e estranhos, por exemplo, de no momento do Ofertório convocar os fiéis a se dirigirem ao pedestal onde se encontra a Bíblia, e ali colocar as suas mãos espalmadas...

5 – A remoção do Crucifixo do Altar

      É imprescindível a presença do Crucifixo, pois lembra e conscientiza que aquele é um lugar santo, onde está renovando-se o santo Sacrifício do Calvário: o Senhor que continua a doar-se por Amor a humanidade... Apenas agora de forma incruenta.

6 – A banalização das vestes sacerdotais

       Não usam mais os paramentos corretos (casula + alva). Inclusive muitos já nem mesmo a estola estão usando. Pasmem, já foi visto padre ministrando o Sacramento da Reconciliação de camiseta de física, calção e estola... Outro celebrando a Missa de bermuda por debaixo da túnica... Muito comum vê-los caminhando por dentro das Igrejas de bermudas... Como poderão cobrar compostura dos leigos ao freqüentar a santíssima Casa de Deus? É o caos...

7 – O descaso no Ofertório

      Muitos celebrantes não estão mais fazendo corretamente o Ofertório. A grande maioria omite as orações e alguns até mesmo o lavabo.

8 – A frieza na Consagração – o ápice da Santa Missa 

       a – A velocidade com que é feita a elevação do pão e do cálice para que ocorra a santa Transubstanciação das espécies no Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo chega a cortar o coração... Será que eles, sinceramente, ainda acreditam que o Salvador e Redentor da humanidade acabou de se fazer presente a partir daquele esplêndido momento? 

       b – Para aumentar a nossa dúvida se ainda acreditam na Sagrada Eucaristia, muitos celebrantes agora deixaram de se ajoelhar para reverenciar Jesus em Sua chegada no Altar... Será que o Altíssimo não merece que se prostrem na Santíssima Consagração...

      c – Ultimamente foi dado mais um passo no sentido de banalizar o Sagrado: muitos bispos e padres suprimiram a uso da sineta, que alertava para o tão solene momento em que Deus se faz presente entre nós...

9 – O abraço da paz...

       Profana a Santa Missa... Pois então, vejamos:

    - A Celebração é interrompida;

    - Muitos sacerdotes até abandonam o Altar e saem a abraçar os fiéis nos primeiros bancos...

    - O Santíssimo Senhor fica abandonado sobre o Altar... Em segundo plano... A prioridade agora passou a ser afagar e agradar aos homens...

    - Os dedos que deveriam ter se mantidos purificados para tocar O Santo Corpo, agora se tornaram uma rica cultura de bactérias...

    - O recinto da Igreja tornou-se uma balbúrdia de deslocamentos, abraços e conversas...

10 – A dessacralização da Comunhão

     - Durante vários séculos, na história da Igreja, apenas dois grupos de pessoas podiam tocar a Sagrada Eucaristia: os sacerdotes e os diáconos, pois esses são os únicos que receberam a unção divina para tão santa missão. No entanto, nas últimas décadas observamos com grande tristeza os leigos profanando o Santíssimo Sacramento com a permissão e até incentivo do clero, para que O ministrem e O recebam. Dessa forma, muitos fragmentos da Eucaristia (que são Jesus integralmente) caem ao solo e são pisoteados, após terem permanecido fixados pelo suor nas mãos dos leigos...

   - Recentemente, os eclesiásticos aumentaram a profanação das Sagradas Espécies ao cancelarem o uso da patena, pois essa impedia que os fragmentos caíssem ao chão (durante o trajeto de deslocamento da Eucaristia da âmbula até o fiel) e depois ainda fossem pisoteados...

   - Outra terrível profanação (e inimaginável ofensa a Deus) que está se expandindo é o “servir-se” do Corpo e do Sangue do Senhor (como se fosse um “buffet”), ao invés do fiel receber a comunhão. Evite participar de celebrações onde isso aconteça...

   - Também grande descaso para com a Eucaristia é o transporte aos doentes sem o uso da Teca; nesses casos acontecem grandes profanações. Onde foi parar o zelo dos padres para com Jesus Eucarístico?

  - Grande parte do clero fica visivelmente contrariada quando o fiel prefere receber a comunhão na boca... Quando então a preferência (e corretíssima) for por receber de joelhos e na boca, a maioria se nega, e outros até se tornam agressivos e grosseiros... Lembramos a esses: “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no Céu, na terra e nos infernos.” (Fl. 2, 10)

 - Após a comunhão muitos padres já não se dignam mais a fazer a purificação do cálice nem das âmbulas, o que é um dever do sacerdote, deixando esta grave responsabilidade para os “ministros”... Quanta frieza e quanto desleixo para com a SACRALIDADE.

11 – O esfriamento Eucarístico

     - Em raríssimas paróquias foram mantidas as horas santas semanais de Adoração Eucarística, que tanto desagravam e alegram o Sagrado Coração de Jesus.

     -A Adoração Perpétua foi praticamente extinta. Pode existir momento mais sublime na face da Terra do que estar na presença do Altíssimo? 

12 – Homilias vazias (quando fazem...)

      - São raríssimos hoje os sacerdotes que fazem as homilias amparadas na Liturgia do dia, no sentido de aprofundar a mensagem evangélica revelada e principalmente retirando daí orientações para serem seguidas pelo fiel em sua vida, de uma forma geral; no sentido de que ele viva sempre sob a Luz do Evangelho e da Doutrina católica.  

     - Causa grande tristeza observarmos na grande maioria das homilias a falta de valorização da oração; não são mais feitos apelos para que as pessoas rezem em casa... Para que dediquem diariamente um tempo em família a seu Deus. Também não se mostra mais a importância da oração do santo Rosário e do santo Terço, pedidos que foram feitos com tanta insistência por Nossa Senhora em todas as Suas Aparições. 

    - A grande maioria dos sacerdotes, por constrangimento e/ou esfriamento na fé, não alerta mais contra a existência e o poder destruidor dos demônios, que vivem tentando se infiltrar nas almas para corrompê-las e perde-las.

   - Também não se avisa mais para a contaminação de falsas doutrinas, que muitos católicos vivem aderindo, tipo espiritismo, rosacruz, seicho no ye, reiki e outras da chamada “nova era”.

  - Outra gravíssima omissão é a falta de exortação para que os fiéis entendam a importância de manterem-se em estado de graça, através da prática de curto prazo do sacramento da Reconciliação (confissão), pois se vive em um mundo altamente pecaminoso.

  - Em raras homilias assiste-se a valorização da obediência aos dez Mandamentos e aos Sacramentos da Igreja. O focar na Doutrina, Dogmas e o Catecismo então... Aí já é pedir demais... Praticamente não se fala...

13 – Celebrações apóstatas, dessacralizantes e até hereges...

“Missas” crioula, afro, com o uso de telão, e culto ecumênico em lugar da Missa... Não participe dessas farsas ofensivas à verdadeira Santa Missa e ao autêntico catolicismo; e que agravam aos Céus! As tão decantadas “inculturação litúrgica” e “atratividades aos fiéis” implantadas pelos modernistas, ecumenistas e alianças-preta da “teologia da libertação”, na verdade rompem com o “tecido inconsútil” da Igreja, quando quebram a unidade litúrgica d’Aquela que é Católica e Apostólica... E o mais grave em tudo isto: caracterizam-se claramente por serem ações cismáticas! Assistimos ainda a extinção do canto gregoriano durante a celebração da santa Missa, e, em muitas paróquias, a adoção de música popular com a utilização lamentável de violões, guitarras, baterias, gaitas e pandeiros... Todos esses que assim permitem e agem são apóstatas profanadores e coveiros da sacralidade e da espiritualidade da verdadeira Igreja Católica...

14 – O descaso litúrgico e devocional

      - Na grande maioria das paróquias foi extinta a liturgia do sábado (dia tradicionalmente dedicado a Nossa Senhora), pois não se celebra mais a Missa matutina... Nas celebrações à tarde a liturgia já é a de domingo...

      - Estão extinguindo em diversas paróquias as celebrações devocionais da Primeira sexta-feira do mês, em honra ao Sagrado Coração de Jesus, e do Primeiro sábado do mês, em honra ao Imaculado Coração de Maria... E que tinham sido pedidos por Nosso Senhor Jesus Cristo à Santa Margarida Maria Alacoque.

B - O ENFRAQUECIMENTO DA EVANGELIZAÇÃO E DA ESPIRITUALIDADE:

1 – Catequeses

 - Em raríssimas paróquias ainda observamos a existência de catequeses para adultos, no sentido de manter-se sempre viva a chama da fé, pois o fiel vive em um mundo contaminado pelo agnosticismo. 

- Assistimos em muitas paróquias catequistas sem nenhum preparo teológico e doutrinário para ministrarem catequeses do santo Batismo, primeira Eucaristia e santo Crisma; além de muitos(as) estarem longe de ser um bom exemplo em suas comunidades...

- Os lamentáveis e distorcidos cursos para noivos em muitas paróquias que perderam o foco principal na espiritualidade do sacramento do Matrimônio, para ministrarem até (pasmem) orientações e detalhamentos da prática do ato sexual...

2 – A falta e o comprometimento do testemunho

- Sacerdotes, em sua grande maioria, há muitos anos deixaram de usar suas santas batinas, que eram um grandioso testemunho silencioso da fé e do amor a Deus e à Igreja. Hoje já não usam mais nem mesmo um crucifixo, quanto mais o clegerman... Andam nas ruas como se homens comuns fossem... E não o são, pois na realidade são os ungidos do Senhor! Inclusive muitos bispos e cardeais também já não usam mais suas santas batinas... Se aqueles que deveriam dar o exemplo já estão assim...

- Hoje encontramos alguns sacerdotes em barzinho, tomando cerveja, fumando, discutindo futebol... Inclusive tarde da noite... Na praia de shorts, nas ruas de bermuda e calção fazendo jogging...

- Os religiosos e religiosas em sua grande maioria eliminaram também o uso de seus santos hábitos e vestem-se como leigos... Como se isso fosse muito natural... Se não tivessem feito seus votos... até seria...

- Será que esses sacerdotes e religiosos, que não se vê mais usando o crucifixo, também não usam mais o escapulário, nem a medalha Milagrosa tão recomendada por Nossa Senhora, e que a usaram os papas? Orientar as pessoas para que as usem, isso já não acontece mais... Inclusive (pasmem) conheci um que queria criar um “museu-sacro” em uma capela, para ali colocar medalhas, escapulários, fitas coloridas com as medalhas que os devotos usam no pescoço, etc...

- Será que dez por cento dos sacerdotes atualmente ainda rezam a Liturgia das Horas, tão desejada pelos Céus? E o Terço (nem citarei o Rosário...) que percentual ainda o reza diariamente?

3 – A retirada ou o desuso dos confessionários 

    A confissão feita no confessionário, em primeiro lugar, coloca o penitente de joelhos, não para o padre, mas para Jesus. O fiel arrependido, contrito e humilhado não está em busca do perdão e da misericórdia do padre, mas a de seu Senhor (onipresente e velado), representado na figura do sacerdote. Por isso o correto espiritualmente é estarmos prostrados de joelhos, para suplicar a misericórdia do Altíssimo. Também o uso dos tradicionais confessionários favorece a situação de auto-acusação do penitente por manter este seu rosto velado, enquanto o sacerdote fica sentado de lado, apenas “alcançando-lhe” o ouvido. 

4 – A supressão dos exorcistas diocesanos

    Numa evidente crise de fé, a grande maioria dos bispos pelo mundo não nomeia mais sacerdotes exorcistas em suas dioceses. Será que não acreditam mais na existência do inferno e dos demônios? Mas está confirmado no santo Evangelho que eles existem! Estarão duvidando do Evangelho? Mas no Evangelho é o Senhor Jesus quem afirma isto em vários momentos! Já estarão eles duvidando até do próprio Deus?

5 – O desleixo na Casa do Senhor

     Infelizmente, não tem como pensar diferente, neste momento em que a Igreja do Senhor é ferida por uma terrível apostasia, assistimos um total desleixo no zelo pela Casa do Senhor, de parte da grande maioria dos bispos e sacerdotes. As pessoas ingressam na Casa de Deus vestidas escandalosamente e até seminuas, ofendendo a santidade do ambiente que abriga ninguém mais ninguém menos do que o próprio Deus, presente no Sacrário; e ninguém diz nada... Ninguém faz nada...

Por que essas pessoas, que não tem consciência de onde estão, não são orientadas e chamadas à atenção para o desatino que cometem contra Jesus Eucarístico e suas próprias almas? Por que não colocam cartazes de aviso na entrada das Catedrais, Igrejas e Capelas?

Quem perde o zelo pela sacralidade... Está perdendo a espiritualidade! Em suma: está perdendo a fé! 

C – A PERSEGUIÇÃO AS DUAS COLUNAS PROFETIZADAS 

Duas das mais hipócritas e cruéis formas de perseguir a sacralidade e a espiritualidade são a sua banalização e descaso... E isso vem ocorrendo gradualmente, para passar despercebido, nos últimos cinqüenta anos dentro da nossa Igreja, em relação à Sagrada Eucaristia e a Nossa Senhora. Essas são as colunas principais que sustentarão a autêntica Igreja Católica no momento de sua maior tribulação, perseguição e purificação (conforme foi mostrado a São João Bosco), quando de sua perseguição derradeira no Fim dos Tempos, por seus inimigos internos (os apóstatas, profanadores e cismáticos) e externos.

O ponto central da visão profética concedida a Dom Bosco mostra a Igreja Católica, representada por um navio (a Barca de Pedro) em alto mar, cercada e atacada por embarcações inimigas em um mar bravio... E ao longe as duas colunas que A sustentarão, para que não naufrague...  

“(...) Escoltando o majestoso navio plenamente equipado, há um sem-número de barcos menores, que recebem comandos daquele por sinais, reposicionando-se para defenderem-se dos ataques da frota inimiga. Bem no meio dessa imensa extensão marítima, duas poderosas colunas elevam-se, altas, a pequena distância uma da outra. No topo de uma, encontra-se a estátua da Imaculada Virgem Maria, de cujos pés pende uma enorme placa com a inscrição: AUXILIUM CHRISTIANORUM (AUXÍLIO DOS CRISTÃOS); sobre a outra, que é ainda mais alta e maior, há uma enorme Hóstia, de tamanho proporcional ao da coluna; e sob ela, outra placa, com as palavras: SALUS CREDENTIUM (SALVAÇÃO DOS FIÉIS) (...)” 

1 – Salus credentium (salvação dos fiéis) – A Sagrada Eucaristia 

Conforme estamos mostrando desde o início deste texto, a banalização profanadora, o escamoteamento e o descaso por Jesus-Eucarístico nestas últimas décadas têm causado a todos nós grandes tristezas e até indignações. No entanto, os apóstatas, ainda não contentes com todo esse descalabro, decidiram agora mover uma perseguição derradeira contra a amorosa, misericordiosa e gratuita presença do Senhor, velado sob as santas espécies, entre nós: estão retirando o vinho e o trigo da celebração da santa Missa... 

“Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado! É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo.” (Gl. 9-10)

Como este também é o tempo da grande confusão, e que antecede a um terrível cisma, precisamos ter absoluta certeza em tudo o que nos envolvemos; principalmente quando o sagrado está sendo profanado e conseqüentemente perdendo o valor como tal:

- Se em sua paróquia o padre está usando suco de uva ao invés de vinho e partículas (hóstias) sem trigo, você não estará em uma Missa, porque com absoluta certeza nesse “altar“ não ocorrerá a Transubstanciação das espécies, e, portanto, nosso, hoje, tão pouco amado e cada vez mais ultrajado Senhor não se fará presente... E você “comungará” apenas uma simples partícula! A decisão sempre será sua de participar ou não de uma farsa “em nome de Deus”, pois o livre arbítrio que o próprio Deus lhe deu nem ELE mesmo tira; no entanto, todos nós um dia responderemos por todos os nossos atos... E a quem muito foi dado...

O Catecismo de nossa Igreja foi um dos grandes legados do Santo Padre, o Papa João Paulo II, a nós, católicos do mundo inteiro; e também uma importante bússola para não perdermos o rumo no meio de tanta confusão. Importante acrescentar que esse mesmo Catecismo, que brotou do coração de nosso saudoso João de Deus, também por ele foi entregue aos cuidados do Cardeal Ratzinguer, quando da sua elaboração. Portanto, esse importantíssimo Documento papal possui o aval dos dois últimos papas. Para mim, particularmente, o aval desses dois últimos papas têm muitíssimo mais credibilidade e valor, do que a opinião de todos os atuais cardeais, bispos e padres do mundo, juntos! 

Observemos atentamente o que nos diz o Catecismo de nossa Igreja Católica no Artigo 3 (O Sacramento da Eucaristia), Capítulo III (A Eucaristia na economia da salvação):

Os sinais do pão e do vinho

Encontram-se no cerne da celebração da Eucaristia o pão e o vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Fiel à ordem do Senhor, a Igreja continua fazendo, em sua memória, até a sua volta gloriosa, o que ele fez na véspera da sua paixão: ”Tomou o pão...” “Tomou o cálice cheio de vinho...” Ao se tornarem misteriosamente o Corpo e o Sangue de Cristo, os sinais do pão e do vinho continuam a significar também a bondade da criação. Assim, no ofertório, damos graças ao Criador pelo pão e pelo vinho, fruto “do trabalho”, mas antes “fruto da terra” e “da videira”, dons do Criador. A Igreja vê neste gesto de Melquisedec rei e sacerdote, que ”trouxe pão e vinho” (Gn.14,18), uma prefiguração da sua própria oferta. (1333)  

“O primeiro anúncio da Eucaristia dividiu os discípulos, assim como o anúncio da paixão os escandalizou: Essa palavra é dura! Quem pode escutá-la? (Jo. 6,60). A Eucaristia e a cruz são pedras de tropeço. É o mesmo mistério, e ele não cessa de ser ocasião de divisão. Vós também quereis ir embora? (Jo. 6,67) Esta pergunta do Senhor ressoa através dos séculos, convite do seu amor a descobrir que só ele tem as palavras da vida eterna (Jo. 6,68), e que acolher na fé o dom da sua Eucaristia, é acolher a ele mesmo. (1336)

“O Concílio de Trento resume a fé católica ao declarar: Por ter Cristo, nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente o seu Corpo, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo Nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu sangue; esta mudança, a Igreja católica denominou-a com acerto e exatidão transubstanciação.” (1376)

“Os sinais essenciais do Sacramento Eucarístico são o pão de trigo e o vinho de uva, sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo, e o sacerdote pronuncia as palavras da consagração ditas por Jesus durante a Última ceia: Isto é o meu Corpo entregue por vós. (...) Isto é o cálice do meu Sangue (...). (1412)      

“Tu, porém, permanece firme naquilo que aprendeste e creste. Sabes de quem aprendeste. E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas tem o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz a salvação, pela fé em Jesus Cristo. Toda a Escritura  é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça.” (2Tm.3 ,14-16)  

2 – Auxilium christianorum (auxílio dos cristãos) – Nossa Senhora 

Qual será o percentual dos eclesiásticos, religiosos e leigos que ainda rezam o Rosário diariamente? As indicações mostram que esse percentual é extremamente baixo... Pelo menos o Terço? Aí aumenta consideravelmente, em relação aos leigos... Já no tocante a eclesiásticos e religiosos esse percentual continua muito baixo... Constata-se assim, nestas últimas décadas, um nítido esfriamento na devoção mariana... Principalmente, na prática da oração mariana (Rosário, Terço, Novenas, Angelus, Consagração, Cenáculos... Pasmem, existem “Grupos de oração” onde foi abolida a oração mariana... Será que isso já é orientação dos ecumenistas, para agradar os cismáticos protestantes e evangélicos?). Lamentavelmente, em todos os sentidos, esquecem todos esses que Nossa Senhora é a Mãe de Deus, Mãe da Igreja, nossa Mãe, Co-Redentora, Medianeira de Todas as Graças, Aquela que está presente do Gênesis ao Apocalipse... “Porei ódio entre ti e a Mulher, entre a tua descendência e a Dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gn. 3, 15) “Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma mulher revestida do sol, a lua debaixo de seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.” (Ap. 12, 1) Em toda a história de nossa Igreja, os papas dedicaram-Lhe dezenas de encíclicas para exortar a Sua importância para a Igreja e para a salvação dos Seus filhos; aqueles que o Senhor Jesus, em Sua santíssima agonia mortal, entregou-Lhe aos pés da Cruz, para Sua maternal condução, proteção e intercessão... Como esquecer que Nossa Senhora é uma personagem ímpar na História da Salvação? A Filha escolhida do Pai desde sempre, a Mãe do Filho Unigênito de Deus Criador e a Esposa do Espírito Santo... Pode existir alguém mais especial para a Santíssima Trindade? Impossível! Por isso busquemos também a Ela com vivo fervor, em nossas orações diárias, pois assim como Nosso Senhor Jesus Cristo é nosso intercessor junto ao Pai, Nossa Senhora é nossa intercessora junto a Seu filho amado. Nenhum ser humano tem sensibilidade e capacidade para minimamente entender e quantificar os poderosíssimos laços de amor que unem Nossa Senhora e a Santíssima Trindade...  

Estimado irmão, ao concluirmos a análise desta “foto” atual e ampliada de nossa Igreja, afirmamos com plena convicção: tudo isto que aqui foi evidenciado, não passa da ponta do iceberg... Ou seja, é apenas aquilo que nos é permitido ver, e que nos sensibiliza... Porém, imagine o quanto sofrem os Céus... Que tudo vêem... Que tudo sabem... Inclusive as mais escondidas intenções dos corações... E o que acontece nos gabinetes... Nas salas... Nos quartos...      

 Em sã consciência neste encerramento, gostaria de fazer-lhe duas perguntas:

1) Pelo estado em que a Igreja Católica hoje se encontra, acreditas que Ela ainda pode estar agradando a Deus?

2) Ela teria ainda solução por ação humana para voltar a agradar plenamente a Deus, como fazia há cinqüenta anos, ou precisará brevemente passar por uma intervenção Divina?

“Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na doutrina, este possui o Pai e o Filho." (2 Jo. 9)

Marcelo Brandão, em 17-04-2013 - www.rainhamaria.com.br

 

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