Sinal dos Tempos: Cada vez mais pessoas sofrem transtornos psicológicos


18.04.2017 -

"Estimamos que milhões de americanos têm níveis de angústia emocional que reduzem sua qualidade de vida e encurtam sua expectativa de vida"

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Um número cada vez maior de americanos sofrem de transtornos psicológicos graves, segundo um estudo publicado na segunda-feira, que também revela a incapacidade do país de enfrentar a crescente demanda de cuidados de saúde mental.

Os pesquisadores analisaram as estatísticas federais de 2006 a 2014 e concluíram que 3,4% dos americanos, mais de 8,3 milhões de pessoas, sofrem de problemas psicológicos que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) definem como sentimentos de tristeza, inquietação e irritabilidade que podem afetar o bem-estar físico.

Um estudo realizado há 10 anos indicou que 3% ou menos dos americanos sofriam de problemas mentais, lembram os autores, cujo estudo foi publicado no site da revista Psychiatric Services.

“Estimamos que milhões de americanos têm níveis de angústia emocional que reduzem sua qualidade de vida e encurtam sua expectativa de vida”, resume a autora principal do estudo, Judith Weissman, pesquisadora do Centro Médico Langone da Universidade de Nova York.

“Nosso estudo também pode ajudar a explicar porque a taxa de suicídios está em aumento, chegando a 43.000” casos por ano, acrescentou.

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Segundo uma pesquisa publicada no final de 2015 por Angus Deaton, prêmio Nobel de Economia, a taxa de mortalidade entre os americanos brancos de meia idade, que estava em declínio desde 1978, começou a aumentar há 15 anos devido ao abuso de álcool, drogas e ao suicídio, especialmente nas populações mais desfavorecidas.

O estudo publicado na segunda-feira indica que as pessoas que sofrem de angústia emocional tiveram o seu acesso a serviços de saúde mental reduzido.

Entre outros motivos, os pesquisadores citam um déficit de profissionais, um aumento dos custos que não estão cobertos pelo seguro de saúde e os efeitos da crise econômica de 2008.

Weissman ressaltou que a situação parece ter piorado apesar da aprovação, em 2008, de uma lei específica (“Mental Health Parity and Addiction Equity Act”) e do “Obamacare” (“Affordable Care Act”), em 2010, uma medida chave da presidência de Barack Obama que seu sucessor, Donald Trump, quer revogar.

Quase um em cada dez americanos (9,5%) com transtornos psicológicos graves não tinha cobertura médica para consultar um psiquiatra ou psicólogo em 2014, em comparação com 9% em 2006.

E 9,9% não contava com os meios suficientes para pagar seus medicamentos em 2014, contra 8,7% em 2006.

Mais de 35.000 lares americanos que representam mais de 200.000 pessoas de 18 a 64 anos pertencentes a todos os grupos étnicos e socioeconômicos participaram desta pesquisa anual dos CDC.

Fonte: AFP  via  Aleteia

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Lembrando o artigo publicado no site em 18.03.2011

O Prof. José Antônio Oliveira de Resende da Universidade Federal em São João D’El-Rey (MG) faz um depoimento interessante. Ele descreve alguns hábitos familiares de outrora, ainda perfumados pelo que restava de civilização cristã, e hoje desaparecidos, submersos que foram pela enxurrada do paganismo moderno.

Fala-nos das visitas que as famílias se faziam, e que constituíam costume ainda na década de 1950. Vinham impregnadas daquele prazer inocente da família católica, como resto ainda vivo da civilização cristã outrora pujante. Vamos ao texto.

* * *

Nossas casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios e vivemos sós!

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“Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho, porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.

E os donos da casa recebiam alegres a visita: ‘Vamos nos assentar, gente! Que surpresa agradável!’

A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre, e minha mãe de papo com a comadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro, casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.

Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras, que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, alguém lá da cozinha, geralmente uma das filhas, dizia: Gente, vem aqui pra dentro, que o café está na mesa.

O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite… tudo sobre a mesa.

Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança…Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam….era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade…

Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos… até que sumissem no horizonte da noite.

O tempo passou, e me formei em solidão. Para isso tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail… Cada um na sua, e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa, e as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores".

 

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