Os dois Templos: O da (seita) de Edir Macedo e o da Igreja (católica) de São João Batista posicionada no outro lado da rua


11.05.2017 -

Esses dias passei na frente do "Templo de Salomão" feito por Edir Macedo. A escala da construção é realmente monumental.

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Mas não me chamou tanta atenção o tamanho do prédio, nem a loja de souvenirs com vitrines repletas de miniaturas da arca da aliança, menorás, etc., nem mesmo a franquia do Giraffas comprada pelo "bispo" Macedo e acoplada às dependências do complexo religioso para comodidade dos fiéis e dos que passam à rua. Chamou-me mesmo a atenção foi uma Igreja de São João Batista posicionada no outro lado da rua, simetricamente alinhada com o quarteirão do Templo.

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Ao contrário de nós, Deus não fala apenas por palavras, mas por palavras e por coisas, de modo que tudo na estrutura da realidade é manifestação de um desígnio Divino, uma revelação de sua vontade e uma mostra da sua onipotente providência controlando todo o acontecer - "Até os cabelos de vossas cabeças estão todos contados" (Lc 12,7). Tendo isso em vista, aquele parelhamento não poderia ser coincidência:

- De um lado havia a imitação do grande templo, símbolo do Antigo Testamento, dos sacrifícios imperfeitos da antiga lei; do outro lado da rua havia uma Igreja dedicada ao último grande profeta da antiga Lei, João Batista, responsável por anunciar ao mundo o cordeiro verdadeiro, o sacrifício perfeito, a superioridade da Nova Aliança;

- De um lado havia um homem auto-intitulado bispo, ávido por riquezas, profeta da prosperidade material; do outro lado da rua a imagem de um João Batista vestido com peles de camelo, habitante do deserto, pobre, sujo, alimentando-se de gafanhotos e mel silvestre, desprezando o mundo, desprezando toda riqueza como um nada e elogiado pelo Cristo como o maior dos homens nascidos de mulher (Mt 11, 11);

- De um lado um homem da Nova Aliança, por autoridade que ele próprio se deu, usando os símbolos da Antiga Lei para ser aclamado pelo mundo; do outro lado um homem da antiga aliança, profeta do altíssimo por determinação divina, afastando-se do mundo para, de lá, do deserto, pregar o messias que haveria de vir.

Toda a imponência do Templo tornava-se pó apenas pela mera presença daquela Igreja de São João Batista, ali do outro lado da rua. No afã de demonstrar grandeza, o dono da Universal não percebeu que a providência lhe permitiu construir o templo naquele lugar apenas para lhe expor ao ridículo, para demonstrar a todos que quem quiser encontrá-lo pode atravessar a rua e ir ali, dez metros à frente, na casa dedicada ao homem achado digno de batizar seu Filho.

A pequena igreja de tons amarelados, aliás, elevava-se ereta, firme, encarando varonilmente a aberração do outro lado da rua, tal qual João Batista fizera várias vezes ao longo de sua vida, encarando os ímpios de seu tempo, condenando-os abertamente, envergonhando-os não apenas com discursos duros, mas com sua própria vida. O deserto, a pobreza, a humildade, a força, a autoridade, eram tão escandalosas para o tetrarca Herodes e sua corte quanto são hoje para o heresiarca da Universal e seu séquito.

Ao fim, tudo estava lá. Em duas construções, separadas por alguns metros de asfalto, no meio de um movimentado bairro da capital paulistana, Deus esculpiu um testemunho de sua vontade e os colocou à vista de todos que quiserem ver.

Como disse no início do texto, esses dias passei na frente do "Templo de Salomão" feito por Edir Macedo.

E ri dele.

Por Pedro Augusto - via Icatolica

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Lembrando o artigo do Padre Rodrigo Maria, publicado no site em 24.10.2016

A Pobreza de Cristo na Igreja de Cristo.

“Ninguém pode servir a dois senhores: ou odiará a um e amará a outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. (São Mateus 6, 24)

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Quando algum anti-clerical, assecla do comunismo, ou mesmo algum católico ao avesso ataca a Igreja acusando-a de ser rica de acumular bens, qualquer católico que tenha o mínimo de formação se apressa em defender a Santa Igreja demonstrando a insensatez destas e de semelhantes afirmações, pois afinal todo patrimônio artístico e cultural acumulado no decorrer dos séculos não é algo “negociável”, mas sim patrimônio de todos os cristãos e da humanidade.

Mas devemos distinguir entre pobreza da Igreja Cristo e a pobreza que deveriam viver os homens da Igreja de Cristo, especialmente a hierarquia e os membros de vida consagrada.

É possível defender que a Igreja de Cristo é pobre, mas verdadeiramente não é possível defender que os homens da Igreja são pobres, porque de fato boa parte da hierarquia tem um padrão de vida muito superior ao do povo simples, possuem confortos e regalias que a maior parte das pessoas sequer imaginam.

(Lembrando: Em Vitória ES, padre comprou carro de luxo e disse que é apenas para exercício da função. Fiéis fotografaram o carro do padre, avaliado em R$ 86 mil reais)

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Colocando a parte aqueles que buscam viver a simplicidade e a pobreza retratados no Santo Evangelho, torna-se muito difícil enxergar a pobreza de Cristo na vida daqueles que a Ele são consagrados. São muitos benesses na vida daqueles que decidiram deixar tudo para seguir a um mestre que não tinha “nenhum lugar onde reclinar a cabeça”. Infelizmente, muitos não consideram o fato de que nosso Deus nasceu numa manjedoura e morreu sem nada em uma cruz.

A busca, o acúmulo ou o apego aos bens da terra por parte de muitos eclesiásticos fez com que muitas pessoas perdessem a fé no céu. É preciso bater no peito e reconhecer que talvez a apostasia e o esfriamento de muitas pessoas se deve ao fato de nós padres não as termos ajudado a crer- pela nossa pobreza e simplicidade – que tudo na terra é passageiro, e que o que realmente interessa é o Céu.É paradoxal e vergonhoso olhar para a pobre gruta de Belém – bem como para as casas da maioria de nosso povo – e ao mesmo tempo para os palácios e mansões de alguns bispos e padres…

(Mansão do Arcebispo de Atlanta, nos EUA, estava avaliada em 2,2 milhões de dólares)

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Nosso coração contristado insiste em perguntar: “onde está a pobreza de Cristo? Por que carros tão caros? Por que roupas finas? Por que? Se o clero e os consagrados a Deus deixaram tudo por amor a Deus não deveriam ser pobres e simples nas coisa materiais e ricos unicamente da graça de seu senhor ?…

A verdade é que a força evangelizadora da pobreza de Cristo ainda está por ser descoberta por boa parte dos homens da Igreja. Que nossos leigos nos absolvam deste grave pecado e desta escandalosa incoerência e rezem para que o clero e os consagrados a Deus se convertam em cópias mais fiéis de Jesus que com sua extrema pobreza e simplicidade “desmontou” a lógica deste mundo e nos mostrou do que devemos ser realmente ricos.

Padre Rodrigo Maria, escravo inútil da Santíssima Virgem

Fonte: http://www.padrerodrigomaria.com.br

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Eles amam as ofertas e andam atrás do proveito próprio; não fazem justiça ao órfão, e a causa da viúva não é evocada diante deles. Voltarei contra ti a minha mão, e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirar-te-ei toda a impureza". (Isaías 1, 23)

"Pode o homem enganar o seu Deus? Por que procurais enganar-me? E ainda perguntais: Em que vos temos enganado? E vereis de novo que há uma diferença entre justo e ímpio, entre quem serve a Deus e quem não o serve". (Malaquias 3, 8)

“Porque estes tais não servem a Cristo, Nosso Senhor, mas ao próprio ventre, e com palavras melífluas e lisonjeiras seduzem os corações dos inocentes”. (Romanos 16,18)

“Ninguém pode servir a dois senhores: ou odiará a um e amará a outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. (São Mateus 6, 24)

"Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições. Mas tu, ó homem de Deus, foge desses vícios e procura com todo empenho a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão". (I Timóteo 6, 10-11)

"Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição". (I Timóteo 6, 9)

 


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