Padre Divino Antônio Lopes: O Céu não é a Pátria dos covardes, mas dos fortes, batalhadores e ousados... os moles, indolentes e preguiçosos não se salvarão. O Reino dos Céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam (Mt 11, 12)


25.09.2017 -

n/d

10 de setembro de 2013

Apresentação

Prezado leitor, “o céu é a pátria dos fortes, violentos...” por isso, leia e medite atentamente cada um dos pensamentos deste livrete que nos impulsionam na conquista da pátria celeste: “… o Reino dos Céus sofre violência, e violentos se apoderam dele” (Mt 11, 12).

Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor

 

01

Não temos aqui nesse mundo cidade permanente, somos peregrinos nesse vale de lágrimas… e durante essa peregrinação devemos lutar com garra e valentia, diariamente, para conquistarmos o céu.

02

O céu é nossa pátria eterna… para nela entrar é preciso sofrer com alegria e paciência as provações de cada dia. Sofrer sem desanimar… sem retroceder!

03

O céu é a pátria dos fortes, violentos, batalhadores e ousados… os moles, indolentes e preguiçosos não se salvarão: “… o Reino dos Céus sofre violência, e violentos se apoderam dele” (Mt 11, 12).

04

Vivemos no meio da poeira e lama nesse mundo… é impossível compreendermos a beleza e a grandeza do céu. Devemos, então, desejá-lo ardentemente e trabalhar energicamente para conquistá-lo.

05

Por que milhões de pessoas andam tristes, desesperadas e angustiadas? Certamente porque se esqueceram do céu… andam como porcos fuçando a lama do mundo.

06

Não se vá ao céu pelo caminho espaçoso dos vícios, pecados e vaidades; mas sim, pelo caminho da renúncia, desapego, sacrifício e oração… muita oração… oração contínua: “Orai sem cessar” (1 Ts 5, 17).

07

Para entrar no céu devemos caminhar com os olhos fixos em Jesus Cristo, nosso Salvador… não devemos perder tempo contemplando os prazeres passageiros desse mundo: “… corramos com perseverança para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos naquele que é o autor e realizador da fé, Jesus” (Hb 12, 1-2).

08

O céu é a nossa pátria! Para entrar nessa belíssima “mansão” vale a pena enfrentar todos os obstáculos e carregar todas as cruzes por amor a Deus. Os sofrimentos passam, mas o céu é para sempre: “Os sofrimentos do tempo presente não têm proporção com a glória que deverá se revelar em nós” (Rm 8, 18).

09

A cruz que carregamos com amor, paciência e alegria durante a nossa peregrinação nesse mundo, é a preciosa “moeda” que “compraremos” a felicidade eterna… o céu. Feliz daquele que estiver com o “baú” cheio na hora da morte: “As nossas tribulações do momento são leves e nos prepara um peso de glória eterna” (2 Cor 4, 17).

10

O céu é a pátria dos pacientes e felizes; enquanto que o inferno é a morada dos impacientes, tristes e revoltados… daqueles que desprezam a cruz. Quem “agride” a cruz será “esmagado” por ela: “Se alguém quer vir após mim… tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24).

11

O céu é o reino dos vivos… somente dos vivos… apenas dos vivos… exclusivamente dos vivos, isto é, daqueles que morrem na graça de Deus. De que adianta ter vivido muitos anos na amizade de Deus se se morre em pecado mortal? “… jamais entrará algo de impuro, e nem os que praticam abominação e mentira” (Ap 21, 27).

12

Deus nos criou para o céu, mas não nos obriga a entrar nele… milhões de pessoas preferem o inferno: “Não vos iludais! Nem os impudicos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os depravados, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os injuriosos herdarão o Reino de Deus” (1 Cor 6, 9-10).

13

Para entrar no céu é preciso perseverar no caminho da santidade até o fim… até o último suspiro. Aquele que desanimar, desistir ou retroceder, joga tudo fora e não se salvará: “Se o justo renunciar à sua justiça e fizer o mal, à imitação de todas as abominações praticadas pelo ímpio, poderá ele viver, fazendo isto? Não! Toda a justiça que praticou já não será lembrada! Antes, em virtude da infidelidade que praticou e do pecado que cometeu, morrerá” (Ez 18, 24).

14

O céu não é a pátria dos covardes, moles, preguiçosos, relaxados, pusilânimes e medrosos; mas sim, dos esforçados… dos que se violentam… daqueles que “rasgam” a vida tirando dela tudo o que desagrada a Deus.

15

O céu é a morada de Deus, nada de impuro entrará nele… é preciso, então, violentarmos continuamente enquanto estivermos nesse exílio… polindo violentamente a nossa alma, eliminando da mesma a “poeira” do pecado venial e a “lama” do pecado mortal: “O Reino dos Céus não pertence aos que dormem e vivem dando-se todos os gostos, mas aos que lutam contra si mesmos” (São Clemente de Alexandria).

16

O céu é a pátria da minoria. Quem disse isso? O próprio Jesus Cristo. Um dia alguém lhe perguntou: “Senhor, é pequeno o número dos que se salvam?” (Lc 13, 23). Ele respondeu: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita…” (Lc 13, 24). Em Mt 7, 14 diz: “Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à Vida.  E poucos são os que o encontram”. O céu não é porta de bar escancarada para todos… somente os santos ali entrarão.

17

Para se salvar não basta entrar pelo caminho estreito da renúncia, penitência e desapego, mas é preciso perseverar nele até o fim. O prêmio não é dado ao que inicia uma corrida, mas ao que chega à meta desejada: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 10, 22). Jesus Cristo não promete o céu ao preguiçoso e mole que desanima na metade do caminho.

18

O céu é uma “montanha” muito alta… altíssima… “aclivíssima”: “Quem pode subir à montanha do Senhor?” (Sl 24, 3). Somente os que pelejam, batalham, combatem, lutam, insistem, teimam e são devotos de “Santa Birra”: “Não será coroado senão aquele que pelejar legitimamente” (2 Tm 2, 5).

19

É impossível entrar no céu sem antes ter vencido os inimigos dele… não basta lutar, mas é preciso vencer. Os inimigos do céu são o mundo, o demônio e a carne: “Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e o orgulho da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo. Ora, o mundo passa com suas concupiscências; mas o que faz a vontade de Deus permanece eternamente” (1 Jo 2, 15-17).

20

O demônio nunca mais poderá se salvar… entrar no céu… jamais; então, louco, cheio de ódio e inveja, trabalha incansavelmente para nos desviar da pátria eterna. O demônio se rói de inveja porque sabe que os santos vão ocupar o lugar que ele perdeu por seu orgulho: “Eis que o vosso adversário, o diabo, vos rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar” (1 Pd 5, 8).

21

O caminho do céu é “carpetado” de cruzes. Quem foge da cruz foge de Deus… quem foge de Deus foge do céu… quem foge do céu precipita-se no fogo do inferno.

22

Um dos melhores remédios para vencer a tentação é pensar imediatamente no céu.

23

O céu é a pátria da verdadeira felicidade… felicidade eterna e perfeita: “Não haverá morte, nem choro, nem gritos, nem dor… não terão fome nem sede, nem cairá sobre eles o sol nem o calor” (Ap 21, 4; 7, 16).

24

Não percamos tempo amontoando riquezas nesse mundo, porque tudo passa… tudo acaba… tudo morre… mas entesouremos preciosos e volumosos tesouros no céu… façamos isso todos os dias: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os corroem e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os ladrões não arrombam nem roubam” (Mt 6, 19-21).

25

É grande sabedoria lutar continuamente para conquistar o céu. Lá veremos a Deus… veremos os anjos… os santos… a Santíssima Virgem… e também os nossos familiares e amigos. Jamais nos separaremos deles!

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Céu: Pátria dos fortes”

www.filhosdapaixao.org.br

 

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