Temos alguns anos para viver neste mundo e quase sempre deixamos de lado o principal. O que é essencial nesta vida? Deus, sua vida de graça, seus valores morais e espirituais, a família, os filhos, a harmonia com Deus e com o próximo


30.01.2018 - Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é este: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor; amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças. Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior do que estes não existe". (São Marcos 12, 29-31)

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Em que momento a pessoa perde a alma?

Por Padre Henry Vargas Holguín

Esta pergunta pode ter dois sentidos: não sei se o leitor pergunta pela perda ou morte da alma, da vida espiritual, ou se pergunta pelo momento da morte corporal ou biológica.

No caso da morte corporal ou biológica, o que se verifica é somente o cessar da atividade cerebral (fundamento da alma racional), causada muitas vezes pela interrupção do funcionamento dos órgãos vitais.

Em que momento exato isso acontece? Como verificar os sinais? A morte biológica é uma dissolução. E o momento de tal dissolução não é diretamente perceptível; então, a questão é identificar os sinais.

A constatação e interpretação destes sinais não compete à fé nem à moral, mas sim à ciência médica. Corresponde ao médico dar uma definição clara e precisa da morte e do momento em que ela ocorreu.

De qualquer maneira, a fé cristã afirma a persistência, para além da morte, do princípio espiritual do ser humano. A fé alimenta no cristão a esperança de "reencontrar" sua integridade pessoal (espírito, alma, corpo) transfigurada e definitivamente possuída em Cristo (cf. 1 Cor 15, 22).

No caso da morte da alma, uma coisa é certa: a única maneira pela qual se pode perder a alma é o distanciamento pleno e definitivo de Deus devido ao pecado grave ou mortal, o que se conhece como morte espiritual ou, o que é a mesma coisa, a perda da vida de Deus em nós, a perda da graça santificante.

Jesus disse: "Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida?" (Mc 8, 36-37). Com estas palavras, o Senhor nos adverte sobre o objetivo central da nossa existência: a salvação.

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O mundo e os bens materiais nunca são um fim último para o homem, nem sequer o bem temporal – que os cristãos têm a obrigação de buscar.

"O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, tal como o próprio amor. Tem como consequência a perda da caridade e a privação da graça santificante, ou seja, do estado de graça. E se não for resgatado pelo arrependimento e pelo perdão de Deus, originará a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, uma vez que a nossa liberdade tem capacidade para fazer escolhas definitivas, irreversíveis." (Catecismo da Igreja Católica, 1861)

Recordemos que "Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva" (Ez 18, 23). 

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Existe um conto interessante a propósito disso: uma mulher pobre, com seu filho pequeno no colo, passava na frente de uma caverna quando escutou uma voz misteriosa que lhe dizia lá de dentro: "Entre e pegue tudo o que você quiser, mas não se esqueça do principal. Depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça do mais importante".

A mulher entrou toda trêmula na caverna e lá encontrou muito ouro e pedras preciosas. Então, fascinada pelas joias, colocou seu filho no chão por um instante e começou a pegar, ansiosamente, tudo o que coube no seu avental.

De repente, a voz falou outra vez: "Restam-lhe apenas cinco minutos". A mulher, apressada, continuou pegando tudo o que podia. Finalmente, carregada de ouro e pedras preciosas, correu e chegou à entrada da caverna, quando a porta já estava se fechando. E então a porta se fechou.

Nesse momento, a mulher se lembrou de que seu filho havia ficado dentro da caverna. Mas a porta já estava fechada para sempre! A alegria da riqueza desapareceu imediatamente, e a angústia e o desespero a fizeram chorar amargamente.

Temos alguns anos para viver neste mundo e quase sempre deixamos de lado o principal! O que é essencial nesta vida? Deus, sua vida de graça, seus valores morais e espirituais, a família, os filhos, a harmonia com Deus e com o próximo.

É triste ver que muitos arriscam sua salvação eterna e sua própria felicidade aqui na terra por coisas que não têm valor algum. De que adianta viver somente para satisfazer todas as ambições humanas? De que adianta ter tudo e esquecer de Deus, se tudo vai acabar, se tudo vai afundar e pode levar à perda de Deus para sempre?

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Enquanto peregrinamos nesta vida, temos a esperança de recuperar a vida de Deus em nós. Cada um sabe se perdeu ou não sua vida ou alma espiritual. Se a perdeu, sabe também quando isso aconteceu. Mas é Deus, no juízo final, quem confirmará isso.

Recordemos que a vida passa rápido demais e a morte biológica chega de surpresa, inesperadamente. Quando a porta desta vida se fechar para nós, não adiantará nada lamentar-se. Pensemos nisso por um momento e não desperdicemos este convite de Deus.

Fonte: Aleteia  via  Icatolica

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Quando morre uma pessoa, o que mais ouvimos: "Este descansou, está com Deus, rezemos por ele".

Se for alguém famoso ainda dizem: "Foi para o andar de cima, o Céu esta em festa, deve estar revendo seus amigos que já partiram..."

Então, vamos lembrar do seguinte...

"Hás de morrer na hora menos pensada. Quer penses, quer não penses nisso, quer acredites, quer não acredites, morrerás e serás julgado, e te salvarás ou condenarás, conforme o bem ou o mal que houveres praticado; disso não escaparás por mais que digas ou faças. E que te aproveitará ganhar todas as riquezas e alcançar todas as honras, e dar ao corpo todos os prazeres, se vier a perder a tua alma?" (Santo Antônio Maria Claret)

São Camilo de Lélis, ao aproximar-se de alguma sepultura, fazia estas reflexões: "Se estes mortos voltassem ao mundo, que não fariam pela vida eterna?"

E eu, que disponho de tempo, que faço eu por minha alma? Este Santo pensava assim por humildade; mas tu, querido irmão, talvez com razão receies ser considerado aquela figueira sem fruto, da qual disse o Senhor: “Três anos já que venho a buscar frutas a esta figueira, e não os achei” (Lucas 13,7).

Tu, que há mais de três anos estás neste mundo, quais os frutos que tens produzido? Considera — disse São Bernardo — Que o Senhor não procura somente flores, mas quer frutos.

"Eu ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Felizes os mortos que doravante morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os seguem". (Apocalipse 14,13)

 

Veja também...

Santo Afonso de Ligório: Examina agora, meu irmão, se tens a fé, que é acompanhada de frutos de boas obras. Reflete bem, que muitos cristãos, teus semelhantes, estão agora queimando no inferno por haverem tido uma fé morta

Os Eleitos de Deus, colocados entre os Anjos e Santos, com eles se rejubilam na proporção do bem praticado na terra. Na terra, ajudavam-se uns aos outros; tal amor continua na eternidade

Santo Afonso de Ligório: Ninguém pode amar a Deus sem que tenha amor ao próximo, porquanto o amor de Deus e o do próximo nascem da mesma caridade

Porque não vemos mais religiosos ou mesmo leigos católicos, nos bairros mais humildes e pobres das cidades, oferecendo alguma ajuda as familias desamparadas e carentes?


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