Comunismo para crianças: Livro apresenta o marxismo e a luta de classes numa linguagem simples e didática, fácil para a criança aprender e colocar em prática


19.06.2018 -

Por Jurandir Dias

Fui recentemente à Livraria Cultura, em São Paulo, à procura de um livro de literatura infantil para dar a um sobrinho no dia de seu aniversário. Claro que não esperava encontrar Bécassine[i], pois meu sobrinho não sabe francês. Mas esperava encontrar algo do gênero, que preservasse a sua inocência.

Infelizmente, no setor de livros infantis havia outro tipo de literatura: aquela que se ensina nas Universidades, ou seja, O Capital de Karl Marx. O título do livro é O Capital Para Crianças de autoria dos catalães Joan Riera e Liliana Fortiny, lançado pela Editora Boitatá, selo infantil da Boitempo.

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A obra faz parte de uma série de publicações marxistas que a Editora vem fazendo para comemorar o bicentenário de Karl Marx. Consequentemente, tive que ir a outra livraria.

O livro apresenta o marxismo e a luta de classes numa linguagem simples e didática, fácil para a criança aprender e colocá-lo em prática. São diversas histórias contadas pelo vovô Carlos (alusão a Karl Marx) aos seus netinhos.

Assim, o “vovô” ensina, por exemplo, a teoria marxista da “plus valia”:

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“Frederico se espanta quando encontra no mercado um par de meias custando duas libras. Funcionário da fábrica que produz o produto, fica intrigado e quer saber o que leva aquela peça de roupa a custar tanto, já que ele ganha apenas 25 centavos para cada par de meias que produz. Um amigo lhe explica que o valor final leva em conta, além do seu trabalho, o custo do carvão, da lã, das máquinas… No entanto, Frederico continua estranhando a discrepância entre o que recebe e o que é pedido pelas meias. Pede, então, para que Rosa, uma colega bem instruída, faça as contas e lhe explique o que se passa.

“Rosa passa um domingo inteiro, seu único dia de folga, fazendo e refazendo cálculos. Ao cabo, descobre que, do preço final, 1,34 corresponde ao “mais valor” (ou mais valia), o lucro do patrão. ’Bom. Sabe o que eu acho? Que esse tal de ‘mais valor’ deveria se chamar ‘trabalho não pago ao trabalhador’. É muito injusto!”, retruca Frederico. A solução para mudar aquela realidade? Greve geral para que os empregados da fábrica negociem uma jornada de trabalho menor e salários mais altos.”

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Depois da greve: “Na fábrica, trabalhadores e trabalhadoras ficaram tão felizes com a negociação que fizeram grande festa. Eles se deram conta de que unidos poderiam conquistar muitas coisas. Frederico e Rosa decidiram viajar pelo mundo para contar esta história para operários, para que todos pudesse viver melhor.”

 “Antigamente – diz o livro – a pessoa que contratava chamava-se capataz, patrão ou amo. Hoje, costuma-se chamar empresário, chefe ou gerente. Já quem era contratado (isto é, o Frederico), antes era chamado de operário ou proletário. Hoje, costumamos chamar de trabalhador, funcionário ou empregado.”

Sobre Che Guevara, diz o livro:

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“A Revolução tinha triunfado, e agora chegava o momento mais difícil para esses homens e mulheres: reconstruir a ilha. Começaram a distribuir as tarefas (que eram um montão!) de acordo com as capacidades de cada um. Tinham tanto por fazer! E os que estavam ali sentiam a responsabilidade de dar o exemplo… Isto preocupava muito o Che: ser honesto e consequente.”

O verdadeiro Che Guevara

Sim, o sanguinário Che era “consequente”. Para matar, ele não precisava nem de provas nem de julgamento.

Num discurso na Assembleia Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1964, Che declarou: “Fuzilamentos? Sim, temos fuzilado! E vamos continuar fuzilando enquanto for necessário! Nossa luta é uma luta de morte!” Isto era dito diante dos aplausos ou da omissão daquela seleta Assembleia. Eram os burgueses que achavam graça em seu carrasco.

“Eu não preciso de provas para executar um homem”, gritou Che Guevara para um funcionário do judiciário cubano em 1959. “Eu só preciso saber que é preciso executá-lo”.

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“Segundo José Vilasuso, um cubano que na época auxiliou em julgamentos sumários presididos pelo próprio Che Guevara, estima que esse líder revolucionário tenha sido responsável por mais de 400 sentenças de morte apenas nos primeiros meses em que comandava a prisão de La Cabaña, Cuba. O padre Iaki de Aspiazu, que atendia as confissões e dava extrema-unção, disse que aquele guerrilheiro, pessoalmente, executou mais de 700 pessoas por fuzilamento. Já o jornalista cubano Luis Ortega, que o conheceu ainda em 1954, escreveu em seu livro “Yo Soy El Che!” que o número real de pessoas que Guevara fuzilou pessoalmente, ou mandou que o fizessem, é de 1.892.”[ii]

“Mas… Como era ser livre nesta ilha tão pequenininha?” – pergunta-se no livro.

“Hmmm, essa é a pergunta certa! Deixa eu te contar. Você imagina um país onde não existem crianças que tenham que viver na rua? Assim é Cuba depois da Revolução! Por isso, eles não gostam de países onde há muita desigualdade (ricos muito ricos e pobres muito pobres).

Nesta ilha pequena e humilde, ninguém passa fome; o que ele têm (seja muito ou pouquinho) é dividido em partes iguais. Mas também foi erradicada a desnutrição infantil e o analfabetismo…”

Realmente é uma boa pergunta: como é ser livre em Cuba?

Essa ilha utópica só existe nos livros de literatura comunista. Na Cuba real, entretanto, a situação é bem diferente: após 59 anos de ditadura comunista ela se tornou um país paupérrimo. Mais de um milhão de pessoas (cerca de 10% da população) se lançaram ao mar, arriscando a própria vida em frágeis embarcações para escapar desse “paraíso” alardeado pela mídia esquerdista. Este fato por si é suficiente para ter-se uma ideia das condições em que vive a população daquela ilha-prisão, onde, segundo o livro O Capital Para Crianças, “ninguém passa forme”.

Como explicar também as deserções de atletas, em viagens para jogos em outros países, e de médicos que vêm para o Brasil para trabalhar no programa “Mais Médicos” do governo brasileiro e da Venezuela? Conforme artigo publicado pela “Agência Boa Imprensa”, “em 2012 havia cinco mil profissionais da saúde refugiados nos EUA, mas o número disparou em 2013, atingindo oito mil, 98% dos quais fugiram da Venezuela porque as condições estão cada vez piores nesse país”, informou o Dr. Julio César Alfonso, presidente de Solidariedade sem Fronteiras (SSF), ONG com sede em Miami que auxilia os médicos cubanos que fogem dos despóticos planos sociais que Havana vende como “economia de serviços” no mundo todo.

Na verdade, o comunismo não ama os pobres, mas a pobreza. É isto que ele criou em todos os países onde se instalou.

*       *       *

Como se já não bastasse a famigerada ideologia de gênero imposta goela abaixo para as nossas crianças em algumas escolas brasileiras, agora querem ensinar-lhes a doutrina comunista. O comunismo odeia a inocência das crianças, por isso quer destruí-la de todas as formas.

Nosso Senhor Jesus Cristo sempre demonstrou o seu amor pelas crianças; várias vezes Ele se referiu a elas com fortes increpações contra aqueles que querem destruir a inocência delas: “Melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequeninos.” (Lucas 17: 2). E ainda no Evangelho de São Marcos 10: 14, diz: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas”.

[i] Bécassine é uma tira de quadrinhos francesa, que teve sua primeira edição em 2 de fevereiro de 1905.

Visto em: ipco.org.br  via  www.rainhamaria.com.br

 

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