Hoje, 14 de agosto, é dia de São Maximiliano Kolbe, polonês e sacerdote católico franciscano, que se ofereceu para morrer pelas mãos dos nazistas no lugar de um pai de família, durante a Segunda Guerra Mundial


14.08.2020 -

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Hoje, 14 de agosto, é dia de São Maximiliano Kolbe, polonês e sacerdote católico franciscano que se ofereceu para morrer pelas mãos dos nazistas no lugar de um pai de família, durante a Segunda Guerra Mundial. A vida do padre Kolbe ganhou espaço no noticiário recentemente por causa da visita do Papa Francisco ao campo de concentração de Auschwitz, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude na Polônia.

No dia em que é celebrada a sua memória, destacamos cinco aspectos de sua trajetória que são verdadeiras lições para consagrados, religiosos e sacerdotes que, como ele, responderam ao chamado de dedicarem-se mais intensamente ao serviço de Deus. Não que o santo seja exemplo somente para estes, pois ele viveu o Evangelho, receita de felicidade e verdadeira liberdade para todos os filhos de Deus. Mas o mistério de amor e doação que envolveu o seu martírio fala vigorosamente a essas pessoas.

As Cinco lições de São Maximiliano Kolbe

1 – Vida de oração
Padre Kolbe fundou em 1917 a Milícia da Imaculada, associação pública de fiéis cristãos, destinada ao apostolado católico e mariano. O ideal era “Conquistar o mundo inteiro a Cristo através da Imaculada”, utilizando principalmente os meios de comunicação. Ele passou a publicar mensalmente uma revista que logo alcançou números impressionantes de tiragem e distribuição. Em 1927, fundou a comunidade Niepokalanów, a “Cidade da Imaculada”, que em pouco tempo cresceu bastante e atraía muitas vocações. Para tudo isso, padre Kolbe tinha uma resposta: o progresso interior era o que importava, e este progresso vinha da união com Deus, da vida de oração. Isso era o mais importante. “Em que consiste o verdadeiro progresso de Niepokalanów? No fundo, Niepokalanów são as nossas almas. Tudo o mais, inclusive a ciência, é secundário. O progresso ou é espiritual ou não é progresso”, afirmou o santo.

2 – Fidelidade ao carisma
Como frade menor, São Maximiliano seguiu a fonte do ideal de São Francisco. Quando o ministro geral da Ordem visitou Niepokalanów em 1936, admirou-se e afirmou: “O verdadeiro espírito franciscano, uma fervente devoção através da Imaculada, muito zelo a pobreza e a extrema simplicidade. Entre os confrades havia um intenso espírito de caridade. Reinava uma imensa harmonia, e sobre eles se percebia uma alegria serena e franciscana.”

3 – Abertura de coração a todas as pessoas
Em 1941, frei Kolbe foi preso pela polícia secreta alemã e enviado para o campo de concentração de Auschwitz, onde esteve por 77 dias. Sua bondade e abertura de coração, fruto da paz interior, atraía e consolava os prisioneiros. “Era tranquilo, um homem onde resplandecia a bondade, um verdadeiro amigo. A coisa mais interessante era perceber o quanto era bom”, contou Micherdzirski (Miguel), sobrevivente de Auschwitz que o conheceu na prisão.

4 – Renúncia de si em favor do próximo
O consagrado deve ser o primeiro a ofertar a própria vida pelo próximo, como Jesus. Em julho de 1941, um dos prisioneiros conseguiu escapar. Como punição, os nazistas escolheram 10 homens para morrer de fome e sede. Um dos escolhidos, Franciszek Gajownickek, murmurou: “Minha pobre mulher e meus filhos que não os volto a ver!”. São Maximiliano se ofereceu para morrer no lugar desse pai de família. Quando o soldado nazista perguntou quem era ele, respondeu serenamente: “Sou polonês, sacerdote católico. Quero morrer no lugar desse homem porque ele tem mulher e filhos”. Dessa forma, ele também, sendo um consagrado, exaltava o valor do sacramento do matrimônio e da paternidade. “Padre Kolbe morreu para salvar um único prisioneiro, mas naquele dia ele trouxe a Auchwitz a esperança e o amor”, destacou o senhor Borgowiec, outro sobrevivente do campo de concentração.

5 – Devoção à Virgem Maria
“A Imaculada fez com Padre Kolbe tudo aquilo que desejava, fez dele um grande dom. Humanamente era difícil entender aquele ato, aquele momento marcou a história de Auschwtiz, a história de cada prisioneiro”, afirmou ainda Borgowiec, referindo-se ao martírio do sacerdote franciscano.

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A devoção a Nossa Senhora, a quem São Maximiliano tinha confiado a sua vida, fez com que ele cumprisse a vontade de Deus, se configurasse ao Cristo e se tornasse santo. “Ele trouxe a cada um de nós a dignidade e a vontade de viver”, completou o ex-prisioneiro em seu testemunho. Que cada consagrado descubra em Maria o caminho seguro para o Céu, o único lugar pelo qual vale a pena lutar para se chegar um dia.

Fonte: Comunidade Shalon

 

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