China, Rússia e Ásia Central se reúnem para fazer uma aliança antiocidental


15.08.2007 - Os dirigentes da China, Rússia e da Ásia Central se reúnem nesta quinta-feira na cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCS), em Bishekek (Quirguistão), com o objetivo fazer frente à influência dos Estados Unidos na região, e depois acompanharão exercícios militares conjuntos no território russo.

Os presidentes da China, Hu Jintao, e da Rússia, Vladimir Putin, se unirão com os líderes do Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, para o encontro anual da OCS, uma entidade criada em 2001 para combater o terrorismo e o separatismo.

Segundo o embaixador da china em Moscou, Liu Guchang, serão abordadas questões de "boa vizinhança, amizade e de cooperação".

Também se espera a presença do presidente do Turcomenistão, país conhecido por seus recursos de gás e que não faz parte da OCS.

Os seis países membros negam terem formado uma aliança uma aliança antiocidental, ainda que muitos analistas considerem que a OCS foi criada para exercer um contrapeso à expansão norte-americana na região.

Apesar da Organização dispor de poucos recursos financeiros, na semana passada realizou manobras militares consideráveis na China e pensa em repetir o ato nos Urais russos, na sexta-feira, diante dos líderes da OCS.

É a primeira vez que todos os países da OCS participam destes exercícios denominados "Missão de Paz 2007", para os quais foram mobilizados cerca de 6.500 soldados, na maioria russos e chineses, e 36 aviões militares.

Segundo fontes militares citadas no jornal Kommersant, estas manobras antiterroristas usam como cenário a violenta repressão da rebelião anti-governamental de 2005 em Andijon (Uzbequistão).

Os críticos da OCS descrevem essa organização como um clube que vê pouca diferença entre terrorismo e repressão á distúrbios populares.

Vários especialistas estão convencidos de que o objetivo da OCS é fazer frente à influência crescente dos Estados Unidos e da Aliança Atlântica na Ásia Central, desde os atentados de 11 de setembro.

"Em grande parte é uma vontade de criar uma alternativa aos planos norte-americanos de dominação", analisa o professor de ciências políticas Alexandre Kniazev.

O Pentágono se viu obrigado a retirar sua base militar do Uzbequistão, em 2005, após ter criticado a repressão em Andijon.

O Quirguistão, por sua parte, pressiona os Estados Unidos para que aumente a cota que paga por ter uma base militar em seu território, enquanto a Rússia espera aumentar seus efetivos estabelecidos no Quirguistão.

Em contrapartida, os partidários da OCS confiam que a entidade pode ajudar a manter a estabilidade nesta região estratégica.

Fonte: Terra notícias

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"Ouvireis falar de guerras e de rumores de guerra. Atenção: que isso não vos perturbe, porque é preciso que isso aconteça. Mas ainda não será o fim". (Mt 24,6)

"Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição, como as dores à mulher grávida. E não escaparão". (1Ts 5,3)

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Lembrando...

Risco nuclear faz avançar o Relógio do Apocalipse

15.01.2007 - O Relógio do Apocalipse, barômetro do Boletim de Cientistas Atômicos, que simboliza a iminência de um ataque nuclear, deverá avançar nesta quarta-feira. A decisão reflete o agravamento da ameaça nuclear, informou um grupo de eminentes cientistas em um comunicado.

O relógio marca atualmente sete minutos para a meia-noite, hora simbólica de uma catástrofe mundial. Esta será a primeira alteração no relógio desde fevereiro de 2002, informou Kennette Benedict, diretora do grupo científico, informando que a decisão "se apoiou em um agravamento da ameaça nuclear e daquelas vinculadas ao aquecimento climático".

A cientista não informou em quantos minutos será adiantado o ponteiro do relógio, criado em 1947 por cientistas de Chicago, que participaram do projeto Manhattan para simbolizar os riscos que as armas nucleares significam para a humanidade. O projeto Manhattan deu origem à bomba atômica, lançada pela primeira vez sobre Hiroshima, no Japão, em 6 de agosto de 1945.

"Este último movimento traduz as inquietações crescentes de uma segunda era atômica devido às graves ameaças causadas pelas ambições nucleares do Irã e da Coréia do Norte, dos materiais nucleares não protegidos na Rússia e em outros lugares, bem como as armas nucleares deslocadas todos os dias nos Estados Unidos e na Rússia", explicou o comunicado.

Fonte: Terra notícias



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