Um terço das espécies de peixes da Europa está ameaçada


01.11.2007 - Um terço do total das espécies de peixes da Europa está sob ameaça de extinção, apontou um estudo publicado no livro Handbook of European Freshwater Fishes (Guia dos Peixes de Água Doce da Europa). O trabalho, realizado em parceria com a organização ambiental internacional World Conservation Union (IUCN) indica que 200 das 522 espécies de peixes de água doce do continente (38%) podem desaparecer, e afirma que 12 já estão extintas.

De acordo com uma "lista vermelha" elaborada pela Conservation Union, os peixes europeus estão muito mais ameaçados do que outras espécies, como aves e mamíferos.

A pesquisa aponta que o desenvolvimento econômico e o crescimento da população européia nos últimos 100 anos são as principais ameaças às espécies. As secas de lagos e rios, que têm sido freqüentes durante os meses de verão por causa do aquecimento global, já levaram à extinção de algumas espécies migratórias, aponta o estudo.

"Com 200 espécies ameaçadas de extinção, precisamos agir agora para evitar uma tragédia", afirmou William Darwall, do Programa de Espécies do World Conservation Union.

"Estas espécies são parte importante da nossa herança e importantes para o equilíbrio do ecossistema, do qual dependemos", acrescentou Darwall. "Muitas destas espécies podem ser salvas por meio de medidas relativamente simples." Além de informações sobre peixes de água doce, o guia apresenta também dados sobre 24 espécies marinhas que são encontradas em água doce. Entre as espécies mais ameaçadas estão a enguia européia (espécie anguilla anguilla) e o góbio (gobio delyamurei).

A espécie de peixe coregonus oxyrunchus não é mais observada no continente desde 1940 e acredita-se que já está extinta. O peixe era comum na bacia sul do Mar do Norte, mas desapareceu. Não se sabe a causa exata da extinção, mas biólogos acreditam que poluição e destruição do habitat foram alguns dos fatores.

Fonte: Terra notícias

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Nota do Portal Anjo, www.portalanjo.com

Diz na Sagrada Escritura:

"Por isso, a terra está de luto e todos os seus habitantes perecem; os animais selvagens, as aves do céu, e até mesmo os peixes do mar desaparecem". (Os 4,3)

"O segundo derramou a sua taça sobre o mar. Este tornou-se sangue, como o de um morto, e pereceu todo ser que estava no mar". (Ap 16,3)

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Lembrando...

Em 50 anos, não haverá mais peixes nos mares, diz estudo

03.11.2006 - Um estudo divulgado nesta quinta-feira indica que não haverá praticamente mais nada para pescar nos oceanos até o ano de 2048, caso a atual taxa de mortalidade das espécies marinhas continue do jeito que está hoje.

De acordo com o levantamento, feito por uma equipe internacional de cientistas e publicado na revista científica Science, os estoques de pesca já caíram em cerca de 33% e a taxa de eliminação da biodiversidade marinha continua aumentando, segundo a BBC.

No entanto, os cientistas acreditam que ainda é possível reverter a previsão, caso sejam ampliadas as áreas de proteção.

"Nós exploramos os oceanos esperando e supondo que haverá sempre uma nova espécie para ser explorada depois que acabarmos completamente com a última", disse o cientista Boris Worm, da Universidade Dalhousie, do Canadá, que coordenou a pesquisa.
"O que estamos ressaltando aqui é que a quantidade de peixes nos mares é finita; nós já passamos por um terço, e vamos passar pelo resto".

Alerta

Outro cientista envolvido no projeto, Steve Palumbi, da Universidade de Stanford, também faz o seu alerta: "se nós não mudarmos fundamentalmente a forma como administramos o conjunto das espécies marítimas, este século será o último século com frutos do mar na natureza".
O estudo, do qual participaram cientistas de diversas instituições da Europa e das Américas, foi feito com base na análise dos índices de pesca em alto-mar, da pesca praticada em determinadas regiões costeiras e de experimentos feitos em ecossistemas pequenos e em outros onde a pesca é restrita ou protegida.

De acordo com o levantamento, em 2003, 29% das instalações pesqueiras em alto-mar estavam em estado de colapso, o que significa que a sua produção havia caído para menos de 10% do original.
Nem mesmo embarcações maiores, redes mais eficazes e novas tecnologias para encontrar peixes conseguiram aumentar o volume de pescados. Na realidade, houve uma queda de 13% no total pescado no mundo entre 1994 e 2003.

Registros históricos da pesca praticada em áreas costeiras da América do Norte, Europa e Austrália também revelam um declínio não só na quantidade de peixes, como em outros tipos de organismos marinhos.
O estudo também alerta que a tendência é que a perda da biodiversidade cause mais fechamentos de praias, inundações e disseminação de algas potencialmente nocivas.

Experimentos feitos em ecossistemas relativamente pequenos mostram que a redução da biodiversidade tende a gerar uma diminuição no tamanho e na qualidade dos estoques locais. Isso sugere que a perda de biodiversidade está por trás do declínio em estoques pesqueiros observado em estudos maiores.
Ao analisar áreas em que a pesca foi banida ou severamente restrita, os observadores concluíram que a proteção pode recuperar a biodiversidade naquela área e restaurar populações de peixes.
"A imagem que eu uso para explicar por que a biodiversidade é tão importante é que a vida marinha é como um castelo de cartas", disse Worm. "Todas as partes são integrantes da estrutura; quando você remove partes, particularmente na base, prejudica tudo que está no topo e ameaça a estrutura inteira."

Danos cumulativos
Segundo Worm, as espécies marinhas estão fortemente vinculadas umas às outras, "provavelmente mais do que na terra".
Em vez de atribuir os danos a uma atividade particular, como a pesca excessiva, a poluição ou a perda de hábitats, o estudo destaca os danos cumulativos dessas atividades.

Uma conclusão-chave, no entanto, é a necessidade de proteger mais áreas oceânicas.
Mas o diretor do programa marinho global, Carl Gustaf Lundin, diz que a extensão da proteção dos oceanos não é a única questão para conter a queda dos estoques.
"Você também tem de ter uma boa administração dos parques marinhos e boa administração das pesqueiras. Claramente, a pesca não deveria destruir o ecossistema. A pesca com rede de arrasto (que leva tudo que está no fundo do mar) é um bom exemplo de algo que destrói o ecossistema."

O especialista também defende a proteção da biodiversidade como forma de reverter o processo, mas Boris Worm, um dos autores do estudo, se diz cético quanto à vontade política para tomar medidas como estabelecer limites para a pesca.
Worm cita o caso da região de Grand Banks, no leste do Canadá, onde os estoques de bacalhau se esgotaram.
"Você tem consenso científico e nada acontece. É um exemplo triste; e o que aconteceu no Canadá deveria ser um aviso porque agora entrou em colapso e não volta".

Da mesma forma, diz o pesquisador, os alertas para disciplinar a pesca de bacalhau no Mar do Norte estão sendo ignorados.

Fonte: Terra notícias


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