Retrato daquilo que a educação moderna faz às nossas crianças


07.12.2007 - A criancinha quer um Playstation. A gente dá. Queridinha!... E o pai pensa: - Eu não tinha isso quando pequeno e quero dar aos meus filhos tudo o que não tive. Papai coruja!

A criancinha quer estrangular o gatinho e a gente deixa. Que gracinha!... Depois mais tarde ela vai querer fazer a mesma coisa com os coleguinhas... E com os paizinhos!...

A criancinha, outra, tem uma mãe sem tempo para ela, e um pai menos ainda. Aí eles arrumam um cachorrinho pra criança, que passa a trocar o amor de mãe pelo amor do cão. E o pai que não tem tempo fica feliz quando o filho ama o bicho, não percebendo que muitas vezes ele é um pai lixo. E a mãe o que é? Será que mãe é?

A criancinha berra porque não quer comer sopa e a mãe troca por chocolates. E pensam: - Quando eu era pequeno minha mãe me dava uns tapas... Ou me deixava sem comer! E eu não quero que meu filho sofra o que eu sofri!

A criancinha quer bife e batatas fritas, hamburgers, pizzas, coca cola em litros porque os coleguinhas da turma também comem isso... Depois ela incha feito um balão e os pais precisam procurar o nutricionista e o psicólogo. E fisioterapeuta!

A criancinha desata num berreiro no restaurante, e a mãe faz de conta que criança é assim mesmo, e quem estiver incomodado que se retire. No fim ela baterá os pés na frente dos estranhos, mostrará a língua aos pais, e fará deles uns bonécos. Quando deviam é dar-lhe, na hora, uns petelécos!

Agora a criancinha – filha de pais sem tempo – vai para os infantários e mais tarde para os centros de tempos livres depois da escola (para não andar na rua). E os pais ficam contentes, tão contentes que depois de saírem dos empregos ainda vão para o café conversar com amigos… e esquecem de ir buscar a criancinha, que fica entregue a estranhos até à hora de fechar. Os seus olhos vêem com tristeza, cada coleguinha que sai na companhia de sua mãe.

A criancinha agora começa a não ter mais tempo de ser criança. Começam a exigir dela os cursinhos, as academias, os cursos de línguas, os esportes competitivos. Porque ela tem que ser tudo aquilo que o pai ou a mãe não conseguiram ser na vida. Investimento no futuro dele... e os pais continuam felizes… pensando que estão a fazer muito pelo seu filho, dentro dos conceitos modernos. E fazem da vida de alguns um inferno!

Manter a criancianha exige mais dinheiro. E também agora precisam de trabalhar mais…ou acabam por se encher de dívidas, porque o dinheiro não chega para tantas coisas… E o tempo para passar com a criancinha acaba por ser ainda menor, dividido entre o trabalho e o cansaço. Mas não faz mal! A criancinha tem amiguinhos, ou tem o cachorrinho e passa o tempo com eles… E com os amiguinhos aprende muitas coisas… nem os pais imaginam quantas! E quantas coisas que nunca deveriam ver, nem aprender... Desliga a TV, diz a moderna psicologia! Que satanás não contraria!

A criancinha cresce, mas na Igreja não aparece. Porque o pai também não vai! Mas tem que ter uma religião, porque ser ateu pega mal! Tudo pelo social! Então a levam para a catequese. Na marra! E ali ela dorme de tédio porque em casa a mãe nem lhe ensinou ainda fazer o sinal da cruz. Nunca lhe falou do amor de Jesus! Acaso uma criança a quem se dá tudo, sente que precisa de Deus? Ela sempre odiará a Missa, porque foi dormir já de madrugada, pois ficou no MSN e está cansada. Eis aí o começo de um cristão de fachada. Ou um católico de nada! Filho de pais nada!

A criancinha, noutra família, é mais liberal. E o pai diz: acho que devemos deixar ele crescer para escolher a religião que quer seguir. E a tal criancinha então jamais irá achar a religião correta, porque sempre foi deixada agir tortamente. Nunca poderá encontrar o que não tem, nem colher o que não lhe foi semeado. O máximo que ela encontrará para estacionar é um seita, onde Deus não está. Pobres pais dementes, quantas contas terão de dar a Deus! Certamente!

A criancinha vai no cursinho, mas em troca quer camisas da “adidas” e tênis da “nike”, porque todas as criancinhas devem usar isso hoje – tem que ser o mais caro que há do mercado - senão se envergonham de si mesmas. Mal sabem eles que deste momento em diante elas já estão se envergonhando também dos seus pais. E cada dia irão exigir mais e mais! Pobres pais! Pais? Onde? Me responde!

A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde e a gente deixa, porque ela precisa aprender a selecionar os programas. Ai passam o comando da TV a ela, e ela passa a comandar também os pais. Para evitar algumas brigas, quando a mãe quer ver a novela e a criancinha quer ver outro programa, colocam-lhe a televisão no quarto, porque assim já toda a família fica descansada. (Mas podem estes pais ficar descansados?) A criancinha vai assitir exatamente ao que os pais não aprovam! E assiste até de madrugada, porque já se manda! Daí não quer levantar para ir a escola! E porque não dormiu o suficiente, aprende mal.

Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projeto de homem ou vaga idéia de mulher. Falo ainda em projeto, porque na verdade se trata de uma já planta estragada... Vamos adiante...

A criancinha vai para a escola, e lá briga com os coleguinhas. Então a gente sempre defende ela diante dos outros, e nunca aceita que ela seja culpada. Bem, assim os pais cumprem a primeira regra do criminoso: se queres fazer de teu filho um bandido, dá tudo o que ele quer, nunca acredites que ele é culpado, e bate em quem disser o contrário.

A criancinha cresce a ver todas as suas vontades satisfeitas, e nesta altura já comanda os destinos do lar. É exigente, mandona, preguiçosa, e vive reclamando que nada está bom. E o pai e a mãe baixam a cabeça, porque não querem confusão. O pai, de calção, vai para o jornal e a mãe para a novela da televisão. E a criancinha passa por eles de nariz empinado. Classifica-os de antiquados… ignorantes… quadrados… e coisas assim. Quando não pióres!

Então a criancinha vai ter com os amiguinhos que sabem mais e aconselham melhor, principalmente os mais velhos e mais experientes… Aí começa ela própria a fazer experiências que não conta a ninguém. Mas se ainda anda na catequese, (por hábito, para fazer a vontade à avó ou porque tem lá alguns amigos), também vai a Comunhão, porque “isto não faz mal e ninguém tem nada com a vida dela”. É o que responde se alguém lhe diz que se deve confessar primeiro. E assim começam os sacrilégios.
É então que a criancinha, já mais crescida, e mais ousada, começa a pedir mesada. Aí gente dá mesada mensal, depois semanal, depois diária… E no fim ela está gastando já metade do orçamento doméstico, em bares, bugigangas e quinquilharias. Ou então com tatuagens piercings e outros modismos horrendos e deploráveis. Então pintam a figura do diabo em seu corpo, e o diabo pinta o sete com a alma eles. Tudo normal! Afinal, todo mundo usa... E abusa... E se lambusa!

A criancinha é meninhinha, e desde pequena é bonitinha. Então a mãe corujinha começa por vesti-la com saias bem curtinhas. Desde pequena a menininha é preparada para seduzir, para atrair, e para trair, e não pra ser mulher de honra e devalor, que nada! Que horror! Quem usa saia longa e calça larga é uma mulher quadrada. Menininha moderna tem usar calça apertada, tem que andar de perna arreganhada, tem que mostrar meio seio para a homarada, senão fica titia, e encalhada. E a pobre alma começa a ser manchada! E a mãe corujinha acha que com isso não tem nada! Que mãe de fachada!

A criancinha é menininho, e o pai, gordo e borracho, quer fazer do filho um macho. E macho tem é que fazer macheza, e safadeza, tem que bater nos outros com certeza, e lhe ensinam a jamais ficar por baixo. Nunca ser capacho! E a criancinha vira petulante, ergue o rompante.. Ou então se não consegue dar conta do recado, vira efeminado... E vai sofrer pela vida afora, feito um condenado! Quem é o culpado?

A criancinha já estuda. Como ela é meio preguiçosa, a gente dá presentes e prêmios a ela, para que alcance média escolar. Mais adiante ela exigirá roupa da moda e carrro do ano, enquanto vive de noitadas, festas, bebidas, sexo... e nem por isso passa de ano. E assim vai, anoa a nao! E os pais vão empurrando com a barriga, para ver se ela se ajeita na vida. Puxou ao pai, dizem... Que foi criado no mesmo tipo de escola… Escola? Ou coisa pra criar gente ruim da bola?

A criancinha, entregue aos seus desejos tirânicos, sem referência, sem limites, inicia um processo de independência, independente dos pais. Ai, ai! Suja e não limpa, estraga e não mais arruma, tranca-se no quarto diante do computador e ali espera que lhe coloquem a comida na boca. Comos e fosse um doutor! E mãe aceita isso, que horror! E então a mãe pensa que ele está estudando, e ele está sim... Se deliciando em videos de pornografia, e em papos furados no MSN mania. E assim é todo o dia! E a criancinha aprende a ficar vadia, e vazia!

A criancinha agora está cheia de direitos. Deve estudar para “ser alguém na vida”. E quem estuda não deve trabalhar, isso está no “estatuto da criança”, e cadeia para o pai que dá pequenas tarefas aos filhos, para a mãe que lhe manda arrumar a cama, limpar os tênis... E aí a menina cresce pensando que a escrava da mãe é que lhe deve lavar as calcinhas. E assim também faz a filha da vizinha! E assim todas as amiguinhas! Que ao invez de brincarem de bonequinha, estão aprendendo a beijar e a ficar... Quando deviam é apanhar!

E o menino que se acha um grande diz: a mãe que se dane! Tenho mãe? Mãe só serve pra proibir e reclamar... Só sabe fazer cara zangada… Um saco os meus pais! E volta para junto dos amiguinhos que são mais divertidos. E se divertem juntos aprendendo como serem jovens atrevidos! E pervertidos!

A criancinha chegou ao colégio, e continua sua escalada. Agride os professores e faz pouco caso deles, por qualquer coisa vai à diretoria se queixar dos professores, tumultua a classe, não faz a tarefas diárias e quer ganhar tudo no grito. Como faz em casa! Em casa a mãe pede, grita, mas fica por isso mesmo, porque “este menino não tem jeito”. E a mãe vai lá na escola tirar satisfação do professor, xingar da diretora, porque não quer que ralhem com o seu filho e muito menos que seja castigado, porque pode ficar traumatizado e “não educou seu filho para coisas tais”... Educou? Acho que esta mãe caducou!

A criancinha, menininho, ainda não está completo: Responde a torto e a direito, manda a mãe calar a boca, emburra quando o pai a enfrenta, faz pouco caso dos tios e dos avós e não aceita que a contradigam em nada. Bem, está quase pronto o protótipo do futuro vadio, que vai chegar aos 30 anos, em casa, sem emprego, e sem brio, porque basta gritar alto e ganha tudo. A mãe lhe dá tudo, sem um pio!

A criancinha agora já se acha adulta, e aprende que “ficar” é bom. Bom, ficar com apenas 10 anos, a cada vez menos. E começam a se beijar e se acariciar desde o primeiro dia, é assim que ensina a moderna psicologia: é proibido probir! E quando a professora de psicologia manda os meninos de 5ª Série irem ao banheiro se masturbar, os outros irão achar que é um boa. O pai ficará orgulhoso do filho que “já é homem”, e a mãe irá começar a colocar camisinhas na bolsinha da filhinha, “por causa da AIDS”... Não por causa da futura barriguinha... Que cresceu porque falhou... a camisinha! E é por isso que no Brasil temos aí umas 700 mil criancinhas... já mamãezinhas...

A criancinha, neste estágio chega o tempo de provar de tudo e provar-se. Mesmo entre os mais abonados é comum os que roubam sem precisar, logram os outros, penduram as contas na lanchonete e fogem sem pagar... Bem só falta agora provar as drogas, porque o cigarro já vem de um tempo. E da maconha ao crak é um passo. E dali para a cadeia outro! E sem estardalhaço! E a vida da família se foi para o espaço!

A criancinha então se viciou, porque os pais não foram ver em que companhias más ela andava. Não ligavam nada quando ela saia, nem quando ela voltava de madrugada. Se voltava! E ao pai nem sabia! Então ela começa a ultrapassar a mesada na compra de drogas, bebidas, e começa a roubar coisas de dentro de casa para sustentar o vício. E o Pai pergunta: onde é que eu errei meu Deus? Ou diz assim: Deus, porque tu permites isso comigo? Um não mereço este castigo! Não meu amigo?

A criancinha, finalmente conseguiu se formar na universidade, mesmo que aos trancos e barrancos. Algumas nem o chegam a conseguir e vão moendo anos e dinheiro, enquanto gastam o tempo em faltas às aulas, que substituem por passeatas e noitadas. Aí, quando chega a hora do emprego, ela diz que isso tá difícil, que o mercado não tem vagas. E fica em casa deitada durante o dia, coitada, descansando... Para a próxima noitada. Ou esperando que o emprego caia do Céu? Às vezes lhe arrumam um concurso público, e ela consegue uma mamata de “assessor”... Meu filho está colocado na vida, diz o pai justificado! Mas este menininho, acostumado a tão “boa vida” ficará muito tempo no empreguinho se lhe exigem trabalho e competência, onde é preciso dar duro e conviver com as ambições dos outros?...

Bem, esta é a psicologia da educação, dos educadores que fazem congressos, para estudar como nós pais devemos educar as criancinhas. E lá decidem que o pai que bater numa criança deve ir para a cadeia. Que a mãe que proibe os filhos de ir a todas as festas deve ser enquadrada, e que é mãe quadrada. E a quadrada da mãe achará mesmo que está fora do esquadro! E até sentirá remorsos se algum dia tentou enquadrar o filho. Filho? Ou uma criatura mal acabada? Um nada?

Este é então o quadro que contemplamos pelas nossas ruas, o quadro que as famílias escondem, mais ou menos envergonhadas ou desesperadas, porque afinal, aos 30 anos a criancinha ainda é criancinha, em tudo dependente dos papais, sem futuro à vista, a não ser que enverede pelo futuro da vida criminosa, para conseguir sobreviver quando ficar sem pais que a sustentem.

Esta é a educação que de educação apenas tem o nome, a educação que torna as nossas crianças uns futuros inúteis, e no presente uns pobres órfãos de pais vivos!... E de seus filhos cativos!

Educação que não leva para Deus, é uma educação sem Deus. Educação que não visa transformar as crianças em jovens responsáveis, as meninas em esposas dedicadas e os jovens rapazes em homens de fibra, pais de família, honestos e trabalhadores, é uma educação baseada na doutrina de satanás.

E parabéns aos pais e mães de fé, de fibra, de coragem, que não permitem que seus filhos se tornem nestes moleques irresponsáveis de hoje, e os deixam seguir na escola da Xuxa e da novela Malhação.

Parabéns aos valentes pais, que desde cedo levam os filhos para Deus. Que os ensinam a rezar, e rezam juntos, em família. Estes fazem eco na família de Nazaré, e que nunca será abalada, porque reza unida.

Parabéns aos pais que desde cedo educam seus filhos na moral e nos mandamentos, não se importando com o que os outros digam ou pensem, nem quando se obrigam a dar uns tapinhas corretivos em seus pequenos. Todo jovem deve ser educado no limite e na dureza. Não na rebeldia e na moleza!

Educação mole, é escola de filhos bananas! E sacanas! Pai ausente, mãe que só consente, filhos atrevidos e desobedientes! Pai presente, mãe presente, filhos amorosos, bons e obedientes.

Por Arnaldo & cia
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