Crescente número de casos de suicídio entre jovens preocupa autoridades inglesas


06.02.2008 - A morte da jovem Angeline Fuller, na segunda-feira, eleva para 14 o número de suicídios na cidade de Bridgend, no sul do País de Gales, somente no último ano.

Os paramédicos que atenderam a menina acreditam que ela pode ter se enforcado. Fuller, 19 anos, foi encontrada em seu quarto pelo noivo, Joel Williams.

Antes dela, outros 13 jovens cometeram suicídio na região, entre eles a adolescente Natasha Randall, há duas semanas.

O legista de Bridgend confirmou que, desde janeiro de 2007, 14 adolescentes - 12 rapazes e 2 garotas - cometeram suicídio na cidade, que tem cerca de 40 mil habitantes.

De acordo com a polícia do sul do País de Gales, um inquérito será aberto na sexta-feira para investigar a morte de Fuller.

A polícia da região já está investigando os outros casos e diz que a morte de Fuller não está relacionada com o suicídio de outros jovens na cidade.

Preocupação
Apesar disso, o crescente número de casos de suicídio preocupa as autoridades de Bridgend, que criaram uma força-tarefa para examinar os casos de suicídio na região desde 2004. As escolas estão oferecendo serviços de aconselhamento para jovens.

A situação será discutida na quinta-feira entre os parlamentares da região. Uma delas, Madeleine Moon, assegurou que o caso será levado para discussão no Parlamento galês.

Moon já havia sugerido uma possível relação dos casos de suicídios com a internet. Isso porque a maioria das vítimas possuia páginas no site de relacionamentos Bebo, popular na Grã-Bretanha.

Várias páginas de tributo foram criadas pelos amigos das vítimas, o que poderia estar dando um apelo "romântico" ao suicídio, segundo a parlamentar.

"Eu estou particularmente preocupada com o falso romantismo que estas páginas em tributo (a suicidas) que parecem ser produzidas no site Bebo, que dão uma idéia romântica do suicídio e não transmitem a tragédia imensa e as vidas desperdiçadas que estamos vendo", disse ela à rádio BBC Wales.

A polícia não confirma uma possível relação dos casos de suicídios com a Internet, mas apreendeu o computador de Randall para a investigação.

"A investigação tentará estabelecer as circunstâncias que envolveram esses eventos trágicos e a comunicação entre amigos e colegas é um fator importante", afirmou Tim Jones, chefe da polícia.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Estados Unidos: suicídio é causa comum de morte para jovens

25.01.2007 - Há muitas crianças norte-americanas que usam psicotrópicos? O número de suicídios de adolescentes é muito alto nos Estados Unidos? Talvez maior do que em outros países. De acordo com dados do Instituto Nacional de Saúde Mental norte-americano, o suicídio, se computadas todas as faixas etárias, era a 11ª entre as causas de morte no país (32.439 vítimas) em 2004. Mas entre as crianças (10 a 14) adolescentes (15 a 19) e jovens adultos (20 a 24 anos), o suicídio era a terceira maior causa de morte, com índices iguais ou superiores à média nacional de 10,9 suicídios por 100 mil habitantes.

As estatísticas também demonstram que a causa principal de suicídio entre os jovens é a depressão. No entanto, antidepressivos são receitados com grande freqüência para as crianças e jovens deprimidos do país. Seria possível supor um vínculo entre esse tipo de medicamento e o suicídio, se bem não seja possível medir com precisão o impacto do tratamento químico. Em outubro de 2004, a Food and Drug Administration (FDA, agência federal norte-americana que regulamenta e fiscaliza alimentos e remédios), ordenou que os laboratórios suspendessem toda publicidade (comercial e em forma de divulgação junto a médicos) de antidepressivos usualmente receitados para crianças e adolescentes. Estudos clínicos haviam demonstrado que certos medicamentos usados no combate à depressão nos adultos faziam crescer o risco de comportamento suicida entre os adolescentes.

Depois dessa recomendação, as vendas de antidepressivos a adultos se estagnaram, e houve queda profunda no número de receitas desse tipo de medicamentos para adolescentes. Na metade de 2005, um estudo norueguês revelou que as pessoas tratadas com paroxetine (um antidepressivo comercializado na França com a marca Deroxat) corriam o risco de ver encorajados os seus impulsos suicidas. Mas em maio de 2006, novo estudo publicado pelo American Journal of Psychiatry, demonstrava, depois de considerar os resultados do tratamento de 65 mil pacientes, que os antidepressivos podiam atenuar os comportamentos suicidas, especialmente entre os adolescentes.

Parece difícil estabelecer conclusões definitivas. Todos os antidepressivos passaram a ser vendidos em embalagem com tarja preta, o que sinaliza que eles não podem ser divulgados por publicidade. Os norte-americanos são menos reticentes que os europeus quando se trata de receitar antidepressivos e outros medicamentos destinados ao sistema nervoso central para pacientes infantis. Em março de 2006, o doutor William Cooper, do hospital infantil Vanderbilt, estimou que 2,5 milhões de crianças recebiam receitas de psicotrópicos nos Estados Unidos a cada ano. O volume é cinco vezes superior à média que existia no começo da década de 90.

Fonte: Terra notícias

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Nota do Portal Anjo, www.portalanjo.com

Nos Dez Mandamentos, encontramos um que diz: “Não matarás” (Ex 20,13). É certo que a expressão negativa enfática de não matar se refere às mais variadas formas que levam à morte. Dentre elas, lembramos do assassinato, da eutanásia e do aborto. O suicídio também é considerado como a quebra desse mandamento, tendo em vista que significa autodestruição, ou negação da própria vida. O termo se origina do latim sui, que quer dizer a si mesmo, e caedere que significa cortar, matar.

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