Pai protesta contra uso de kit de educação sexual na escola


01.12.2008 - Reportagem do programa Fantástico, TV Globo em 30.11.2008

Uma polêmica na cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. O pai de uma aluna de 12 anos não gostou do kit adotado pela escola municipal para ilustrar as aulas de orientação sexual. E ele quer que o Ministério Público investigue isso.

Desde o ano de 2003, o Ministério da Saúde orienta escolas públicas sobre como abordar doenças sexualmente transmissíveis e prevenção à gravidez na adolescência. Dez mil estabelecimentos participam voluntariamente desse programa.

A direção de cada escola determina quais as séries aptas a receber as orientações e que material deve ser usado para ilustrar as aulas.

Em São José do Rio Preto, 24 escolas estaduais participam do programa do Ministério da Saúde há cinco anos. Mas agora o uso do material passou a ser questionado pelo pai de uma aluna da sétima série de uma escola.

O pai, que também é professor e pedagogo, espantou-se quando ouviu da filha de 12 anos que um pênis de borracha foi usado na sala de aula durante a explicação da professora sobre métodos contraceptivos.

"Ela ficou bastante chocada, achou esquisito. Ela conta inclusive que na sala de aula houve muita brincadeira indecente e gozação com aquele objeto”, afirma João Flávio Martinez.

O pai chegou a fotografar os itens do kit e distribuiu panfletos de protesto na porta da escola. E buscou no Estatuto da Criança e do Adolescente argumentos para entrar com uma representação no Ministério Público contra a Secretaria Estadual da Educação. Ele quer que a promotoria investigue o uso do material nas salas de aula.

"O artigo 53 diz que o tutor tem que ser comunicado plenamente do conteúdo da aula, e eu não fui. O Estatuto da Criança e do Adolescente foi desrespeitado também no seu artigo 232 e 240 porque fala que crianças não devem ser colocadas diante de objetos pornográficos. Eu entendo que um pênis de borracha é um material pornográfico”, explica Martinez.

A dirigente regional de ensino argumenta que o programa ajudou na redução de casos de gravidez adolescente na cidade.

"No primeiro ano que nós começamos o projeto, de 2003 a 2004, o índice de gravidez na adolescência diminuiu 59% nas escolas que participaram. São muitos os pais envolvidos e que concordam com o programa”, diz Maria Sílvia Nakaoski.

"A pessoa tem que conhecer o que é”, acredita Valéria Soares da Silva, mãe de um aluno.

"Sou contra o uso do kit”, avisa Isabel Seixas, mãe de um estudante.

“É um instrumento que é utilizado em oficinas, em teatros, em dramatizações, em aulas práticas no Brasil afora”, esclarece a diretora do Programa Nacional de DST/Aids Mariângela Simão.

"Se os alunos já tinham informação sobre as questões e temas sexuais, não há qualquer problema de se levar para a sala de aula cartazes, materiais ou objetos”, diz o promotor da Infância e Juventude José Heitor dos Santos.

O promotor diz ainda que o Estatuto da Criança e Adolescente não foi desrespeitado porque cabe aos responsáveis opinar, mas não decidir sobre o conteúdo do ensino, que é atribuição do Estado.

“Não podemos dar uma carta de motorista e dar para um menino de 12 anos guiar um carro, assim como não podemos incentivar uma criança de 10 a 15 anos a ter uma relação sexual. Aliás, a relação sexual tem que ser explicada que é dentro de um contexto de compromisso mútuo”, revela Martinez.

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Lembrando...

Menino estupra irmã após aula de educação sexual

05.02.2007 - Um estudante de 13 anos, que estuprou sua irmã de 10, alegou que cometeu o crime após assistir a um vídeo na aula de educação sexual em sua escola. O menino foi absolvido por um juiz galês de North Wales, na Grã-Bretanha. O jovem, cuja identidade foi mantida em sigilo, estuprou a irmã duas vezes enquanto ela dormia.

"Este caso tem uma série de atenuantes incomuns. Trata-se de um garoto de 13 anos que imediatamente se declarou culpado das acusações", declarou o juiz Mark Hedley ao Daily News. Hedley disse ainda que o fato de ser o primogênito de pais separados também contribuiu para uma série de problemas comportamentais na personalidade do jovem.

"Seria errado falar de detalhes confidenciais do caso, mas certas coisas podem e devem ser ditas: a família do jovem era uma em que limites sexuais eram incertos e mal esclarecidos. Há sinais de que ele próprio sofreu abusos sexuais", completou.

O jovem será submetido à supervisão de orientadores pedagógicos e psicológicos durante três anos. Não foi informado quando aconteceram os estupros.

Fonte: Terra notícias
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Nota do Portal Anjo, por Dilson Kutscher -  www.portalanjo.com

Isso mesmo, as escolas devem se preocupar mais com as aulas de educação sexual, as aulas de religião católica, que fiquem para depois ou nem entrem na formação dos alunos. Então, qualquer dia, esse fato grotesco da notícia acima, acontecerá com mais frequência.
Realmente é muito triste, concluir que se dá maior importância a educação sexual dos jovens, excluindo cada vez mais uma formação cristã digna para eles.
Acho que muitos orientadores e professores deveriam se preocupar mais em ensinar os valores cristãos, tão esquecidos pelos nossos jovens, do que os valores mundanos.

A seguir um artigo para reflexão:

 

Educação cristã: descoberta do verdadeiro sentido da vida

13.06.2007 - Na sociedade de hoje, que faz do relativismo seu credo, e na qual a formação da pessoa é influenciada pelas mensagens que incitam ao consumismo e à profanação do corpo e da sexualidade, os cristãos podem oferecer o modelo educativo do Deus, que é amor e dá sentido à existência. Foi o que disse o papa, inaugurando ontem à noite, na Basílica de São João de Latrão o Congresso eclesial da Diocese de Roma, que tem como tema: "Jesus é o Senhor. Educar à fé, ao seguimento e ao testemunho."

Para "fazer a sociedade na qual vivemos, sair da crise educacional que a aflige, moderando a desconfiança e aquele "ódio" de si, que a caracteriza, a Igreja pode oferecer sua contribuição aproximando "de Cristo e do Pai, a nova geração, que vive num mundo em grande parte distante de Deus" ressaltou Bento XVI.

"Numa sociedade e numa cultura que, comumente, fazem do relativismo seu credo, falta a luz da verdade, aliás, se considera perigoso falar da verdade, e se acaba por duvidar da bondade da vida e da validade das relações e dos compromissos que a constituem" ponderou o Papa.

E não satisfaz, prosseguiu o Santo Padre, a tentativa de "responder ao desejo de felicidade das novas gerações, preenchendo-o com objetos de consumo e com gratificações efêmeras", porque, desse modo, se "deixa de lado a finalidade essencial da educação, que é a formação da pessoa, para torná-la capaz de viver em plenitude, e dar sua contribuição para o bem da comunidade".

"Hoje, mais do que no passado, a educação e a formação da pessoa são influenciadas por aquelas mensagens e aquele clima difuso que são veiculados pelos grandes meios de comunicação e que se inspiram numa mentalidade e cultura caracterizadas pelo relativismo, pelo consumismo e por uma falsa e destrutiva exaltação, ou melhor, profanação do corpo e da sexualidade" disse o Pontífice.

Faz-se necessária, portanto, uma educação à fé e uma correta formação cristã. Para que essa educação e formação tenham sucesso, é preciso "amor". Nesse contexto, o Santo Padre sublinhou a importância do papel da família. E enfatizou a prioridade do testemunho.

"Quando se trata de educar à fé, é central a figura da testemunha e o papel do testemunho. A testemunha de Cristo não transmite simplesmente informações, mas está envolvida pessoalmente com a verdade que propõe e, mediante a coerência de sua vida, torna-se um ponto de referência crível."

O Papa recordou também, a importante tarefa da escola católica que em seu projeto educativo "coloca no centro o Evangelho", e que busca "promover aquela unidade entre a fé, a cultura e a vida que é objetivo fundamental da educação cristã".

Por fim, Bento XVI exortou os fiéis a rezarem pelas vocações, que necessitam, particularmente, do exemplo de vida dos sacerdotes e das almas consagradas.

Fonte: Canção Nova News (Rádio Vaticano)

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Diz na Sagrada Escritura:

"O teu ensinamento, porém, seja conforme à sã doutrina.
Os mais velhos sejam sóbrios, graves, prudentes, fortes na fé, na caridade, na paciência.
Assim também as mulheres de mais idade mostrem no seu exterior uma compostura santa, não sejam maldizentes nem intemperantes, mas mestras de bons conselhos.
Que saibam ensinar as jovens a amarem seus maridos, a quererem bem seus filhos, a serem prudentes, castas, cuidadosas da casa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja desacreditada". (Tito 2,1-5)
 


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