Presidente americano assina ordem que permite financiar grupos pró-aborto no exterior


24.01.2009 - Medida suspende a proibição imposta por George W. Bush. Ato representa vitória dos defensores dos direitos reprodutivos.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta sexta-feira (23) uma ordem executiva que suspende a proibição imposta pelo ex-presidente do país George W. Bush ao uso de fundos do governo para subsidiar grupos que pratiquem ou auxiliem na prática do aborto no exterior.

A concessão ou não de fundos governamentais aos grupos pró-aborto no exterior foi um assunto delicado nas últimas administrações, que os autorizaram em mandatos democratas e os proibiram durante os governos republicanos.

A decisão do presidente democrata é uma vitória para os defensores dos direitos reprodutivos, uma questão que sofre mudanças cada vez que o poder passa de um partido a outro.

Quando a proibição estava em vigor, a verba destinada a serviços de planejamento familiar não poderia ir para clínicas ou grupos que fizessem ou aconselhassem mulheres interessadas em se submeter a um aborto em outros países, mesmo que o dinheiro para essas atividades viesse de outras fontes que não o governo norte-americano.

A medida foi chamada de “Política da Cidade do México” porque foi revelada em uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) feita na cidade em 1984 e se tornou uma das principais políticas sociais do governo conservador do ex-presidente republicano Ronald Reagan.

O ex-presidente Bill Clinton, democrata, suspendeu a lei quando assumiu o governo em janeiro de 1993 e seu sucessor, George W. Bush, a retomou em janeiro de 2001.

Fonte: G1

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24.01.2009 - Vaticano acusa Obama de arrogância por derrubar cláusula antiaborto

O arcebispo Rino Fisichella, presidente da Academia Pontifícia para a Vida do Vaticano, qualificou neste sábado de arrogância a autorização do presidente Barack Obama de financiar organizações americanas a praticar o aborto no exterior.

“É a arrogância de quem acredita que faz o que é justo ao assinar um decreto que apoia o aborto e, portanto, a destruição de seres humanos”, criticou Fisichella em uma entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera”.

O novo presidente dos Estados Unidos derrubou ontem um dispositivo que proibia a todas as organizações não governamentais o financiamento do Estado americano para a prática de abortos ou o fornecimento de serviços relacionados à interrupção da gravidez fora dos Estados Unidos.’

“Se este é um dos primeiros atos do presidente Obama, com todos meu respeito, penso que o caminho para a decepção foi curto”, afirmou o arcebispo. “Não acredito que os que votaram nele tenham levado em consideração as questões que deixou de lado de maneira tão astuta durante o debate eleitoral. A maioria da população americana não tem a mesma postura que o presidente e sua equipe.”

O arcebispo também criticou a autorização do governo americano para o primeiro experimento em seres humanos com células-tronco embrionárias humanas, o que pode abrir o caminho para o tratamento de doenças até agora incuráveis.

“Minha primeira impressão é que cedeu à pressão das multinacionais do setor. O problema não é científico, e sim ideológico e econômico”, afirmou o arcebispo.

Fonte: Folha Online


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