Aquecimento global deixará sem peixes áreas oceânicas


25.01.2009 - O aquecimento global pode multiplicar por 10 as zonas oceânicas carentes de oxigenação suficiente, o que colocaria em perigo a vida de peixes e crustáceos, afirmam cientistas dinamarqueses em um estudo que será publicado na edição virtual de segunda-feira da revista Nature Geoscience.

O aumento das temperaturas provocado pelas emissões de gases do efeito estufa aceleraria a desoxigenação de amplas zonas oceânicas, o que "aumentaria a frequência e a gravidade de fenômenos de grande mortalidade de peixes e crustáceos, como por exemplo nas costas do Oregon (Estados Unidos) ou Chile", destaca o coordenador do estudo, Gary Shaffer, da Universidade de Copenhague.

Os cientistas estabeleceram modelos dos efeitos do aquecimento provocado pelos gases de efeito estufa para os próximos 100.000 anos e concluíram que um aumento da temperatura produziria uma perda de oxigênio na superfície dos oceanos, diminuindo a solubilidade deste gás na água salada.

No entanto, acrescenta Gary Shaffer em um comunicado, "apesar ser possível eventualmente fazer reviver zonas costeiras controlando o que é vertido, as zonas carentes de oxigênio pelo aquecimento global seguirão assim durante milhares de anos, prejudicando a pesca e os ecossistemas durante muito tempo".

"Além disso, a zonas mal oxigenadas se propagariam na superfície, e inclusive na profundidade", advertem os cientistas. As águas com oxigênio suficiente próximas da superfície seriam empurradas assim para grandes profundidades.

Os cientistas concluem que "as futuras gerações precisam realizar reduções substanciais no uso de combustível fóssil, caso desejem evitar uma grave redução da oxigenação dos oceanos durante milhares de anos".

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Peixes à beira da extinção: Governo admite que a vida marinha está ameaçada na costa brasileira

16.11.2008 - Reportagem da revista ISTOÉ, novembro 2008.

São comuns as listas divulgadas por órgãos públicos e ONGs sobre espécies ameaçadas de extinção - e, a cada rol que vem à luz, geralmente aumenta o número de animais condenados. Na semana passada, surgiu mais um desses documentos, só que desta vez trata-se de uma listagem inédita feita pelo Ministério do Meio Ambiente: pela primeira vez peixes e invertebrados marinhos aparecem em situação crítica. Ao todo são 154 espécies do mar que correm risco, conforme o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Segundo o responsável pelo Departamento de Recursos Genéticos do Ministério, Lídio Coradin, todas as espécies citadas encontram-se nessa situação de perigo devido a um fator: a ação humana. A poluição, a pesca predatória, a destruição da costa e a introdução de espécies predadoras são fatores que desequilibram esse frágil ecossistema.

O Livro Vermelho é fruto do trabalho de 282 especialistas. A última listagem desse tipo, feita em 1989, tinha 219 espécies. O fato de peixes e crustáceos não terem aparecido nela não significa, no entanto, que eles estavam a salvo. "Havia uma grande deficiência de conhecimento sobre tais grupos", disse à ISTOÉ Gláucia Drummond, superintendente técnica da Fundação Biodiversitas, que coordenou o estudo atual. Foi só nos últimos anos que as pesquisas avançaram e deram aos biólogos e ambientalistas a possibilidade de olhar com mais acuidade para o mar. "Essa lista é um tapa na cara pela irresponsabilidade", declarou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Segundo Coradin, ela agora servirá de base para ações específicas direcionadas a cada espécie em extinção. "Não podemos comemorar a edição desse livro. Ele é, isso sim, motivo de vergonha. A comemoração tem de ser quando uma espécie sair do rol dos condenados à morte", afirmou ele. A pesquisa também ajudará o Ministério a decidir as áreas para a criação de parques de conservação marinha, praticamente inexistentes no País.

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"Ouvi a palavra do Senhor, filhos de Israel! Porque o Senhor está em litígio com os habitantes da terra. Não há sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na terra. Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio. Por isso, a terra está de luto e todos os seus habitantes perecem; os animais selvagens, as aves do céu, e até mesmo os peixes do mar desaparecem." (Os 4, 1-3)


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