Arcebispo constata perseguição intelectual e política contra cristãos na Europa


MADRI, 04 Nov.2004  .- Em uma carta pastoral, o Arcebispo de Valência, Dom. Agostinho García-Gasco, assinalou que atualmente na Europa se sente com excessiva freqüência a tentação de promover a perseguição intelectual e política dos cristãos. Entretanto, "destas atitudes não sai nada bom", precisou.


"Arremeter contra o cristianismo nem ajuda à liberdade nem ajuda à felicidade dos cidadãos", indicou o Prelado e precisou que "hoje, na Europa, do poder político se sente com excessiva freqüência a tentação de promover atitudes que perseguem intelectual e politicamente aos crentes".


Em sua missiva "A finalidade da educação", o Arcebispo defendeu que o compromisso com a educação "é com a liberdade e a felicidade daqueles que educamos", e acrescentou que "sem este compromisso é impossível educar".


O Prelado criticou aqueles estados que “se servem do bem comum” em lugar de estar “a serviço do bem comum”. Um estado como os primeiros pretende que as pessoas “se submetam aos projetos particulares do governo, busca o monopólio na educação assim como consegue uma escola e uma universidade uniforme e monocromática para controlar melhor à sociedade".


Por isso, o Arcebispo insistiu em que "a cada dia é mais urgente reivindicar o direito à educação em toda sua extensão" e afirmou que "não devemos nos contentar com que o Estado garanta os recursos que permitam a educação para todos, nem sequer com que se pregue que seja uma educação de qualidade". Segundo Dom. García-Gasco, "estamos em nosso direito de exigir que a educação seja verdadeira, quer dizer, ajustada à dignidade de cada ser humano".


Os estados "devem favorecer a liberdade em educação para que a dignidade da pessoa não seja um mero slogan que não se cumpre", assegurou o Prelado.


A Igreja "reivindica a liberdade na educação, na escola, nos serviços sociais e na universidade porque considera que o ser humano só é feliz quando reconhece com inteligência e escolhe com liberdade sua própria vocação". A plenitude humana "não se pode impor jamais pela força, mas sim tem que se propor sempre com liberdade", concluiu o Bispo.



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