Presidente das Maldivas junta dinheiro para migração. país deve ser engolido pelo mar


15.03.2009 - As pequenas Ilhas das Maldivas são tão frágeis quanto belas. A maioria é menor do que um campo de futebol e formada por bancos de areia, que as ondas fazem mudar de forma ao longo dos anos.

No país, aquecimento global não é uma ameaça - é uma sentença de morte por afogamento. São mil e duzentas ilhas com a altitude máxima de 1,20 m em média. Em todo o arquipélago não há um ponto de terra sequer acima de 2,5 m. Por isso, quando os oceanos começarem a subir por causa do aquecimento global, as Maldivas devem ser a primeira nação a desaparecer sob as águas.

"Não estou falando de tanto tempo, apenas 20 anos. Tudo mudou muito rápido. É muito difícil para nós, porque nós sempre tiramos tudo do mar. Nossa vida sempre veio do mar. Pensar que o mar vai nos engolir é muito, muito triste", diz o jovem presidente das Maldivas, Mohamed Nasheed.

Com apenas 3 mil carros e nenhuma grande indústria, as Maldivas quase não emitem gases que provocam o efeito estufa. Na capital, Malé, vivem 100 mil pessoas, um terço da população do país. Ela foi cercada por um muro que pode proteger contra as tempestades, cada vez mais fortes. Mas não será suficiente para conter as águas. Na previsão mais otimista dos cientistas da ONU, em 100 anos 75% das ilhas terão desaparecido. Na mais pessimista, nada vai sobrar do arquipélago.

Por isso, o presidente criou um fundo, uma espécie de poupança nacional, para comprar terras e mudar o país inteiro quando seu povo for expulso do paraíso.

"Mesmo que nós consigamos acabar com as emissões agora, não dá mais para reverter a situação. Sabemos que o pior pode chegar daqui a mais de 100 anos. Mas as previsões falam em dois bilhões de refugiados do clima no planeta. Quem vai estar aqui será outro presidente, mas será o destino dos meus netos. E quero evitar que meus netos fiquem abrigados em tendas como refugiados do clima", afirma o presidente.

A história das Maldivas tem 4 mil anos. Vivem da pesca, principalmente do atum. Os pescadores pouco falam da ameaça do clima. Mas reclamam que mal reconhecem o calendário tradicional baseado no clima. As chuvas aparecem fora de época, as tempestades são mais fortes. As marés parecem não ser mais controladas pela lua.

Ao todo, 50 mil pessoas estão se mudando para lá. Mas construir ilhas altas para toda a população seria mais caro do que comprar terras no exterior.

Índia, Sri Lanka e Austrália seriam as opções mais fáceis. Mas os governos ainda nem foram sondados para saber se aceitariam um país dentro do seu país. E depois, sem as ilhas, onde os pescadores vão pescar? De onde virá a renda, hoje baseada no turismo de luxo?

A barreira de corais fica tão perto da praia que não é preciso nem de barco pra mergulhar. Dá pra ir andando. A cem metros da praia, a barreira. Logo vemos uma grande estrutura de metal, em forma de uma flor de lótus, na qual várias espécies de coral florescem. O biólogo Robert Tomasetti mostra como em apenas cinco anos uma rocha calcária se formou ao redor do metal. Ele também ensina os nativos a plantar corais.

"Mesmo que as ilhas desapareçam, os arrecifes de corais vão continuar aqui. E ao longo dos séculos vão reconstruir as ilhas. Mas se os corais morrerem, o mar vai cobrir as Maldivas e elas vão sumir. Elas são intimamente ligadas aos arrecifes. Sem eles, as ilhas não existem", garante o biólogo.

Fonte: G1

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Lwmbrando...

Mudança climática deixaria milhões de refugiados

08.10.2008 - Danos ambientais provocados pelas alterações climáticas, como a desertificação e inundações, podem expulsar milhões de pessoas de suas casas nas próximas décadas, disseram especialistas na quarta-feira.

"Todos os indicadores mostram que estamos lidando com um grande problema global emergente", disse Janos Bogardi, diretor do Instituto do Meio Ambiente e da Segurança Humana, ligado à Universidade da ONU, em Bonn, na Alemanha.

"Especialistas estimam que até 2050 cerca de 200 milhões de pessoas serão deslocadas por problemas ambientais, um número mais ou menos igual a dois terços da população dos Estados Unidos hoje em dia", disse a Universidade em nota.

Bogardi disse que o número atual de refugiados ambientais pode ser de 25 a 27 milhões.

Na opinião dele, é prioritário monitorar os números e as razões que levam essas pessoas a se mudarem. "O principal passo para ajudar é o reconhecimento", disse ele à Reuters.

No passado, muitas vítimas dessa situação seriam qualificadas como migrantes econômicos, o que não é o caso. "A migração por motivos ambientais deve trazer gente mais pobre, mais mulheres, crianças e idosos, de situações ambientais mais desesperadas", disse a nota.

Especialistas de quase 80 países se reúnem entre de quinta-feira a sábado em Bonn para discutir formas de ajudar os refugiados ambientais.

Um estudo realizado por várias instituições européias, inclusive a de Bogardi, mostrou o temor de que redes de tráfico humano se aproveitem dessa situação.

Em Bangladesh, por exemplo, "mulheres com filhos, cujos maridos morreram no mar durante o ciclone Sidr ou estão fora como trabalhadores migrantes temporários, são presa fácil de traficantes e acabam em redes de prostituição ou no trabalho forçado na Índia."

Padrões semelhantes foram detectados em pelo menos mais um estudo nacional. "A exploração de pessoas deslocadas por contrabandistas é relatada cada vez mais, conforme incha o fluxo de migrantes informais ou ilegais", diz o texto.

Fonte: Terra notícias

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Lembrando...

Milhões terão de fugir da elevação do mar, alertam cientistas

09.11.2006 - NAIRÓBI - Os países precisam fazer planos para ajudar as dezenas de milhares de "refugiados do nível do mar" se as alterações climáticas continuarem a afetar os oceanos do planeta, disseram na quinta-feira pesquisadores alemães.

As águas estão subindo e ficando mais quentes, aumentando o potencial de destruição das tempestades, afirmaram os pesquisadores, e os mares estão ficando mais ácidos, o que ameaça lançar o caos sobre cadeias alimentares inteiras.

"No longo prazo, a elevação do nível do mar será o impacto mais grave do aquecimento global sobre a sociedade", disse o professor Stefan Rahmstorf, que apresentou um levantamento feito por cientistas alemães durante uma importante reunião da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre as alterações no clima.

O aquecimento global pode derreter camadas de gelo e elevar o nível da água, e o estudo afirmou que os países já deviam estar pensando numa forma de organizar a "retirada" das áreas que podem ser mais afetadas, incluindo algumas ilhas, partes de Bangladesh e até mesmo o Estado norte-americano da Flórida.

Um relatório de cientistas internacionais que assessoram a ONU previu que o nível do mar vá subir até 88 cm entre 1990 e 2100.

A situação foi agravada, afirmou a equipe alemã na quinta-feira, pela frequência maior de tempestades de grande porte, provocadas pelo aquecimento da temperatura do mar -- o que significa que muitos podem ter de fugir de áreas costeiras atingidas por furacões.

Várias das maiores cidades do mundo ficam no litoral. Alguns países ricos talvez consigam construir diques, como na Holanda, mas os países pobres estão fadados a submergir.

O Estado-ilha de Tuvalu, no Pacífico, já fechou um acordo para que a Nova Zelândia receba cerca de metade de sua população (10 mil pessoas), para trabalhar na agricultura, no caso de o território ser invadido pelo mar.

Rahmstorf disse que os dados do estudo não comprovaram de forma conclusiva que o aquecimento do mar provoque mais tempestades, mas sim que há uma ligação clara entre o aumento da temperatura e a intensidade dos furacões.

"Desde 1980 estamos observando um forte aumento da energia dos furacões, a níveis inéditos, no Atlântico", disse ele.

A conferência sobre o clima no Quênia reúne 189 países, que buscam opções para combater as mudanças no clima. A maioria delas tem a ver com o corte nas emissões de dióxido de carbono, que é lançado na atmosfera pela indústria e pelo estilo de vida moderno.

Os autores do estudo, o Conselho Consultivo Alemão sobre a Alteração Global, disse que cerca de um terço desse CO2 está sendo absorvido pelos oceanos, o que faz com que as águas fiquem mais ácidas.

Segundo o texto, isso terá efeitos profundos nos organismos marinhos -- impedindo desde camarões até lagostas de formar suas cascas --, com resultados desastrosos para as cadeias alimentares marinhas, e também para comunidades humanas que dependem da vida marinha para sobreviver.

Os recifes de coral que atraem peixes e protegem as costas de tempestades e da erosão também estão ameaçados pela acidez, e, com as emissões de CO2, todos eles podem estar mortos até 2065, disse Rahmstorf. Ele também ressaltou o efeito "descolorante" do aquecimento global, que expulsa as algas que vivem nos corais. Sem as algas, os corais perdem nutrientes e suas cores vivas, e acabam morrendo.

Fonte: UOL notícias

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Profecia de Nossa Senhora de La Salette, aparição na França em 1846, reconhecida pela Igrreja em 1851.

"As estações serão mudadas, a terra não produzirá senão maus frutos, os astros perderão os seus movimentos regulares, a lua não refletirá senão uma luz avermelhada; a água e o fogo causarão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis terremotos, que farão tragar montanhas, cidades..."
 


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