Prever terremotos é grande desafio para a ciência


16.04.2009 - Quase todos os terremotos são pequenos. Um pequeno segmento de uma falha tectônica localizada quilômetros abaixo da terra se sacode um pouco, com um rugido rouco e imperceptível na superfície. Mas no caso de alguns poucos abalos, a falha tectônica continua a se mover, o chão salta por alguns metros e o mundo todo estremece em um cataclismo.

"Como é que uma dessas rupturas avança de um ritmo de 2,5 centímetros anuais para um ritmo de 5.000 km/h em alguns segundos?", pergunta Ross Stein, geofísico do Serviço de Levantamento Geológico dos Estados Unidos (USGS).

Essa lacuna no conhecimento torna a previsão de terremotos um exercício frustrante e arriscado, e complica os esforços para calcular os riscos de que uma construção humana como um reservatório de água ou uma usina de energia geotérmica possa inadvertidamente deflagrar um terremoto mortífero.

No mês passado, Giampaolo Giuliani, um técnico que trabalha em uma experiência com neutrinos no Laboratório Nacional do Gran Sasso, na Itália, lançou um alerta urgente de que um forte terremoto estava a ponto de acontecer na região dos Abruzzi. A previsão se baseava em medições que ele havia realizado e indicavam níveis elevados do gás radônio, presumivelmente liberado por rochas que estavam sendo esmagadas pelas tensões de um abalo sísmico incipiente.

Em 6 de abril, um terremoto de magnitude 6,3 atingiu a cidade de Áquila, no centro da Itália, e causou a morte de quase 300 pessoas. Giuliani afirmou que isso confirmava sua previsão, que as autoridades haviam desconsiderado.

No entanto, especialistas em terremotos como Stein demonstram ceticismo. Os cientistas vêm estudando o radônio como possível sinal de alerta de terremotos desde os anos 70, e embora tenham encontrado exemplos convincentes de liberação de radônio antes de alguns terremotos ¿por exemplo, a presença de radônio na água do lençol freático era 10 vezes superior ao normal antes de um terremoto que atingiu Kobe, no Japão, em 1995-, as correlações nunca foram fortes ou claras o bastante para permitir previsões úteis.

Um exemplo de sinais de radônio confusos aconteceu em 1979. Dois detectores instalados no sul da Califórnia, posicionados a cerca de 30 quilômetros de distância um do outro, localizaram níveis incomumente elevados de radônio mais ou menos na metade daquele ano. Depois, em outubro, o nível de radônio decresceu, pouco antes que três terremotos acontecessem na região.

Um dos abalos, de magnitude 6,6, aconteceu cerca de 290 km ao sudoeste, e dois tremores menores, de 4,1 e 4,2 graus, aconteceram a 65 quilômetros de distância. Além disso, um detector de radônio posicionado nas imediações do local de um dos abalos menores não identificou níveis elevados de radônio, ainda que tivesse registrado uma queda na presença de radônio alguns dias antes.

Isso deixou os cientistas intrigados quanto à maneira de criar um sistema de previsão que tivesse por base as alterações no nível de radônio. Os dados sobre outros gases, como o dióxido de carbono, e sobre emissões eletromagnéticas que ocasionalmente são detectadas antes de terremotos, também eram confusos.

"Não se pode apostar tudo em um método a menos que se trate de um precursor confiável, que aconteça sempre antes de um terremoto e nunca em outros momentos", disse a sismologista Susan Hough, do USGS.

Para complicar ainda mais coisas, a previsão de Giuliani era incorreta tanto em termos de local quanto de momento. Ele previu que o terremoto aconteceria uma semana antes, e em uma cidade a 50 quilômetros de distância. Caso as autoridades tivessem agido com base em seu alerta, diz Richard Allen, professor da Universidade da Califórnia em Berkeley, "elas teriam promovido a evacuação da cidade errada, e no momento errado".

Embora um método de previsão continue a ser um objetivo arredio, os cientistas descobriram que atividades humanas podem resultar em terremotos. Em dezembro de 2006, um projeto de energia geotérmica em Basileia, Suíça, começou a injetar água a uma profundidade de cinco quilômetros.

A expectativa era de que acontecessem alguns pequenos tremores, mas a água foi desligada quando um dos abalos atingiu a magnitude de 2,7 graus, que ainda é baixa. Poucas horas mais tarde, um abalo maior, de magnitude 3,4, atingiu Basiléia, causando pequenos danos a alguns edifícios.

Poucos meses mais tarde, mais dois abalos de magnitude 3 aconteceram. Os pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia Suíço, em Zurique, calculam que a área passará por número de pequenos terremotos ligeiramente superior ao normal, nos próximos 20 a 40 anos, como resultado do breve projeto geotérmico, que continua suspenso.

A preocupação é que um desses pequenos abalos resulte em uma reação em cascata que poderia causar um terremoto sério, como aquele que danificou Basileia seriamente em 1356. Mas, por outro lado, os pequenos abalos podem na verdade estar aliviando as tensões ao longo da falha geológica, o que reduziria a probabilidade de um terremoto maior.

"Com o conhecimento atualmente disponível, não há como dizer de fato", afirmou Jochen Wössner, um dos cientistas suíços envolvidos no estudo. Os geólogos não sabem de que maneira as porções da crosta terrestre que usualmente se comprimem fortemente sob forte fricção deslizam de maneira suave umas sob as outras durante um grande terremoto - como se uma lixa tivesse subitamente se transformado em revestimento antiaderente. "Ao que parece a fricção é uma criatura muito mais complicada do que qualquer um de nós poderia imaginar", disse Stein.

Um núcleo escavado na falha de San Andreas, Califórnia, revelava a presença de talco, que pode agir como lubrificante durante um terremoto. Mas com base em apenas um núcleo os cientistas não podem afirmar se esse é um traço característico das rochas que existem em torno das falhas geológicas.

Em uma reunião da Sociedade Sismológica Americana, na semana passada, em Monterey, Califórnia, prosseguiu o animado debate sobre as possíveis diferenças fundamentais entre grandes e pequenos abalos, ou se um grande abalo na verdade não seria apenas um pequeno abalo que não parou. Caso os grandes terremotos sejam diferentes, então poderia ser possível detectá-los nos primeiros segundos das ondas sísmicas e emitir um alerta. Não haveria tempo para evacuar os moradores, mas talvez houvesse tempo suficiente, antes dos abalos mais pesados, para que eles se posicionassem em lugares mais protegidos, como sob a arcada de uma porta ou sob uma mesa.

Acredita-se que grandes represas também possam induzir certos terremotos. A maioria dos sismologistas acredita que um terremoto de magnitude 6,5 acontecido na Índia em 1967, com 200 vítimas fatais, tenha sido causado pelo peso da água em uma represa que havia sido enchida alguns anos antes. Uma represa não é capaz de gerar um terremoto por si só, mas pode servir como gatilho para as tensões tectônicas acumuladas, e acelerar em anos ou séculos o momento de um terremoto.

Mais controvertida é a afirmação de alguns cientistas no sentido de que um terremoto de magnitude 7,9 na província chinesa de Sichuan, no ano passado, com 80 mil vítimas fatais, teria sido causado pelas 320 milhões de toneladas de água armazenada em uma represa próxima.

Leonardo Seber, pesquisador do Observatório Terrestre Lamont-Doherty, da Universidade Colúmbia, não sabe ao certo a causa do terremoto em Sichuan, mas acredita que cientistas e autoridades precisam levar mais em conta o risco de terremotos induzidos.

Ele imagina, por exemplo, se uma série de terremotos de magnitude 4 acontecidos duas semanas atrás no Salton Sea, sul da Califórnia, perto de uma das pontas da falha de San Andreas, não podem ter sido causados ao menos em parte por uma usina geotérmica vizinha.

Fonte: Terra notícias

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Terremotos - Sinais dos Tempos

"Disse Jesus: Haverá grandes terremotos e em muitos lugares fome e peste, acontecerão coisas terríveis e grandes sinais no céu". (Lucas 21, 11)

"Na cidade restou apenas desolação, a porta está demolida, em ruínas". (Isaías 24, 13)
"Quem fugir do grito de pânico, cairá na cova, quem se levantar da cova será preso pelo laço. Porque as comportas do alto se abrem e os fundamentos da terra tremem. A terra se quebra, a terra é abalada violentamente, a terra é fortemente sacudida. A terra cambaleia como um bêbado, é agitada como uma cabana. Sua rebelião pesa sobre ela, ela cairá e já não se levantará". (Isaías 24, 18-20)

Profecia de Nossa Senhora de La Salette, aparição na França em 1846, reconhecida pela Igrreja em 1851.

"As estações serão mudadas, a terra não produzirá senão maus frutos, os astros perderão os seus movimentos regulares, a lua não refletirá senão uma luz avermelhada; a água e o fogo causarão ao globo terrestre movimentos convulsivos e horríveis terremotos, que farão tragar montanhas, cidades..."

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Lembrando...

Mudança na Terra: A inversão dos pólos começa a dar sinais que está próxima

Notícia Extra - www.rainhamaria.com.br

15.03.2009 - LONDRES - O Pólo Norte está de mudança. Cientistas encontraram grandes buracos no campo magnético da Terra, sugerindo que os Pólos Norte e Sul estão se preparando para trocar de posição, numa guinada magnética.
Um período de caos poderia ser iminente, no qual as bússolas não mais apontariam para o Norte, animais migratórios tomariam o rumo errado e satélites seriam queimados pela radiação solar. Os buracos estão sobre o sul do Atlântico e do Ártico.
As mudanças foram divulgadas depois da análise de dados detalhados do satélite dinamarquês Orsted, cujos resultados foram comparados com dados coletados antes por outros satélites.

A velocidade da mudança surpreendeu os cientistas. Nils Olsen, do Centro para a Ciência Planetária da Dinamarca, um dos vários institutos que analisam os dados, afirmou que o núcleo da Terra parece estar passando por mudanças dramáticas.
"Esta poderia ser a situação na qual o geodínamo da Terra opera antes de se reverter", diz o pesquisador. O geodínamo é o processo pelo qual o campo magnético é produzido: por correntes de ferro derretido fluindo em torno de um núcleo sólido. Às vezes, turbilhões gigantes formam-se no metal líquido, com o poder de mudar ou mesmo reverter os campos magnéticos acima deles.
A equipe de Olson acredita que turbilhões se formaram sob o Pólo Norte e o sul do Atlântico. Se eles se tornarem fortes o bastante, poderão reverter todas as outras correntes, levando os pólos Norte e Sul a trocar seus lugares. Andy Jackson, especialista em geomagnetismo da Universidade de Leeds, Inglaterra, disse que a mudança está atrasada: "Tais guinadas normalmente acontecem a cada 500 mil anos, mas já se passaram 750 mil desde a última".

Impacto

A mudança poderia afetar tanto os seres humanos quanto a vida selvagem. A magnetosfera fornece proteção vital contra a radiação solar abrasadora, que de outro modo esterilizaria a Terra. A magnetosfera é a extensão do campo magnético do planeta no espaço. Ela forma uma espécie de bolha magnética protetora, que protege a Terra das partículas e radiação trazidas pelo "vento solar".
O campo magnético provavelmente não desapareceria de uma vez, mas ele poderia enfraquecer enquanto os pólos trocam de posições. A onda de radiação resultante poderia causar câncer, reduzir as colheitas e confundir animais migratórios, das baleias aos pingüins. Muitas aves e animais marinhos se guiam pelo campo magnético da Terra para viajar de um lugar para outro.
A navegação por bússola se tornaria muito difícil. E os satélites, ferramentas alternativas de navegação e vitais para as redes de comunicação - seriam rapidamente danificados pela radiação solar". ...que está vinculado a esta outra notícia do Jornal de Notícias, de Portugal:

Cerca de 200 baleias-piloto encalhadas na ilha de King (02/03/2009)

Sydney, Austrália, 02 Mar (Lusa) - Cerca de 200 baleias-piloto e vários golfinhos ficaram encalhados na ilha de King, no sul das Austrália, informou hoje a rádio ABC. Peritos da Tasmânia viajam rumo àquela ilha, situada entre a Tasmânia e o continente australiano, com esperança de salvar alguns dos cerca de 50 cetáceos que ainda sobrevivem.
As baleias e golfinhos começaram a chegar de noite à praia da ilha, perante os olhares de alguns residentes, que avisaram as autoridades. Em finais de Janeiro, 53 cachalotes morreram encalhados e outras 80 baleias-piloto morreram na mesma ilha em Novembro passado.
Também em Novembro, outras 65 baleias da mesma espécie encalharam noutra praia do sul da Austrália e só 11 conseguiram voltar para o mar, ajudadas pelas autoridades, ecologistas e voluntários.
Os cientistas desconhecem a razão pela qual algumas espécies de baleias perdem a vida nas praias, admitindo que possam ser confundidas pelos sonares potentes de navios ou por seguirem um líder doente e desorientado.

Comentário associado: Como podemos notar, os sinais de mudanças estão ficando mais evidentes. Na última notícia acima, os cientistas dão a desculpa que "sonares potentes" teriam matado mais de 150 baleias num intervalo de 4 meses, como se na Ilha de King (sul da Austrália, perto da Tasmânia) tivesse permanentemente navios com sonares tão potentes para causar tamanho estrago.
Na hipótese do "lider desorientado ou doente", significaria que ele estaria com alguma dificuldade para se orientar através do campo magnético. O trecho em negrito do primeiro artigo acima mostra que esses animais se movem pela Terra com a ajuda do campo magnético e com ele enfraquecido ou com mudança de posição pode acabar acontecendo isso. Como não querem falar a verdade, fazem uma maquiagem dos fatos, dando desculpas como essas. Portanto, fiquemos atentos aos próximos sinais que a Natureza nos der.

Fonte: Observatório Cósmico


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