Artigo de Everth Queiroz Oliveira: A mensagem de Cristo e o espiritismo


05.08.2009 -

O espiritismo, assim como diversas religiões do mesmo caráter – enganador e puramente falso -, prega a doutrina reencarnacionista. E em que consiste a reencarnação? Explica Allan Kardec: “A reencarnação é a volta da alma à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ela e que nada tem de comum com o antigo” (O Evangelho segundo o Espiritismo, 67). Essa idéia de que a alma volta à vida corpórea é uma conversa frívola radicalmente contrária ao ensinamento de Jesus Cristo. Se não era missão de Jesus Cristo – e é isso que afirmam os espíritas – de promover a doutrina da reencarnação durante o seu ministério na terra, fica comprovado, ao mesmo tempo, que tudo o que Ele pregou e ensinou é contraditório ao que expõe, por exemplo, Allan Kardec, o autor da suposta “3ª revelação” de Deus aos homens.

É o que verificamos, por exemplo, quando analisamos a doutrina espírita da pluralidade das vidas terrestres. Se de fato tivéssemos mais de uma vida, se de fato nossa alma reencarnasse em sucessivos corpos durante toda a nossa existência, então qual seria o motivo do autor da carta aos hebreus dizer que “está decretado que o homem morra uma só vez” (9,27)? A doutrina da reencarnação é radicalmente – e isso percebemos somente nesse versículo – contra o cerne da mensagem cristã. Allan Kardec também dizia:

“O dogma da eternidade absoluta das penas é incompatível com o progresso das almas, ao qual opõe uma barreira insuperável. Esses dois princípios destroem-se, e a condição indeclinável da existência de um é o aniquilamento do outro” (O céu e o inferno, 78).

Ora, e do que Jesus falava, por exemplo, quando dizia que aqueles que não praticarem a caridade para com os seus irmãos irão para o “castigo eterno” (Mt 25,46)? Não é o inferno um dogma proclamado incansavelmente por Jesus Cristo em seus ensinamentos? O que falar então do rico epulão que padecia “nos tormentos do inferno” (Lc 16,23)? O que dizer do “grande abismo” (Lc 16,26) que separa o inferno do seio de Abraão? Não seria essa parábola uma evidência clara da existência e da eternidade do inferno, do “fogo que não se apaga” (Mc 9,48)? Mas os espíritas não mudarão sua doutrina. Têm inclusive a audácia de blasfemar desse modo:

“Se conseguissem convencer-nos de que é isso [a existência e a eternidade do inferno] o que a Bíblia afirma, nós a renegaríamos como falsa; e se nos provassem que ela é autêntica (isto é: que ela vem de Deus), nós renegaríamos o próprio Deus, porque não podemos adorar uma entidade cujos sentimentos de amor, justiça e misericórdia sejam inferiores aos nossos. E se há um Deus capaz de condenar uma de suas criaturas a sofrer eternos horrores por uma falta momentânea, cometida contra quem for, então esse Deus está muito abaixo das solas dos nossos sapatos. Nós nos julgaremos, por isso, muito superiores a um tal Deus!…” (Carlos Imbassahy, À margem do espiritismo, p. 162).

Se o homem não se arrepender dos pecados que cometeu, se abandonar o pleno conhecimento da verdade para buscar o mal e não se arrepender disso, infelizmente, querendo ou não, choramingando ou não, irá padecer no fogo do inferno. Deus incessantemente propõe um apelo à conversão de seus filhos durante a sua vida terrestre. Se não querem ouvir, se não mudam sua conduta enquanto é tempo, Deus, que é misericórdia infinita, mas que também é justiça suprema, os precipita no fogo do inferno. Cada um receberá o que merece. E Deus é justo juiz: não pode antepor à sua justiça uma misericórdia irracional.

“Visto que eu vos chamei, e vós não quisestes ouvir-me; visto que estendi a mão, e não houve quem olhasse para mim; visto que desprezastes todos os meus conselhos, e não fizestes caso das minhas repreensões, também eu me rirei da vossa ruína, e zombarei de vós, quando vos suceder o que temíeis” (Pr 1,24-26).

“Se não vos converterdes, perecereis todos” (Lc 13,3).

“Não digas: ‘A misericórdia do Senhor é grande; ele terá piedade da multidão dos meus pecados’, pois piedade e cólera são nele igualmente rápidas, e o seu furor visa os pecadores. Não demores em te converter ao Senhor, não adies em dia a dia, pois sua cólera virá de repente e ele te perderá no dia do castigo” (Ecl 5,6-9).

Não bastasse crerem na reencarnação e negarem descaradamente a eternidade do inferno, negam também a nossa redenção por Jesus Cristo. Brada com perversidade Leão Denis: “Não, a missão de Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. É o que os espíritos, aos milhares, afirmam em todos os pontos do mundo” (Cristianismo e espiritismo, p. 88). Isso é absurdamente contra o que nos ensina a Sagrada Escritura: “É pelo sangue de Jesus Cristo que temos a redenção, a remissão dos pecados, segundo a riqueza de sua graça que ele derramou profusamente sobre nós” (Ef 1,7). E não só isso! Com essa frase, o espiritismo vai contra o princípio fundamental da religião que é proclamar a onipotência divina. Se o sangue de Deus não pode resgatar ninguém, então Deus não é mais onipotente. Isso é um disparate!

Fomos remidos pelo Sangue Precioso de Jesus Cristo, Cordeiro Imaculado, sim. Comprovam essa frase as seguintes passagens bíblicas:

“Fomos curados graças às suas chagas” (Is 53,5).

“Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).

“O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos” (Mc 10,45).

“Isto é o meu Sangue, o Sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados” (Mt 26,28).

“Vós sabeis que não é por bens perecíveis (…) que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver (…), mas pelo precioso sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum” (1 Pd 1,18-19).

Ele mesmo é a propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 2,2).

Fomos reconciliados com Deus pela morte de seu filho” (Rm 5,10).

Enfim, embora Allan Kardec diga o contrário, está comprovado que a soteriologia e as leis espíritas são totalmente contra o que ensina o Nosso Senhor Jesus Cristo por meio das Escrituras. São Paulo alertou a Timóteo sobre esses malditos fautores de heresia que iludiriam os homens levando-os ao caminho do inferno: “Virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas” (2 Tm 4,3-4).

Graça e paz.

Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/

 


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