Tremor de 3,3 graus assusta população de Minas


8 de julho de 2005 - Um rápido tremor de terra atingiu nesta quinta-feira as cidades de Belo Horizonte e Nova Lima, em Minas Gerais. O abalo sísmico aconteceu por volta de 1h, levando medo aos moradores das áreas afetadas. O terremoto foi classificado entre os níveis baixo e médio, e durou menos de 10 segundos. O epicentro foi identificado no sul da Região Metropolitana pelo Observatório Sismológico de Brasília (DF), que registrou a intensidade de 3,3 graus na Escala Richter, cujo valor máximo é de 9 graus.


O chefe do Observatório, professor Lucas Vieira Barros, acredita que as causas sejam naturais, mas não descarta ações antropogênicas - desencadeadas pelo homem. Não foram registrados feridos ou danos materiais.

Na capital mineira, o terremoto foi sentido nos bairros Pompéia, Estoril, Buritis, Barreiro, e na região da Savassi. Também foi registrado no Eldorado (Contagem), no Morro do Chapéu, condomínio Passárgada, em São Sebastião das Águas Claras (Macacos) e outras regiões da cidade de Nova Lima. Quem testemunhou o tremor, em casa ou no trabalho, passou por momentos de pânico. Paredes, vidraças, telhados e o chão sacudiram em um compasso assustador, de acordo com moradores. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) recebeu chamados dessas regiões durante toda a manhã.

No Barreiro, região do Bairro Bom Sucesso, e em Sebastião das Águas Claras, o susto foi maior, já que, na maioria dos pontos onde o tremor foi sentido, havia casas frágeis, de tijolos e sem reboco, portas e janelas mal fixadas. Morador da Rua Francisca Rezadeira, em Macacos, o pedreiro Orlando Conceição Rocha, 39 anos, temeu pela segurança dos três filhos de 10, 7 e 5 anos.


"Estava dormindo e, de repente, começou a sacudir tudo. Parecia que o chão fugia da gente e que a terra ia engolir a casa. As janelas batiam sem parar e a cama pulava muito. Corri para socorrer meus filhos. Estavam dormindo. rebucei eles e passei a noite em claro, vigiando", lembra.

Orlando não chegou a comentar com os filhos, mas, quando a mais velha, Adriana Manoel Conceição, chegou do colégio, revelou que o terremoto fora o principal assunto entre os colegas da escola. "Não acreditei nas histórias. Achei que era mentira. Agora que meu pai me contou, estou com medo de que isso volte", disse Adriana.

Na casa do serralheiro Antônio Paulino da Silva, 49 anos, morador da Rua B, 181, no Bom Sucesso, o pânico tomou conta da família. As duas filhas e a mulher tremiam de medo.

"Primeiro, achei que fosse um vento fortíssimo. Mas depois, o chão balançou sem parar parecendo que uma corrente era puxada de baixo da terra. Os cachorros começaram a latir e os móveis e utensílios tremiam", lembra. A filha mais velha, a empresária Lidia Nunes da Silva, 22 anos, achou que era seu fim.

"Pensei que a casa ia desabar sobre nossas cabeças. No meio do desespero, me peguei tentando segurar as paredes com as mãos enquanto elas sacudiam", afirma.


O porteiro do Uni-BH, Rogério Rodrigues, 43 anos, chegara em casa de manhã. "Perto do meu serviço, no Bairro Estoril, a gente também sentiu os abalos. Achei que trazia uma novidade, até minha mulher, Maria Coralte, me contar que aqui em casa também teve (sic) terremoto", disse. No Estoril e no Buritis, os porteiros de dois edifícios da Rua José Rodrigues Pereira, também relataram os tremores desta quinta-feira.


Fonte: Terra Notícias


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"Na cidade restou apenas desolação, a porta está demolida, em ruínas". (Isaías 24, 13)
"Quem fugir do grito de pânico, cairá na cova, quem se levantar da cova será preso pelo laço. Porque as comportas do alto se abrem e os fundamentos da terra tremem. A terra se quebra, a terra é abalada violentamente, a terra é fortemente sacudida. A terra cambaleia como um bêbado, é agitada como uma cabana. Sua rebelião pesa sobre ela, ela cairá e já não se levantará". (Isaías 24, 18-20)


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