Artigo de Everth Queiroz Oliveira: A apostasia na Igreja


23.10.2009 - Nos últimos tempos infelizmente reina um espírito maligno de apostasia nos membros da Igreja Católica. Para ser católico, basta ir à missa aos domingos ou se dizer batizado; não é mais necessário crer naquilo que a Igreja propõe como divinamente revelado. Não é preciso mais crer na verdade bíblica; não é preciso mais crer na realidade de pecado. Às vezes até mesmo se zomba dos ensinamentos da Sé Católica. Às vezes até mesmo se duvida daquilo que é exposto pelas Letras Sagradas. Mas mesmo assim se acredita num Ser Superior, a quem chamamos Deus.

Mas o que é a apostasia? É o pior de todos os pecados, porque mostra a face inescrupulosa da hipocrisia. Hoje vemos um grupo enorme dentro da Igreja que podemos chamar de ‘ateus’. Crêem superficialmente em Deus, mas não obedecem à Sua Vontade ou porque acham difícil ou porque cultivam, em sua mentalidade egoísta, a idéia que são os detentores da verdade suprema. Ora, mas não é a Igreja que é responsável por estabelecer a nós o que devemos ou não crer? Quando vamos aprender que nós, humanos, não temos capacidade nenhuma de definir o que é ou não verdade?

“A confusão entrou na alma e na vida de tantos meus filhos. Esta grande apostasia difunde-se sempre mais, também no interior da Igreja Católica. Os erros são ensinados e difundidos, enquanto que, com quanta facilidade, são negadas as verdades fundamentais da fé, que o Magistério autêntico da Igreja sempre ensinou e energicamente defendeu contra qualquer desvio herético. O episcopado mantém um estranho silêncio e não reage mais. Quando o meu Papa fala com coragem e reafirma com força a Verdade da fé católica, não é mais escutado e, sim, publicamente criticado e escarnecido.”

(Mensagem de Nossa Senhora ao Padre Stefano Gobbi, 11 de junho de 1988, Mosteiro de Le Bouveret, Vallese, Suíça)

A mensagem de Nossa Senhora ao Pe. Gobbi é claríssima. Hoje, dentro da Igreja, são pouquíssimos aqueles que querem verdadeiramente seguir a Jesus Cristo. Muitos vão à igreja pelo medo do inferno ou da cólera divina; outros vão porque querem cumprir as formalidades desse mundo. E assim vamos criando dentro das nossas comunidades verdadeiras pelotas de desgraça, um lamaçal de pecado e de sujeira que não acaba mais… Esse espírito – como é terrível termos que assumir isso – também se infiltrou nos sacerdotes da nossa Igreja! Quantos padres, tomados pelo desejo do poder e da glória, doaram as suas vidas ao maligno e perderam totalmente a dimensão do sagrado. Profanam e maculam o altar de Cristo com seus pecados e irreverências absurdas.

Os bispos tudo isso vêem, mas nada fazem. Por isso também pecam. “Aquele que souber fazer o bem – diz São Tiago -, e não o faz, peca” (Tg 4, 17). Da mesma maneira aquele que tem a responsabilidade de dirigir o povo de Deus na unidade e não o faz devidamente peca por omissão. Quão terrível é isso! “O episcopado mantém um estranho silêncio e não reage mais”. O rebanho anda perdido. Mas os pastores da Igreja não mais reagem. Pelo contrário, preferem silenciar-se… E os membros da Igreja caem cada vez mais no abismo da falsa fé e da apostasia. Dominados pelo espírito de Satanás, sucumbem às tentações depravadas e desgraçadas do maligno.

Não obedecemos mais o Santo Padre! Suas palavras, para o mundo, se tornaram motivo de escárnio e zombaria! Como explicar a dimensão desse terrível pecado? Negar ao Papa é negar a Cristo, é negar a Verdade, é negar a Deus! Mas não se tem mais confiança na Igreja. Não se crê mais em Deus. Não se admira mais a Verdade.

“Por alguma brecha a fumaça de Satanás entrou no templo de Deus: existe a dúvida, a incerteza, a problemática, a inquietação, o confronto. Não se tem mais confiança na Igreja; põe-se confiança no primeiro profeta profano que nos vem falar em algum jornal ou em algum movimento social, para recorrer a ele pedindo-lhe se ele tem a fórmula da verdadeira vida.”

(Papa Paulo VI, discurso em 26 de junho de 1972)

As dimensões que essa fumaça tomou dentro da Igreja são incomensuráveis. Precisamos orar constantemente pelo clero, pelo episcopado e pelo Santo Papa. Mas, rezemos sobretudo para o povo de Deus. Que não tape os ouvidos à verdade. E que os cristãos que querem realmente um compromisso com o Altíssimo se dignem achegar junto à Cruz de Cristo para limpar suas terríveis lágrimas de dor e sofrimento.

Graça e paz.

Fonte: http://beinbetter.wordpress.com


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