Arcebispo de Maceió lamenta assassinato de sacerdote diocesano


09.11.2009 - Na noite do sábado o Padre Hidalberto Henrique Guimarães, 48 anos, foi encontrado morto, dentro de sua casa, nas proximidades do Aeroclube em Maceió, na periferia da capital alagoana. Pe. Hidalberto era pároco da Matriz de Nossa Senhora das Graças, na cidade Murici.
O corpo do padre foi removido para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima, onde foi submetido a exames e liberado para o sepultamento.

Segundo informaram fontes da Agência Estado, o arcebispo de Maceió, dom Antônio Muniz, esteve no local do crime. O corpo do padre será velado neste domingo em Murici e, hoje será levado para a capital, onde será enterrado no Cemitério de São José, no bairro do Trapiche da Barra.
Segundo as primeiras informações, havia sinais de violência e os móveis estavam revirados na casa.
De acordo com Dom Muniz, o padre celebraria uma missa na cidade de Branquinha, na noite de sábado, mas não compareceu. Um afilhado do padre, ficou preocupado e se dirigiu até a residência da vítima à procura de informações. Chegando lá, esse afilhado chamou e não foi atendido, entrou no imóvel e avistou sangue e o corpo do padre no chão da cozinha.

O arcebispo de Maceió lamentou a violência: “Estamos perplexos, não somente o clero, mas toda a sociedade alagoana”. O Padre Hidalbeto Henrique Guimarães ordenou-se sacerdote na Igreja de São José, no bairro Trapiche, em Maceió, em dezembro de 1992 e recentemente formou-se também em jornalismo.

Hoje, durante seu enterro as homenagens ao padre começaram cedo, com uma missa de corpo presente, celebrada pelo arcebispo Dom Antônio Muniz. O crime chocou, principalmente, a comunidade católica de Maceió, que já vinha pedido ações contra a violência, nas missas celebradas pelo arcebispo com a participação de comunidades dos bairros, em todas as últimas quintas-feiras dos últimos meses, informou também a imprensa local.

A Rádio Vaticano informou que este é o quarto caso de morte brutal de sacerdotes da Igreja Católica no Brasil, em 2009: em setembro, o padre italiano Ruggero Ruvolleto foi assassinado em Manaus; em junho, o Padre Gisley Azevedo Gomes, 31 anos, assessor nacional do Setor Juventude da CNBB foi assassinado em Brasília. Em março, o sacerdote espanhol Ramiro Ludeño y Amigo, 64 anos, foi assassinado a tiros no bairro de Areias, em Recife. Pe. Ramiro participava do Movimento de Apoio aos Meninos de Rua em Jaboatão dos Guararapes.

Fonte: ACI

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Lembrando...

Sacerdote italiano assassinado em sua paróquia, na periferia de Manaus

21.09.2009 - O sacerdote italiano Ruggero Ruvoletto foi assassinado no último sábado de manhã, em sua paróquia de Santa Evelina, na periferia de Manaus.

Após as primeiras reconstruções, a polícia falou de uma possível tentativa de roubo, mas a hipótese parece pouco convincente, porque na igreja roubaram apenas cinquenta reais, enquanto não levaram outro dinheiro da casa do sacerdote.

Algumas testemunhas afirmam ter visto dois “desconhecidos” fugirem com alguns objetos pertencentes ao religioso.

Segundo recolhe a agência missionária Misna, por enquanto a polícia arrestou três pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato. A identidade dos três ainda não foi revelada.

Ruggero Ruvoletto havia nascido no dia 23 de março de 1957, em Galta di Vigonovo (Veneza), na diocese de Pádua, e foi ordenado sacerdote em 1982, pelo bispo Filippo Franceschi, de quem havia sido secretário durante todo o seu episcopado (1982-1988).

Ele tinha estudado eclesiologia em Roma e depois voltou à diocese em agosto de 1994, ocupando-se durante quase um ano da pastoral social e do trabalho, como delegado episcopal. Foi nomeado diretor do Centro Missionário diocesano de 1995 a 2003.

Em julho de 2003, partiu para o Brasil, como missionário fidei domum, à diocese de Itaguaí, em Mangaratiba, junto com o Pe. Orazio Zecchin. No ano seguinte, reuniu-se com Francesco Biasin, então consagrado bispo da diocese de Pesqueira, para participar de um projeto de presença missionária na periferia de Manaus, querido pelas dioceses locais.

A periferia de Manaus, afirma a nota da diocese de Pádua, é “um lugar de fronteira entre a cidade e a selva, onde a criminalidade é particularmente agressiva e ultimamente se registraram vários assaltos. O próprio Ruggero havia participado recentemente de uma manifestação para pedir maior segurança”.

Após a notícia do assassinato, centenas de habitantes do subúrbio de Manaus se reuniram na paróquia para prestar homenagem ao missionário italiano, que será sepultado em seu país natal.

Neste domingo pela manhã, o bispo de Pádua, Dom Antonio Mattiazzo, recordou que o falecido “se consumiu muitíssimo pela missão. Era homem e sacerdote de ânimo bom, sereno, sempre sorridente e de uma disponibilidade total”.

Fonte: www.zenit.org

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"Ouvi a palavra do Senhor, filhos de Israel! Porque o Senhor está em litígio com os habitantes da terra. Não há sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na terra. Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio. Por isso, a terra está de luto e todos os seus habitantes perecem; os animais selvagens, as aves do céu, e até mesmo os peixes do mar desaparecem." (Os 4, 1-3)


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