Rússia: Deputado quer retirar referência a Deus do hino nacional


26.11.2009 - O partido comunista da Federação Russa (Kprf) quer apagar as referências a Deus no hino nacional. Boris Kashin, da Câmara de deputados de Moscou (a Duma), apresentou um projeto para substituir a frase no hino que diz “Oh, minha terra natal, protegida por Deus!” por “Oh, minha terra natal, protegida por nós [cidadãos]”.

Para o Kprf, a referência a Deus questiona a unidade nacional e divide a sociedade multi-étnica da Rússia. Kashin alega que o hino nacional não respeita as diversas religiões não cristãs reconhecidas na Federação e ofende os sentimentos dos ateístas.

Em 2005, Alexander Nikonov, presidente da Sociedade Ateísta de Moscou, declarou que a sentença “ofensiva” é inconsistente com os direitos constitucionais dos cidadãos e registrou uma queixa no tribunal. Atualmente, ninguém acredita que o hino nacional será alterado, porque a proposta de Kashin não foi apoiada por nenhum líder político da Rússia.

Entretanto, o incidente reabriu uma controvérsia que surge periodicamente sobre o hino nacional.

A proposta do Kprf foi classificada por Lyubov Sliska, vice-diretor da Duma e do partido Rússia Unida, como uma “iniciativa rude”. “Se os comunistas pensam que a palavra “Deus” contradiz a constituição, significa que eles pensam que podem se colocar no lugar de Deus, e isso é um grande erro.”

Até a Igreja Ortodoxa Russa interveio no debate que surgiu da proposta de Kashin. O padre Vsevolod Chaplin, diretor do departamento de diálogo entre a igreja e a sociedade, disse que “a maior parte da população adotou este hino e apesar de alguns ainda serem contrários a ele, não há motivos para substituir a frase que faz referência a Deus”.

Fonte: Portas Abertas

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Lembrando...

Rússia proibe propaganda de televisão que nega a existência do Papai Noel

27.12.2007 - Autoridades da Rússia proibiram uma propaganda de televisão que nega a existência do 'Papai Gelo' (em tradução livre), uma versão russa do Papai Noel.

O agência nacional anti-monopólios, que regula a propaganda no país, afirmou que o anúncio da rede de lojas de eletrônicos Eto desrespeita uma lei que proíbe que os pais sejam desacreditados frente aos filhos.

A propaganda mostra um homem com barba por fazer, vestindo as roupas do Papai Gelo e falando diretamente para a câmera que não é o Papai Gelo quem traz os presentes, mas uma loja - no caso, a loja de eletro-eletrônicos on-line Eto. A peça termina com a frase "tudo para chocar você".

O vice-diretor do serviço anti-monopólio Andrei Kashevarov disse que o anúncio sugeria "que os pais não estão falando a verdade para os filhos quando dizem que o Papai Gelo existe".

"Desta forma, a propaganda induz a relações negativas entre as crianças e seus pais", ele afirmou.

A rede de lojas de eletrônicos Eto defendeu a propaganda e alegou que seu público alvo são pessoas acima de 25 anos de idade. Mas, na Rússia, não existe limites de horário para a exibição de propagandas, e esta vinha sendo exibida há um mês.

A questão ficou ainda mais urgente com a aproximação do Ano Novo, que é quando as crianças russas recebem os presentes do Papai Gelo, ou Dyed Maroz.

Em 2006, outra loja, a Red Q, foi censurada devido a uma propaganda que mostrava crianças atirando bolas de neve contra o Papai Gelo, que as autoridades consideraram ser uma exibição humilhante.

A lei russa que regulamenta propagandas proíbe que "pais e educadores sejam desacreditados, prejudicando a confiança da criança neles".

Fonte: Terra notícias
 


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