Chamado à ordem sobre Medjugorje. Papa recebe Schönborn em audiência privada.


17.01.2010 - ‘Rumores’ de ‘Sacri Palazzi’ [coluna de Andrea Tornielli no Il Giornale]: O Pontífice chama à ordem o Cardeal Schönborn: “Mais cautela sobre Medjugorje”. O purpurado visitou o local em 31 de dezembro.

CIDADE DO VATICANO – O Papa não recebeu com agrado a visita de fim de ano a Medjugorje realizada pelo Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena e seu ex-aluno na universidade.

Segundo o que vazou pelo ‘Sacri Palazzi’ (não há declarações oficiais a respeito), Bento XVI comunicou pessoalmente ao purpurado austríaco, recebendo-o em audiência a poucos dias da polêmica provocada pela viagem do alto prelado à pequena localidade da Bósnia e Herzegovina na qual seis supostos videntes afirmam ver Nossa Senhora desde o início dos anos 80.

O próprio bispo de Mostar (a diocese a que pertence Medjugorje), Dom Ratko Peric – sempre acreditou, como o seu predecessor, que a Virgem absolutamente não aparece naquela região – com uma nota oficial se queixou de não ter sido previamente informado por Schönborn de sua chegada.

O Arcebispo de Viena, por sua vez, depois de ter rezado e celebrado Missa em Medjugorje em 31 de dezembro, também manifestou juízo favorável sobre o que ocorreria naquele lugar e se fez acompanhar de um dos seis supostos videntes que afirmam ver e falar com a ‘Gospa’ [Senhora].

Agora, uma vez que a Santa Sé ainda não se manifestou sobre tais aparições e muitos cardeais e bispos de todo o mundo manifestaram seu ceticismo sobre a autenticidade destas aparições, Bento XVI pediu, pois, a Schönborn, maior prudência nas declarações relacionadas a Medjugorje, de modo que a sua presença naquele local (destino, a cada ano, de milhões de peregrinos), tratando-se de um membro do Colégio Cardinalício, não seja instrumentalizada por alguns para “autenticar” os fenômenos que a Santa Sé, além das vias ordinárias, pretende “monitorar” e analisar com uma comissão ‘ad hoc’, a cuja liderança deve ser chamado o Cardeal Camillo Ruini.

Em ordem de tempo, o último príncipe da Igreja a exprimir as próprias perplexidades sobre as aparições de Medjugorje (numa entrevista ao nosso jornal) foi o Cardeal José Saraiva Martins.

Fonte: http://fratresinunum.com/


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