Palavras do Cardeal George Pell: A missa não é um churrasco festivo


17.06.2010 -

Não é apropriado rezar a Deus todo-poderoso durante a missa como se estivéssemos num “churrasco festivo”, disse o Arcebispo de Sidney, Cardeal George Pell, ao diário The Australian.

O Cardeal Pell dirige o comitê internacional de tradutores ‘Vox Clara’, que há quase dez anos trabalha em uma nova tradução dos textos em inglês da Missa de Paulo VI. Esses trabalhos finalmente ficaram prontos.

O Papa Bento XVI aprovou a nova tradução na Festa da Anunciação de Maria.

O novo texto da missa se orienta de maneira mais forte pelo original em latim. Ele se afasta da linguagem coloquial utilizada até então.

‘The Australian’ descreve a nova tradução como um “duro golpe na guerra cultural contra o pós-modernismo e a falta de significado, e a favor da ciência e da precisão lingüística mais rigorosas”.

O jornal precisa admitir que a reforma pós-conciliar teria levado a práxis de uma liturgia até mesmo ultrajante e uma erosão da doutrina.

O cardeal Pell esclareceu que em relação ao texto da missa os tradutores dos textos atualmente utilizados “parecem um pouco embaraçados” de falar sobre anjo, sacrifício ou a virgindade perpétua.

Além disso, a tradução dos anos 70 teria deixado em segundo plano temas como, por exemplo, “pecado” ou “salvação”.

Na nova tradução do Confiteor em inglês, futuramente, não se falará mais apenas uma vez “por minha culpa”, mas sim, como no original em latim, “por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa”.

Para o cardeal Pell, no conjunto, a nova tradução tem um outro tom: “Ela é poderosa, digna e bonita”.

O cardeal enfatiza também o significado catequético do texto. A nova tradução quer promover a fé e a compreensão teológica dos fiéis – espera o Cardeal.

Um artigo teológico será lido por muitas centenas de pessoas, um livro eclesiástico de milênios. Porém, milhões de pessoas freqüentarão a missa em inglês por décadas a fio.

O cardeal Pell explica também a nova tradução corrigida das palavras do cálice “por todos” para “por muitos”.

Cristo morreu por todos: “Contudo, o indivíduo é livre – como os dois criminosos na cruz ao lado de Cristo, para escolher ou rejeitar a misericórdia de Deus e a salvação eterna.”

Fonte: http://fratresinunum.com


Rainha Maria - Todos os direitos reservados
É autorizada a divulgação de matérias desde que seja informada a fonte.
https://www.rainhamaria.com.br

PluGzOne